ATO III - Parte um

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James lembra que seus pais costumavam dizer que ele era um pequeno gênio em formação (entre outras coisas, porque eles honestamente o mimavam um pouco), e ele acreditou neles, então demorou muitos anos para ele admitir a possibilidade de que ele possa ser um pouco idiota.

Ele não poderia te dizer na primeira vez que teve esse pensamento, apenas frustrado, ah, sou tão estúpido que todo mundo com certeza já se sentiu de várias maneiras, pelo menos algumas vezes na vida. Isso retraiu seu brilho geral? Não, nem um pouco. Quando se trata de ser um idiota, de ser estúpido, ele aprendeu que mesmo as pessoas mais brilhantes são suscetíveis a esse fenômeno infelizmente comum. Ele gosta de pensar que a quantidade adequada de estupidez na vida de alguém é tão necessária e importante quanto a inteligência que todos elogiam tão rapidamente; elas se equilibram, na verdade.

Sendo reconhecido isso, James se sente um idiota e fica pensando, ah, sou tão estúpido! repetidamente, com a cabeça entre as mãos enquanto olha para o pergaminho com desânimo, porque aqui está ele, um dos maiores românticos desta maldita escola, e ele não consegue descobrir o que fazer na porra do Dia dos Namorados.

Isso o deixa descuidado, se ele for honesto, porque ele tem ideias. Ah, ele tem um monte de ideias, coisas que vão desde extremamente excessivas até tão casuais que quase não contam, mas nenhuma das ideias parece certa. Ele descarta cada uma delas, uma após a outra, porque sempre decide rapidamente que nenhum delas é boa o suficiente para Regulus. Tem que ser perfeito – parece absolutamente necessário para James que tudo dê certo, do começo ao fim.

"Cara, você não estava nem metade estressado assim com os NOMs", Peter ressalta, parecendo uma mistura de diversão e simpatia.

"Isso é mais importante," James murmura, as mãos segurando os cabelos de cada lado da cabeça.

"Do que os NOMs?" Remus pergunta cético.

James faz um pequeno som de pura miséria. "Sim, Remus, mais importante do que a porra dos NOMs, certo? Eu tenho que... eu tenho que fazer isso absolutamente certo, e nada é-" Ele não pode deixar de gemer e puxar seu cabelo com força, sentindo-se ridiculamente perto de lágrimas. "Oh, isso é tão difícil. Por que isso é tão difícil? Geralmente sou tão bom em coisas assim."

"James," Remus diz cuidadosamente, "acho que já é hora de falarmos sobre essas tendências perfeccionistas que você tem."

"Oh, Moony, eu sei que você não está falando sério sobre isso, e é uma coisa muito boa que Sirius não esteja aqui para participar no momento, porque ele também não teria espaço para tentar," Peter murmura. em exasperação. "Há anos que estou cercado por um bando de idiotas que buscam a perfeição ."

Remus parece um pouco ofendido. "O quê? Wormtail, isso não é... quero dizer, você está certo sobre Sirius, mas eu? Nunca almejei a perfeição; só queria passar esses sete anos, quieto, despretensioso e despercebido."

"Oh?" Peter cruza a mão sob o queixo e sorri docemente para Remus. "E como isso está indo para você?"

"Bem, por sua causa..."

"Ah, ah, nem tente. Eu posso ver através de você. Nós somos as luzes da sua vida, Remus, não negue. Vá em frente, você nos ama. Você não nos ama? Você sabe. Você sabe que sim, não é?

"Você me incomoda quando Padfoot está fora?" Remus pergunta ironicamente, mas há um pequeno sorriso curvando sua boca que ele está tentando esconder enquanto Peter repetidamente o cutuca com o cotovelo.

"Alguém tem que fazer isso", diz Peter sabiamente, "e você adora isso. Você ama todos nós por sermos um incômodo implacável e persistente desde o primeiro ano. Não é mesmo?"

Just Lovers (like we were supposted to be) - TRADUÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora