Cap 4 - Passado.

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Flash back On○

_ Aquele dia catastrófico não há como ser esquecido, S/n acabava de sair da escola onde ela odiava todos aqueles alunos metidos, todas aquelas professoras que ensinavam coisas absurdas a eles, S/n odiava aquela cidade, seu único conforto era sua família pois pelo menos eles não eram pessoas ruins.
No mesmo dia S/n fazia suas atividades quando notou suas mãos meio brancas, foi até o banheiro tentar limpar mas aquilo não saia e resolveu ignorar pôr hora voltando a suas atividades.

_ Havia se passado uma semana e S/n estava mais branca e ao que havia escutado é a doença do chumbo branco, não entendia bem o significado ou que aquilo causaria mas seus pais começaram a tratá-la indiferente e amendrotados a dizendo sempre que chegava perto.

- Não se aproxima ou iremos pegar a doença também!

_ A pequena criança se isolou dos pais em seu quarto, com medo de sair, chorando sozinha, recebia sua comida que era deixada na porta do quarto mas ao menos sentia apetite.
Sua mãe havia se contagiado, o pai da garota a culpava de todas as maneiras possíveis e o dia do massacre chegou, os países vizinhos acharam que a doença do chumbo branco era contagiosa e fizeram bloquear todas as saídas deixando apenas os nobres fugirem com a ajuda do governo mundial deixando seu povo para trás.
A mãe da pequena garota já não conseguia levantar de tanta dor que sentia, apenas seu pai e ela estavam ainda com alguma disposição.

- SUMA DAQUI SUA PESTE!

_ O pai da garota a bateu no rosto a fazendo bater as costas na parede do quarto.

- SUMA ANDA! VOCÊ PRECISA SUMIR!

- PAPAI! EU TO COM MEDO! PAPAI! MAMÃE!

- SUMA DAQUI S/N! SUMA!

_ S/n viu no olhar do pai lágrimas e da forma dele ele queria ter dito para ela fugir e tentar viver, era isso que ele queria para sua filha a quem tanto tratou como um monstro contagioso. Pode-se ouvir sons vindos da porta e o pai a garota a pegou a jogando pela janela que não era tão alta.

- SUMA S/N! POR FAVOR SUMA!

_ A pequena viu a cabeça de seu pai ser atravessada pôr uma bala, ela olhou seu pai cair e seu rosto sujar com sangue, escutou os homens ali se aproximar e correu se escondendo atrás de alguns arbustos distantes.

- Não tem ninguém ele estava tentando fugir.

- Vamos pra próxima casa!

_ A garota estava perplexa com sua respiração desregular, seu coração doía em tremenda agonia e então ela se pós a correr e se esconder, tentando fugir daquele pesadelo, tentando fugir daquele massacre em massa.

Ela via corpos e mais corpos caídos ao chão por onde pisava, crianças, mulheres, homens e idosos, todos dizímados pôr aqueles cretinos do governo mundial, quando achou que estava segura o fogo se espelhou pela cidade destruída, ela havia se queimado na perna que começou a sangrar muito mas a garota não desistiu e continuou a tentar correr, achou um pequeno bote que logo entrou se afastando cada vez mais do país que estava em chamas, pôr sorte ou ironia do destino ninguém a percebeu, conseguindo se libertar daquela catástrofe e assim bem longe no meio do enorme oceano ela se permitiu chorar, havia segurado tanto, havia se esforçado tanto e quando finalmente saiu do país desabou. Chorou aos montes, gritou de agonia, gritou de desespero, sentiu sua perna lateja e uma dor agonizante subir pôr seu corpo manchado da doença a garota estava exausta, chorou tanto e só parou ao desmaiar de tremenda dor.

_ O pequeno barco da menina foi parar na vila Calm Flawer onde conheceu a mulher Torashi, uma mulher gentil que ao ver a menina dentro daquele barco, magra e cheia de feridas a pegou levando para sua casa no meio da floresta, começou a tratar suas feridas e a injetar soro na garota desacordada.
Quando S/n finalmente acordou havia se passado três dias, ela sentou na cama olhando para todos os lados e alguém aparece na porta com várias coisas em mãos.

- Voce acordou! Fiquei preocupada de sair e deixar você aqui mas a sorte tava do meu lado, eu fui e você ainda tava dormindo né?

_ A garota olhou para seu corpo branco e sua perna enfaixada, a mulher entrega comida e sorri.

- Coma, você deve tá com muita fome.

_ Ela ficou desconfiada mas comeu tudo muito rápido, a fome estava enorme mesmo, quando acabou ela tomou água e a mulher tocou sua testa a fazendo recuar rápido.

- Não! Você vai ficar doente!

_ A mulher sorriu e voltou sua mão para a testa da menina.

- Não se preocupe, não tenho medo de ficar doente! Eu sou médica e com certeza vou dar um jeito!

_ Ela sorriu mais ainda e levantou pegando alguns comprimidos e entregando a menina.

- É para febre e dor, tome.

_ Ela toma e olha a mulher sentar ao seu lado.

- O... obrigada.

- De nada! Qual seu nome menina?

- Eu sou S/n...

- Uh? Nome bonito! Eu sou Torashi!

_ A menina sorriu melancólica mas foi apartir daí que S/n criou mais esperanças em sobreviver, a mulher criu o líquido com várias plantas que conseguiu em sua viagem de três dias que evitava as dores da menina e em alguns anos criou a poção com mais eficácia, fazendo ela tomar uma vez a cada duas semanas mas acabou pôr falecer de doença.

- É culpa minha! .. me desculpa! Me desculpa!

- S/n... por favor não se culpe... por favor * Tosse * me escute criança, eu já estava doente antes mesmo de você chegar, eu só queria ter conseguido fazer algo mais pôr você. Uma criança tão boa, eu fiz vários frascos pra você, me prometa que vai toma-los S/n! Me prometa que vai viver meu amor.

- Como posso viver com esse fardo tão grande? Eu te amo, você foi como uma mãe pra mim!

- E eu te considero uma filha... mas me prometa que vai fazer meu esforço valer a pena e viva S/n, viva enquanto pode eu te amo.

_ Ela se calou, S/n chorou... mas chorou baixinho, tentando guardar aquela dor bem lá mo fundo pôr perder mais alguém que amava.

( ... )

Esse capitulo me Doeu escrever.
Agora eu tenho que pagar minha própria terapia. 🥺

♧~•°《Companheiros》°•~♧             {Imagine_Law}Onde histórias criam vida. Descubra agora