Capítulo 12

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Ana

Eu nem percebi que estava olhando até que um sorriso lento e sexy se espalhou pelo rosto de Christian.

Ele estava do outro lado da sala, conversando com dois homens. Em minha defesa, ele estava quase diretamente na minha linha de visão,então como não olhar para ele? Não tinha nada a ver com o quão bonito ele ficava em seu smoking preto, ou o jeito que ele enfiava uma mão no bolso da calça, seu polegar ficando casualmente enganchado do lado de fora. E definitivamente não tinha nada a ver com o quão largos seus ombros pareciam no terno, ou a forma como sua camisa afunilava até a cintura estreita. Não. Ele estava parado exatamente onde eu estava olhando. Pelo menos ele estava, de qualquer maneira, porque agora ele caminhava na minha direção.

Ele colocou a mão nas costas da cadeira vazia de Flynn. — Você não dançou a noite toda.

— Eu também não te vi na pista.

Ele estendeu a mão. — Vamos corrigir isso?

Hesitei, mas depois percebi que estava sendo ridícula. Os colegas estavam dançando juntos a noite toda. Esta era uma função de trabalho, não um encontro. Então coloquei minha mão na dele e sorri. — Claro.

Christian me levou para a pista de dança e me puxou para perto.De repente, percebi que ele era o primeiro homem com quem eu dançava desde a noite do fiasco do meu casamento. Eu tive que
dançar com José na recepção quando fomos anunciados – dez minutos antes que o inferno começasse.

Christian deve ter notado meu rosto. Ele afrouxou o aperto e se afastou. — Nós não temos que dançar.

— Não, não. — Eu balancei minha cabeça. — Eu quero dançar. Minha cabeça estava em outro lugar.

Ele olhou nos meus olhos. — Tem certeza disso?

Eu balancei a cabeça. — Positivo.

Eu tinha a sensação de que ele não acreditava em mim, mas ele assentiu, mesmo assim, e voltamos a dançar. Depois de um minuto de silêncio constrangedor, eu suspirei.

— A última vez que dancei foi no meu casamento. — Eu sorri tristemente. — Eu amo dançar. Apenas trouxe de volta uma memória. Isso é tudo.

Um olhar de compreensão surgiu no rosto de Christian, e ele assentiu. Ele abriu a boca para dizer algo, mas depois a fechou e desviou o olhar.

— O quê? — perguntei.

— Nada.

Achei que ele ia fazer um comentário sobre o meu casamento, então eu cutuquei. — Não, você ia dizer alguma coisa e se conteve.Quero saber o que era.

Christian franziu a testa. — Eu ia dizer que você está linda esta noite.

Definitivamente não era o que eu esperava. — Então por que você parou?

— Eu não queria ser inapropriado.

— Preciso lembrá-lo novamente que você me disse que só queria me contratar porque eu não era qualificada?

— Você nunca vai me deixar esquecer isso, não é?

— Eu duvido. — Eu sorrio. — Mas obrigada pelo elogio. Você também não parece tão ruim.

Os olhos de Christian brilharam — É por isso que eu te peguei olhando para mim algumas vezes?

— Oh, meu Deus. — Eu ri. — Cheio de si mesmo? Você estava bem na minha frente.

— Uh-hum.

— E pensar que eu ia elogiar você por sua colônia também.Mas você provavelmente pensaria que eu quero me casar com você.

O ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora