"Entre as linhas do destino, um reencontro improvável desafia o tecer do tempo. Adultos maduros, em caminhos distintos e carreiras consolidadas, encontram-se novamente, questionando se é mera consciência ou obra do destino. Em meio à complexidade da...
"Life Goes On" tornou-se um hino reconfortante para muitas pessoas ao redor do mundo, transmitindo uma mensagem de otimismo e força em meio às adversidades. Essa música expressa a ideia de que, embora as circunstâncias possam ser difíceis, a vida continua e há esperança para o futuro.
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Na aurora do nosso relacionamento, eu e Jeon embarcamos em uma jornada repleta de descobertas e cumplicidade. No dia seguinte, já sentávamos juntos no ônibus, caminhávamos de mãos dadas pelos corredores do colégio, ficávamos juntos no refeitório, compartilhando risos e olhares cheios de paixão. Durante os intervalos, nossa presença era inseparável, e pouco a pouco, os momentos a sós se tornaram mais frequentes. Piqueniques improvisados e abraços apertados preenchiam nosso tempo, criando uma bolha onde éramos os únicos habitantes.
A chama do nosso amor queimava intensamente, e nossos pais, ao observarem o vínculo que compartilhávamos, aprovaram com a certeza de que sempre fomos destinados um ao outro. No entanto, essa entrega total ao romance trouxe consigo uma mudança. Sem perceber, nos afastamos um pouco de nossos grupos de amigos tradicionais, e ele criou novos vínculos com seus amigos de grupo, já que Jeon dedicava grande parte do tempo à gravadora e, muitas vezes, eu o acompanhava nessa jornada.
Em meio a esse turbilhão de emoções, estávamos tão envolvidos um com o outro que o tempo parecia um mero espectador da nossa história. Tentávamos aproveitar cada instante juntos, nos entregando a um romance adolescente repleto de paixão e descobertas. Jeon, com sua educação impecável, sempre respeitou minhas escolhas, e apesar da intensidade do nosso amor, mantivemos o respeito mútuo, sem ultrapassar as barreiras dos beijos e alguns amassos.
Em um desses dias, meus pais precisaram viajar a negócios para Busan, levando meus irmãos consigo. Acabei ficando sozinha, pois naquele dia, eu acompanhei Jeon em um de seus ensaios na gravadora. O retorno para casa aconteceu já no finalzinho da tarde, quando o sol começava a se despedir do céu em tons quentes de laranja e rosa.
-Não vou deixá-la sozinha hoje.- Ele disse ao me deixar no portão.
-Vou ficar bem.- Respondi, tentando dissipar suas preocupações.
-Eu sei, mas vou vir fazer companhia para você-Insistiu.
-Seus pais podem achar outra coisa, Jeon.
-Somos namorados. E eu vou apenas fazer companhia; posso dormir no sofá da sala- Disse ele com um tom brincalhão, deixando claro que sua intenção era cuidar de mim, mesmo que isso significasse passar a noite em um sofá.
Olhei nos olhos gentis de Jeon e, mesmo tentando esconder um sorriso, agradeci silenciosamente por ter alguém tão preocupado comigo.
-Você não precisa, sério. Vou ficar bem sozinha- Insisti, apesar de apreciar profundamente a oferta.
