23- Hate You

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A música "Hate You" é uma música honesta e crua que fala sobre um tema universal. É uma música que pode ajudar as pessoas que estão passando por um momento difícil, mostrando que elas não estão sozinhas.

É normal sentir emoções negativas após o fim de um relacionamento. O ódio não é a resposta. É importante encontrar uma maneira saudável de lidar com as emoções negativas. 

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Uma tarde ensolarada, enquanto eu tentava me reconstruir após os eventos tumultuados, meu telefone vibrou com uma mensagem de um número familiar. Era V.

"Oi Yuna, espero que esteja bem. Mesmo com tudo o que aconteceu entre você e o JK, quero que saiba que pode contar conosco, todos os membros do BTS. O vídeo oficial foi lançado, e o JK teve uma participação ativa na composição. Percebemos que as emoções estavam fortes, e ficou evidente que ele se inspirou muito na relação de vocês.

Estamos aqui para apoiar no que precisar.
Beijos, V."

Anexado à mensagem estava o link do vídeo. Com uma mistura de curiosidade e apreensão, abri o link. "Magic Shop". Ao som da melodia inicial, meu coração bateu mais rápido. Era como se as primeiras notas já carregassem um peso emocional familiar, e o que viria a seguir seria inevitável.

A melodia envolvente, as vozes harmoniosas dos membros e as imagens cuidadosamente escolhidas me arrastaram de volta no tempo, para momentos que compartilhei com Jungkook. Cada palavra parecia ser um eco de nossas experiências, como se cada linha tivesse sido escrita para narrar nossa própria história – os altos e baixos, as alegrias e as dores que nos moldaram.

Enquanto eu assistia, uma avalanche de emoções tomou conta de mim. Lágrimas ameaçaram brotar, mas eu as contive. A tristeza da separação ainda era latente, mas misturada com uma sensação calorosa, de que, de alguma forma, nossas memórias permaneceriam vivas, imortalizadas naquela canção.

A surpresa que V e os outros prepararam foi mais do que um gesto de amizade. Era como se reconhecessem que, apesar de tudo, minha conexão com Jungkook ainda importava. E naquele momento, "Magic Shop" tornou-se não apenas uma música, mas um refúgio para todos os sentimentos que eu tentava suprimir.

Quando a última nota se dissipou, fiquei parada, o telefone ainda em mãos. Um turbilhão de gratidão e nostalgia dominava minha mente. Aquela música, aquela mensagem, eram como uma ponte frágil entre o passado que partilhamos e o presente solitário em que agora eu me encontrava.

Apesar da minha fachada de força, o impacto da separação com Jungkook ainda reverberava no fundo do meu coração. No entanto, minha carreira estava em ascensão. A Velvet Gold prosperava, e cada novo projeto que eu lançava recebia aclamação. Desfiles internacionais, capas de revista, parcerias com nomes influentes da moda... tudo isso contribuía para o sucesso que eu havia conquistado com tanto esforço.

Mas à medida que minha carreira florescia, eu sabia que estava usando meu trabalho como uma distração. Eu me mantinha ocupada, e o ritmo frenético da moda tornava mais fácil lidar com a dor. No entanto, ela estava lá, como uma cicatriz que eu fingia ignorar.

Jungkook, por outro lado, atingia picos ainda maiores de sucesso. Seu nome ecoava em todos os cantos do mundo, e sua presença no palco era inegável. Ele brilhou, e, embora estivéssemos em caminhos diferentes agora, não pude evitar acompanhar sua ascensão à distância, com uma mistura de orgulho e melancolia. Desejei a ele o melhor, mesmo sabendo que nossos destinos estavam se desenrolando em direções opostas.

As especulações sobre nossa separação ainda apareciam nas manchetes, mas eu me mantinha reservada, deixando que meu trabalho falasse por mim. O que uma vez foi amor, agora era uma dor silenciosa, bem guardada, e não havia espaço para deixar que isso definisse minha trajetória.

Minhas viagens, reuniões e entrevistas tornaram-se minha válvula de escape. A moda não era apenas minha profissão, mas minha cura. Cada peça que eu criava era uma expressão do que eu me tornara: independente, resiliente, determinada. A Velvet Gold não era apenas uma marca, mas uma extensão de mim, da minha transformação. E a cada desfile, era como se eu estivesse mostrando ao mundo que, apesar de tudo, eu ainda estava aqui.

Ainda assim, à noite, quando as luzes dos desfiles se apagavam e as entrevistas terminavam, eu ficava sozinha com meus pensamentos. A frieza que adotei para me proteger era uma armadura eficaz, mas também minha prisão. Relacionamentos haviam se tornado algo que eu controlava meticulosamente, com a distância emocional sendo minha regra de ouro. O calor humano tornou-se uma miragem que eu já não ousava perseguir.

A imprensa notava essa mudança em mim. Os jornalistas especulavam sobre a transformação, atribuindo-a à separação pública com Jungkook. E embora eles tivessem razão em parte, as verdadeiras razões estavam enterradas mais fundo, em lembranças e cicatrizes que eu preferia manter fechadas.

Nas horas mais silenciosas, quando os holofotes se apagavam, eu confrontava a solidão que agora era minha companheira constante. O sucesso, os troféus, as realizações... nada preenchia o vazio deixado pela ausência de uma conexão verdadeira. As cicatrizes do passado continuavam a pesar sobre mim, mesmo que eu fosse agora uma mulher poderosa e influente no mundo da moda.

Os dias passavam, e as mensagens esporádicas de Jungkook continuavam a chegar. Eu olhava para o nome dele na tela, hesitava por um momento, mas nunca respondia. A barreira que eu erguera entre nós era alta demais para ser ultrapassada. Não importava o quanto o passado ainda ressoasse entre nós, eu não podia me permitir abrir aquela porta novamente.

O mundo celebrava minha ascensão, a VelvetGold prosperava, e minha marca estava presente nos eventos mais exclusivos do mundo da moda. Mas, no silêncio, ainda restava a pergunta que eu não ousava responder: o que realmente aconteceu com o "nós"?

Com o tempo, a vida seguiu seu curso. O brilho dos holofotes nunca ofuscava as sombras do meu passado. Jungkook continuava sua trajetória musical, cada vez mais brilhante, enquanto eu seguia meu caminho, aparentemente inabalável. No entanto, nas raras ocasiões em que a noite caía silenciosa, o eco daquela pergunta nunca desaparecia.

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