Capítulo 22

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Ana

— Você já usou seu sistema de troca por favores sexuais? — Christian estava apoiado em um cotovelo, traçando o contorno da minha aréola.

Eu ri. — Não posso dizer que sim.

— Boa resposta. Mal posso esperar para ser o primeiro.

— Como você sabe que tem algo que eu quero? — eu provoquei. — Eu não troco com qualquer um, você sabe.

Ele se inclinou e roçou seus lábios com os meus, mantendo-os lá enquanto falava. — Mude seu vôo. Vou passar o dia inteiro mostrando a você que tenho algo que você quer.

Eu fiz beicinho. — Eu queria poder. Mas tenho compromissos amanhã cedo.

Ele fez o som que uma campainha faz quando você dá uma resposta errada. Bzzzzt. Então beliscou meu mamilo.

— Owww! — Eu ri. — Isso não é um brinquedo.

— Discordo. Mas não seria um problema se você desse a resposta certa, não é?

Corri meus dedos pelo cabelo de Merrick. — Eu gostaria de poder ficar. Mas é importante para mim que as pessoas aprendam a confiar em mim, e manter os compromissos é o primeiro passo
para isso.

Ele franziu a testa.

Eu segurei sua bochecha. — Você é adorável quando está de mau humor. Mas acho que é ainda mais importante manter minha agenda agora que a gente… você sabe.

— Fodeu?

— Eu provavelmente teria usado uma palavra melhor, mas sim.

Ele voltou a traçar minha aréola. — Não há palavra melhor do que foda. Você pode usá-la quando estiver chateado, feliz ou para descrever o novo hobby favorito. Diga-me outra palavra na língua
inglesa que seja tão diversa.

— Ok, mas isso complica as coisas. Se, você sabe, isso se tornar mais do que uma foda.

O dedo de Christian congelou. — O que você quer dizer?

— Bem, a noite passada meio que aconteceu. Nós não falamos sobre isso, então... — Eu dei de ombros. — Não sei. Não precisa ser mais do que foi.

— Você está dizendo que é isso que você quer?

Eu balancei minha cabeça. — Não, eu só não queria fazer você se sentir como se houvesse alguma expectativa ou algo assim.

Sua boca ficou achatada em uma linha sombria. — Acho que não foi um caso de uma noite. Não sou eu quem está fugindo disso, Ana.

Desviei o olhar. — Acho que estou apenas tentando dizer que não espero nada de você.

Christian ficou quieto por um longo tempo. — Ana, olhe para mim.

Eu olhei.

— Gosto de você. Muito. Vejo armadilhas em potencial porque você trabalha na minha empresa e nós dois temos bagagem suficiente para preencher JFK? — Ele assentiu. — É claro. Eu nem sei mais se sou capaz de um relacionamento normal, faz tanto tempo. Mas o que tenho certeza é que a noite passada não foi um caso de uma noite para mim.

Meu coração estava esperançoso, o que me assustou mais do que só um pouco. Mas respirei fundo e assenti. — Ok. Mas podemos falar sobre o escritório?

— Prefiro comemorar nosso novo entendimento de que a noite passada não foi uma coisa de uma noite só com minha cabeça entre suas pernas. — Ele encolheu os ombros. — Mas, claro, vamos falar sobre o escritório.

Eu ri. — Estou falando sério.

— Eu também, querida.

— Bem, mantenha esse pensamento então. — Virei-me de lado para encará-lo. — Ter um relacionamento com o chefe é cheio de riscos em circunstâncias normais, mas nossas circunstâncias tornam ainda mais confuso. Para que eu faça meu trabalho, as pessoas precisam confiar em mim e confiar que nada do que
disserem vai chegar ao chefe.

— Bem, você não trabalha mais para mim.

— Embora eu ache que me reportar a Ross seja uma boa ideia,embora devesse ter sido implementada em uma hora mais razoável do dia, obviamente, isso não muda o fato de que você é a empresa.Já é uma ladeira íngreme para as pessoas aceitarem que o cara que assina todos os nossos contracheques não é meu chefe. Torna-se uma montanha se eu também estou dormindo com aquele chefe.

— Então, o que você propõe?

Eu balancei minha cabeça. — Ninguém pode saber sobre nós.Pelo menos não no escritório.

Christian franziu a testa. — Como vou foder você no meu escritório se as pessoas não podem saber?

Meus olhos se arregalaram.

Christian abriu um sorriso. — Eu estou brincando.

— Oh! Graças a Deus.

Ele encolheu os ombros. — Vou precisar me livrar das paredes de vidro antes que possamos fazer isso. — Quando ele viu o olhar no meu rosto, ele riu. — Entendo. Você não precisa se preocupar.
Aprendi minha lição sobre as pessoas no escritório conhecerem meus assuntos pessoais depois de Leila. Eu nem levo mais encontros para compromissos de trabalho. Minha vida privada não precisa ser exibida.

Ouvi-lo dizer isso me fez sentir um pouco menos ansiosa. Eu balancei a cabeça. — Certo, ótimo.

— Uma exceção, porém.

— O quê?

— Flynn. Ele era meu amigo mais próximo muito antes de eu começar a Grey Investments. Além disso, ele adora foder comigo. Então, se ele não souber, ele vai continuar a flertar com você implacavelmente para me irritar.

Eu sorri. — Ok. Espero que Flynn possa se manter quieto.

— Obrigado. — Ele estendeu a mão e esfregou meu lábio inferior com o polegar. — Como é que você não usou aquele batom vermelho que você usava durante sua primeira entrevista de novo?

Meu nariz enrugou. — Que batom eu estava usando?

— Era um vermelho brilhante.

Eu cobri minha boca e ri. — Aquilo não era apenas batom. Eu manchei minha boca de vermelho brilhante comendo cerejas enquanto estava a caminho da entrevista. Fiz o melhor que pude
para uniformizar, mas aquele batom era principalmente manchas de cereja.

— Eu gostei. Eu poderia ter fantasiado você apenas com aqueles lábios pintados de vermelho e nada além de um par de saltos altos em mais de uma ocasião.

Eu ri. — Eu sabia que você era um pervertido. Se você for bom,talvez um dia eu torne essa fantasia realidade.

— Promessa?

Eu pressionei meus lábios nos dele. — Claro, chefe.

Ele colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha. — Mais alguma coisa que você queira falar?

Eu balancei minha cabeça. — Eu acho que não.

— Bom. — Christian nos rolou abruptamente, então eu estava de costas, o que me fez gritar. Ele se inclinou e beijou meus lábios suavemente. — Cara ou Coroa?

— Você não tem nem uma moeda na mão.

— Finja que sim. O que você escolheria?

Dei de ombros. — Cara, eu acho.

— Boa escolha. Eu não conseguia decidir.

— Decidir entre o quê?

— Descendo em cima de você ou pegando você por trás enquanto você está de quatro. — Ele deslizou pelo meu corpo. —Cara, sim.

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