Capitulo 9: "A se essas paredes falassem" 🔥

1.2K 65 5
                                    

Quando saí do bar e voltei para minha mesa, já fui recebida com o questionamento do João, que tínhamos nos encontrado no quintal do espeto e decidimos vir para a Vitrini.

- Acho que é melhor você ir para outro canto. - João me fala.

- Eu? Ir embora? Vai ele, eu cheguei aqui primeiro. - falo irritada, cruzando os braços.

- Para de agir como uma criança, Nicoly. Vai ficar aqui para quê? - ele me fala.

- Porque eu quero ficar! Eu em.

- Beleza. - ele suspira. - Mas me conta, por que o amor de vocês se tornou em um ódio profundo?

- Ele conseguiu o que queria: me comer. - falo bufando.

- Mas você não queria um namoro, isso te deixou irritada por quê? Esperava mais? - ele me faz essa maldita pergunta.

- Tá louco?! Nãan claro que não. O problema foi ele ter mudado da água para o vinho. E ainda ter saído escondido! - falo estressada.

- Entendi, ele fingiu ser quem não era. E você não teve controle sobre isso. Tá frustrada.

- Não tô não, estou super de boa com essa situação! - falo.

- Claro. - João debocha.

Bebo minha caipirinha e apenas concordo com a cabeça. O resto da noite é cheio de olhares feios entre eu e o Pedro Henrique, mas em nenhum momento ele se aproxima.

Se tentasse, juro que acabaria com ele.

Hoje é meu dia de descanso, e ele vem com toda essa perturbação?!

Cansada do barulho e de ficar em pé, chamo João para irmos embora. Pegamos nossas coisas e saímos.

Como estávamos bebendo, não viemos de carro, então ficamos do lado de fora esperando o Uber.

O percurso foi tranquilo; João pediu para fazer a primeira parada no meu apartamento antes de seguir para a casa dele.

- Amiga, se cuida, hein! Qualquer coisa é só ligar. - ele se despede.

- Relaxa, vai curtir seu futuro namorado. - ele ri. - Manda um beijo para o Dalton.

Ele apenas concorda, e eu sigo para o meu apartamento. Só dá tempo de tirar o sapato, cair na cama e dormir.

quebra de tempo/ domingo / 11:45

Acordo com meu celular tocando, resmungo e passo a mão pela cama sem encontrá-lo. Lembro que o deixei na sala, levanto brava e vou até lá. Ao ver o nome da Vitória, solto uma bufada.

- Alô? - pergunto entre um bocejo.

- Não acredito que você ainda tá dormindo!! É domingo, vamos sair? - ela começa a tagarelar no celular, me chamando para sair. Eu nem presto atenção no que ela fala, apenas concordo.

- Haram, sim. - falo quase dormindo.

- Perfeito, te espero às 12:40 na frente do seu prédio. - Quando ela desliga, percebo a burrada que fiz. Concordar em sair e nem sei para onde vou.

Droga, não estava nos meus planos.

Hoje seria dedicado a comer sorvete de chocomenta com cobertura de morango e assistir comédias românticas o dia todo.

Minha amizade com a Vitória começou nos roles que frequentava com meu antigo namorado.

Ela era próxima de uma amiga dele, e acabamos nos aproximando. Quando meu relacionamento terminou, me afastei, me fechei e vesti uma armadura.

Meu erro Onde histórias criam vida. Descubra agora