Depois de um banho tomado, devidamente satisfeitos e uma longa noite juntos, sentimos fome, o dia estava amanhecendo e no céu conseguíamos enxergar os primeiros raios de sol.
- Está cansado?
Perguntei para Dom que preparava nosso café da manhã.
- Você quer mais?
Ele disse sorrindo.
- Não, acho que não vou conseguir sentar direito por uma semana depois dessa noite e da noite anterior a essa.
Ele riu.
- Espero que tenha conseguido satisfazer você, porque você conseguiu me dar um chá.
Eu sorri.
- Você não imagina o prazer que sinto em ouvir isso.
- É...
Ele sorriu, mas quando olhou para o horizonte, pensativo, desfez o sorriso.
- O que foi?
- Alice, quando sair daqui, não podemos nos ver mais, você entende?
- Entendo Dom, mas e se eu sentir saudades?
- Você precisará encontrar outra pessoa, não posso arriscar minha vida por sua causa, você entende? Eu tenho um grande patrimônio, tenho um nome e nome da minha empresa para zelar.
- Eu sei, sei que prometi que gostaria de apenas uma única e última noite.
Dom colocou a bandeja com o nosso café em cima da mesa.
- Se pelo menos você tivesse a maior idade, fosse emancipada ou algo do tipo, eu correria o risco, mas não posso.
Eu concordei com a cabeça e baixei o olhar, peguei o café em cima da bandeja, um cigarro em minha bolsa e sai para sacada de sua casa, acendi meu cigarro e traguei ele para dentro dos meus pulmões. O sol já estava saindo e eu não quis perder a vista, principalmente sabendo que aquela seria a única vez que estaria ali, apreciei a natureza, vi toda a vista da cidade que ali estava, hoje seria minha última noite e dia livres, logo precisaria voltar para minha realidade. Dom se aproximou e ficou atrás de mim, segurando sua xícara de café enquanto beijou o meu ombro, seu selinho por todo ele e depois parou em meu pescoço.
- E se eu conseguir minha emancipação?
- Não se humilhe, você não precisa disso, encontrará outros caras como eu na vida, você é jovem Alice.
Mordi os lábios e cerrei os olhos suspirando fundo, Dom beijou meu pescoço e isso me fazia não pensar direito, por esse motivo, sai da sua frente e me coloquei em seu lado.
- Não quero que entenda errado, só que eu simplesmente não posso continuar, acredite Alice, quando digo que estou tão preso a isso quanto você, quero esse sexo todos os dias, na verdade, eu amaria espancar você, como você viu naquela outra noite, queria foder você até você ficar marcada e não aguentar literalmente, mas depois de saber sua idade, simplesmente não posso.
- Dom...
- Alice, te quero como uma cadela, quero colocar você na minha coleira e te fazer obedecer a todos os meus comandos, queria poder te deixar viciada, assim como fiquei, me apaixonei por esse corpo, pela sua buceta na minha boca, pelo meu pau na sua boca, pela sugada que você deu em mim, quero muito mais do que somente hoje. Mas tenho ciência de que não poderia te buscar em sua casa, tenho ciência de que não poderíamos fazer um passeio pela cidade, principalmente porque te estranhariam ao ver com uma pessoa mais velha. Alice, se em dois anos você não estiver namorando, eu encontrarei você.
Eu não ousei dizer nada, apenas terminei meu cigarro quieta, não era amor, não era paixão, era somente sexo que nos atraía, por isso eu engoli seco aquelas palavras. Eu entrei na casa de Dom e procurei todos os meus pertences, encontrei minha calcinha e vesti ela, coloquei o vestido, o salto e peguei minha bolsa, Dom não me viu me arrumar, porque ele estava em seu quarto, vestindo algo também e quando terminei, fui até ele.
- Eu quero ir agora.
Dom me encarou.
- Agora?
- É Dom, não precisamos adiar um fim que é previsto, quero ir.
Ele suspirou e concordou com a cabeça, eu estava com frio então ele me enrolou em seu terno que preparava para vestir.
- Não precisa, sabe me dizer aonde irei aterrissar?
- Eu vou com você.
- Eu realmente não quero te encarar durante o trajeto.
- Não haja como uma menina mimada, por favor, irei com você.
- Eu não posso escolher ir sem você? Ou é você quem está agindo mimado tentando aproveitar o último segundo ao meu lado?
Dom não ousou dizer nada, tirei seu terno e joguei ele em sua cama, sai do quarto e fui em direção ao heliporto, até mesmo porque me lembrava de onde havia vindo, o helicóptero já estava a minha espera, eu subi nele e coloquei o cinto, também coloquei o fone. Quando levantamos voo e estávamos quase saindo, vi Dom correr para o heliporto, mas já era tarde, já tínhamos levantado voo e foi assim que eu fui embora, sem me despedir. Aproveitei a vista da cidade, agora durante a luz do dia, era simplesmente lindo. Não demorou para pousarmos no hotel aonde eu havia jantado na noite anterior e quando eu desci, eu fui recepcionada pelo Rudolf.
- Bom dia senhorita Alice, espero que tenha tido uma boa noite.
- Bom dia Rudolf, não achei que te encontraria por aqui, tive uma boa noite e o senhor?
- Eu também, obrigado por perguntar. Podemos seguir até sua casa?
- Claro, por gentileza.
- Senhor Dom Buradak me fez o pedido para que levasse você em segurança, então acho que temos um longo caminho.
- Eu concordo.
Disse sorrindo segurando em seu braço e indo para o carro. No elevador, o Rudolf me contou um pouco mais do patrão gente boa, pelo menos para ele, mesmo não querendo ouvir, me forcei, ele era um senhor, então as vezes ele só iria querer conversar um pouco. Quando chegamos no carro, ele abriu a porta, eu entrei e com o embalo da estrada, cochilei.
Acordei na casa da Monica, com ela me chamando, quando abri os olhos vi Lia atrás dela, com seu semblante angelical.- Bom dia bela adormecida. Vamos?
Eu concordei com a cabeça, agradeci ao Rudolf pela viagem e entrei na casa das meninas.
- Vocês não dormiram?
Disse que não com a cabeça.
Moni me puxou para o sofá e me fez cumprir com o prometido, contei a ela sobre tudo, do restaurante até a sua casa, como ele foi encantador e Lia, apenas ouvia calada, quando terminei de contar de como nos despedimos ela ficou um pouco decepcionada.
- Não acredito!
- Tudo bem amiga, ele é vinte anos mais velho, acho que não tem como manter um romance dessa forma, enfim, como já são oito horas da manhã, eu vou aproveitar para pegar minhas coisas e ir para casa, quero muito a minha cama.
- Tem certeza?
- Tenho!
- Tudo bem então, nos vemos amanhã na aula.
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COMO SÓ VOCÊ SABE
FanfictionAlice Hoffman é um garota de 16 anos que acaba de mudar de cidade, como toda adolescente ela passa por uma fase conturbada e precisa amadurecer, nesse processo ela encontra Dom Buradak, um homem 20 anos mais velho do que ela, aonde eles se envolvem...