Capítulo 16

897 84 39
                                    

Pov Rachel

- Não, é melhor não. - Kally saiu abruptamente de meu colo e eu a olhei confusa. Minha respiração estava pesada e meu corpo em chamas.

- Mas o que...? - Eu perguntei sem entender. Nossos lábios estavam vermelhos e inchados devido a intensidade dos nossos beijos.

- A Clara, sua filha está aí. - Kally disse e me olhou com um sorriso.

- É verdade. - Falei baixo me lembrando desse detalhe. Kally riu e se jogou na cama. - Vamos ficar aqui só abraçadinhas então, aproveitar esse pouco tempo que temos juntas. - Fui até ela me deitando ao seu lado e a puxei para se deitar em meu peito.

- Ai, Chel eu vou sentir tanta saudade de você. - Ela falou fazendo um biquinho fofo e eu não aguentei e deixei um beijinho sobre o mesmo.

- Eu também, minha loira, também vou sentir muita saudade de você. - Falei a abraçando mais contra meu corpo. - Mas quando você tiver aqui em São Paulo você vem me ver, ou quando eu for para Natal eu vou até você. - Acariciei o rosto dela.

- Você promete que vai me ver? - Perguntou manhosa.

- Claro que prometo, quando menos você esperar eu apareço na sua casa com minha malinha nas mãos. - Falei e nós rimos.

- Ai, meu Deus acho que eu seria a pessoa mais feliz desse mundo. - Ela respondeu com um sorriso iluminado no rosto.

Muitas vezes eu me perdia olhando para Kally, no seu rosto bonito, nos seus olhos brilhantes e no seu sorriso lindo.

Nunca na minha vida eu me imaginei estar apaixonada por uma mulher que eu conheci num reality show, parece até fanfic, mas para minha felicidade é tudo real.

Quem diria que de uma amizade tão bonita fosse possível nascer uma conexão tão forte quanto a que temos.

- Que foi? - Ela perguntou.

- Nada, só estou te admirando. - Falei e ela me deu um selinho.

- O que você achou do namorado da Clara? - Ela perguntou fazendo círculos imaginários em meu braço.

- Ele me pareceu ser gente boa, e é muito carinhoso com minha filha. - Falei. - Espero que ele cuide dela.

- Sabe que eu sempre sonhei em ser mãe? - Kally disse e eu a olhei curiosa. - É, sempre foi o meu sonho. Mas nunca achei ninguém que quisesse o mesmo que eu. - Falou cabisbaixa.

- Filhos são a melhor coisa, eu sei que dão trabalho mas ser mãe é uma dádiva. - Falei sinceramente. - Eu não saberia viver sem os meus dois filhotinhos.

- Eu imagino, Chel. - Ela falou. - Acho muito bonito o amor de vocês três.

- Sabe... - Eu disse me virando com cuidado e fiquei de frente para ela. - Agora você pode considera-los como filhos. - Brinquei e vi um sorriso nascer nos lábios de Kally.

- A madrasta é menor que os enteados. - Ela falou e eu ri alto. - Mas eu aceito sim, já que não vou mais poder realizar o meu sonho de ter um filho meu.

- E por que não? - Perguntei afastando uma mecha de cabelo de seus olhos.

- Como por que não, Chel? - Ela questionou. - Até onde eu sei dedos não engravidam. - Minhas bochechas coraram com o que ela disse, eu ainda não era acostumada com o jeito de Kally de falar tudo sem vergonha alguma. Ela percebendo minha timidez, riu.

- Oh, menina. - Falei a empurrando de leve. - Eu estou querendo dizer que existem outros meios de se ter um bebê, como por exemplo uma inseminação artificial.

Uma paixão de reality - KachelOnde histórias criam vida. Descubra agora