Capítulo 23: nada meu, tudo seu

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Pedro Henrique point of view

A Nicoly está lá, sentada na minha mesa, uma mesa que nunca viu muita ação. Ela, de repente, preencheu os espaços vazios da minha casa em poucos minutos.

— Tá me olhando que nem bobo pra quê? - ela pergunta, me desafiando.

— É que sua beleza me deixa bobinho - solto um sorriso.

Ela começa a mexer as sobrancelhas, me fazendo rir.

— Quero te apresentar pra dona Val - digo.

— Como sua amiga? - ela pergunta.

— Como minha mulher! - solto a bomba.

Ela engasga com o café, arregalando os olhos para mim.

— Assim do nada? - ela diz, ainda chocada.

— Preta, fiquei longe de você um mês. Foi a certeza de que sem você não quero viver.

— Para de brincadeira, Pedro.

— Quem tá brincando aqui, malucona? Tô falando sério.

Ela continua me encarando, como se tentasse processar o que acabei de dizer. A expressão dela oscila entre o choque e a incredulidade.

— Pedro, não pode ser sério. Está me zoando, né? - Nicoly finalmente quebra o silêncio.

— Nada de zoação, Preta. Tô falando sério.- respondo com sinceridade.

Ela parece absorver as palavras aos poucos, ainda processando a surpresa. Decido dar um passo a mais na revelação.

— Passei um mês longe, pensando na gente. Não quero mais perder tempo. Quero você ao meu lado, Nicoly. - expresso meus sentimentos, olhando nos olhos dela.

Nicoly parece começar a entender a seriedade da situação. Um sorriso nervoso surge em seu rosto, misturando-se com a incredulidade anterior.

— Você... realmente quer isso? - ela pergunta, cautelosa.

— Sim, Nicoly. Quero você como minha mulher. - afirmo, mantendo meu olhar fixo no dela.

Ela solta um suspiro profundo, absorvendo a realidade da proposta.

— É muita coisa de uma vez, Pedro.

— Eu sei, Preta. Mas quando é certo, não temos que esperar. - falo com convicção.

Ela respira fundo e finalmente quebra um sorriso, misturando incredulidade e alegria.

— Você é maluco, sabia? Sumiu por um mês, e agora quer me convencer de que sou a sua mulher?

— Sou maluco por você

Nicoly solta uma risada, ainda sem acreditar totalmente na reviravolta inesperada.

— Se eu aceitar isso, vai ser do meu jeito, entendeu?

—Sim senhora general, eu só irei obedecer suas ordens!

— Vamos ter exclusividade?

— Claro, não tem nem discussão- digo, sem hesitar.

Nicoly olha nos meus olhos, ainda sorrindo, mas agora com um brilho de aceitação.

— Tá, Pedro Henrique. Então vamos estar namorando? - ela pergunta, ainda meio incrédula.

— Claro né o bobinha

— Então tá bom

— Ah, que generoso da sua parte, preta. A gente devia mandar fazer camisas combinando: ‘Então tá bom’.

Nicoly explode numa gargalhada que faz cócegas em meu queixo. Adoro esse riso. É tão verdadeiro. Tudo a respeito dela é verdadeiro. Já saí com muitas garotas que fazem joguinhos, que dizem uma coisa quando querem dizer outra, que mentem ou manipulam para conseguir o que querem.

Mas Nicoly não. Ela é aberta e sincera. Quando está chateada ou irritada, me diz. Gosto disso.

Sinto um alívio imenso e a abraço com carinho.

E assim, de maneira inesperada, a vida nos levou por um caminho que não prevíamos. Mas, às vezes, são esses desvios que nos conduzem aos destinos mais surpreendentes.

Baixo a cabeça para dar um beijo nela. Quando nossas línguas se encontram, uma onda de prazer vai direto para o meu pau, que endurece contra sua perna.

Movo os quadris e a beijo, envolvendo um seio pequeno e firme com uma das mãos. Ela não está de sutiã, e os mamilos sobressaem sob o algodão macio da blusa. Esfrego a palma da mão sobre o pontinho contraído, provocando com o polegar, então o aperto, arrancando um ruído ofegante de seus lábios.

— Tudo bem se a gente deixar as preliminares pra depois?- sussurro contra seu pescoço, antes de levar a língua de volta para os seus seios.

—Aham. Entra logo em mim- sussurra ela de volta.

Pego uma camisinha e me acomodo diante de sua boceta encharcada, agradecendo a Deus e a qualquer outra divindade disposta a ouvir minha gratidão pelo fato de Nicoly estar com tanto tesão quanto eu. Nossa compatibilidade sexual é fora do sério. Nós dois soltamos um suspiro de prazer à medida que entro em casa.

Em casa? Paro no meio do movimento.

— Não para agora.

A ordem rouca faz meu saco se contrair. Estou desenvolvendo uma resposta pavloviana ao seu catálogo de sons.

Enrolei meu braço ao redor de sua parte superior das costas, meus dedos curvados ao redor do ombro oposto para alavancar enquanto o outro encontrava sua garganta. Seus olhos estavam arregalados e escuros como fumaça de fogo. Empurrei ao máximo dentro da buceta dela.

Ela gritou, arqueando o pescoço enquanto estabeleci um ritmo punitivo.

Seus gemidos ficaram mais altos e ela tentou abafá-los cobrindo a boca com a mão, mas, quanto mais eu a fodia, mais alto ela gritava.

Eu a amava assim. Despreocupada e necessitada.

Nicoly mantém meu ritmo, inclinando seus quadris finos no tempo perfeito para minhas estocadas aceleradas. A pressão aumenta. Um formigamento intenso percorre minhas pernas e sinto meu saco apertar.

Um grito irrompe de Nicoly e, de repente, uma onda de completo relaxamento toma conta de mim.

Ele rola, em ondas, e eu estremeço. Eu me abaixo em cima dela, esgotado.
Ficamos ali, com a respiração entrecortada, por vários minutos.

Foi um olhar que virou meu mundo de cabeça para baixo. Te vi e já quis, sem entender direito o que acontecia.

Era como se meu coração soubesse antes mesmo de eu perceber.

A felicidade se instalou, e esse amor que parecia um sonho se tornou realidade.

Algo que eu só imaginava, você fez questão de me mostrar, e eu me vi surpreendido por cada pedaço desse sentimento.

Em menos de um mês, você fez coisas que ninguém fez na minha vida. Mudou o jeito que eu via o mundo, trouxe cores novas para meus dias e transformou o desconhecido em algo incrivelmente familiar.

Viajei no seu olhar, mergulhei na profundidade dos seus olhos, e ali encontrei um universo que me cativou. O seu sorriso, um convite para um lugar onde a felicidade mora.

Em cada segredo compartilhado, descobri o que é amar. É como desvendar mistérios que só se revelam quando estamos juntos, construindo um vínculo que transcende palavras.

Cada beijo é uma jornada de emoções, um mapa que guia meu coração por terras desconhecidas, onde o amor se revela em gestos simples, mas profundamente significativos.

Na cama, nunca falta assunto. Temos beijos pendentes para resolver, e a saudade, parece infinita. Quanto mais tento matá-la, mais ela ressurge, complicando tudo.

Você vai embora, mas seu cheiro fica, entrelaçado nas nossas histórias.

Já não chamo mais o meu amor de meu, porque ele é todo seu. É todo seu e nada meu, e está tudo bem assim.

Meu erro Onde histórias criam vida. Descubra agora