Capítulo 20

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Ana

No sábado de manhã, dormi até mais tarde do que queria. Christian já estava de banho tomado e vestido, tomando café na cozinha quando entrei. Ele ergueu a caneca e sorriu.

— Bom dia, dorminhoca.

— Eu não posso acreditar o quão tarde é, quase sete e meia.Por que você não me acordou? Gail pode receber alta às oito.

— Ela ligou esta manhã. Ela desenvolveu febre ontem à noite, então eles estão fazendo alguns exames de sangue agora para ter certeza de que não é uma infecção. — Ele balançou sua cabeça. — Se ela sair hoje, definitivamente não será cedo. Então pensei que não precisava acordá-la

— Oh, não. Isso não é bom. Uma infecção após a cirurgia pode ser grave.

Ele assentiu. — A dela é uma febre baixa, aproximadamente 37°. A enfermeira cometeu o erro de dizer a Gail que algumas pessoas podem ir para casa se a febre estiver muito baixa. Mas
alguém da idade dela eles costumam manter para monitorar.

Eu cobri minha risada com minha mão. — Ah, merda. E essa enfermeira agora tem um gesso que combina com o de Gail.

— Eu não ficaria surpreso.

Sentei-me à mesa em frente a Christian. Seus olhos caíram para o meu peito e se demoraram, fazendo-me olhar para baixo. Merda. Eu tinha esquecido de colocar um sutiã. Estava quente no meu quarto, mas a janela da cozinha estava escancarada, e a mudança de temperatura fez meus mamilos baterem contra minha camiseta
fina.

Christian limpou a garganta e desviou o olhar. — De qualquer forma, Gail me pediu para perguntar se você se importaria de levar para ela um pouco de pão de macaco. Não sei o que é isso,mas ela disse que você saberia.

Eu sorri. — Era a especialidade da minha avó. É como um pão de canela, mas transformado em bolo. Minha avó fazia biscoitos ao estilo sulista e um monte de cobertura pegajosa de açúcar e
canela. Não exatamente saudável, mas todo mundo adorava,especialmente Gail.

— Onde podemos conseguir alguns?

— Eu faço isso. — Levantei-me e caminhei até a geladeira. — Não demora muito. Se ela tiver todos os ingredientes, posso fazer os pãezinhos e tomar banho enquanto eles assam. — Comecei a tirar as coisas que eu precisava. — Parece que ela só tem um pedaço de manteiga,e eu vou precisar de mais do que isso.

— Faça-me uma lista. Vou correr até a loja.

— Você não se importa?

— De jeito nenhum.

— Ok. — Terminei de vasculhar os armários e escrevi três coisas de que precisava. — Vou tomar banho enquanto você está fora para economizar tempo.

Ele assentiu. — Soa como um plano.

Um pouco depois, estávamos de volta na cozinha juntos. Joguei os ingredientes do biscoito em uma tigela e comecei a bater.

— Posso te perguntar uma coisa?

— Não.

Virei-me para olhar para Christian. Ele sorriu. — Aprendi que sempre que você diz: ‘Posso te perguntar uma coisa?’, significa que você quer entrar na minha cabeça.

— Acho que você está exagerando.

Ele tomou um gole de sua segunda xícara de café. — Eu não estou. Mas eu estava brincando. O que você quer perguntar?

— Ontem à noite você disse que teve uma experiência ruim com a terapia. Por que você sente que não deu certo? Não estou pedindo para se intrometer em seus problemas, mas para entender sua experiência de maneira clínica.

O ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora