Capitulo 4: Plano

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Pedro Henrique point of view

Após da esperança com o "Quem sabe" na praça de alimentação, fiquei ligado na parada de chamar a mina para o jantar. Tava pilhado e precisava de uma mãozinha, então decidi chamar o Davi para a fita.

Puxei o celular e mandei uma mensagem pro Davi:
"E aí, a patroa tá em casa?".

Ele responde rapidão: "Quer saber por quê, maluco?".

Eu mando a real: "Se liga, parceiro, tô querendo umq ajuda na parada com a Nicoly".

O Davi solta um "Pô, viado, ela tá aqui na minha goma".

Parti pro corre e cheguei na quebrada do Davi. Bati na porta, e a Vitória já veio abrir, mandando um sorriso na moral.

— Davi me ligou, já pensei em tudo. — ela deu passagem para eu entrar. — Vai logo, cara, entra aí.

Quando chego, Vitória abre a porta e me guia até a sala.
Sentamos no sofá e ela já abre o notebook, mostrando um restaurante com uma cachoeira ao fundo.

— A Ni curte muito cachoeira, curte essa vibe mais natureza. — ela aponta pro restaurante. — Ela é meio chata pra comer, não curte muita frescura, gosta de uma pimenta. Esse lugar é top.

— Calma aí, culpido. — tiro onda com ela. — Ela deu só um "Quem sabe".

— Mano, ela te deu uma brecha, seu idiota. Para de ser tapado e aproveita.

— Preciso convencer ela primeiro. — falo na real.

— Manda umas flores, sei lá, para de ser frouxo. Parece até que tu tá com medo.

Encaro ela chocado com a real que mandou. Claro que tô com medo, a mina olha pra mim como se fosse dar um presta atenção a qualquer momento. Como que fica de boa?

Davi chega na sala rindo.

— Parça, tu é muito frouxo.

— Ah, vai se fuder. — mostro o dedo do meio pra ele.

— Já te falei que não era pro teu bico, cuzão. — ele solta, ainda rindo.

— É isso, o Davi tem razão. Mas, sei lá, para de ser frouxo. Quem sabe? — Vitória joga a real.

— Tá fácil falar, parece que é só chegar e pronto. A mina é toda na linha dela.

— Mas você tá aí todo gamadão nela. — Vitória ri.

— E ela tá nem aí pra você, PH. — Davi manda a real, rindo.

— Eu vou embora, vim aqui pedir ajuda e vocês ficam me tirando de otario.

— Relaxa, não pega ar na bomba, frouxo. — Davi ri mais ainda.

— A gente vai te ajudar, e para de gastar, Davi. Você já passou por isso. — Vitória fala séria. — Leva ela pra sair no sábado.

— Não sei se você tá ligada, mas ela soltou um "Quem sabe".

— Frouxo. — Davi cutuca. — Avise que vai pegar ela no sábado, coloca o horário, e aparece lá. Se ela quiser, vai. Mas certeza que ela vai te dar um bolo. Você é feio e frouxo.

— Valeu pela moral, hein. Tá ajudando muito. — falo, olhando feio.

— Mas a ideia dele não é ruim. Manda mensagem pra ela. — Vitória me passa o número dela.

E assim eu faço:

"Eai suave? Aqui é o PH, nosso encontro vai ser sábado, pdp? Te busco aí às 10:30."

Ela responde quase cinco minutos depois: "Sai fora, maníaco, eu te disse um não!"

"Você disse um 'Quem sabe', então até sábado."

"Não."

"Sim."

Bloqueio o celular e olho pra eles.

— Se isso der errado, eu mato vocês.

Essa mina tá me deixando na pressão, mano.

Bagulho mexeu com meu ego de um jeito louco.

Vou botar ela na linha, e ela vai correr atrás de mim feito cachorra. Vai ter que pagar por todas as paradas que tá me fazendo passar, firmeza?

Meu erro Onde histórias criam vida. Descubra agora