Quando saí do bar e voltei para minha mesa, já fui recebida com o questionamento do João, que tínhamos nos encontrado no quintal do espeto e decidimos vir para a Vitrini.
- Acho que é melhor você ir para outro canto. - João me fala.
- Eu? Ir embora? Vai ele, eu cheguei aqui primeiro. - falo irritada, cruzando os braços.
- Para de agir como uma criança, Nicoly. Vai ficar aqui para quê? - ele me fala.
- Porque eu quero ficar! Eu em.
- Beleza. - ele suspira. - Mas me conta, por que o amor de vocês se tornou em um ódio profundo?
- Ele conseguiu o que queria: me comer. - falo bufando.
- Mas você não queria um namoro, isso te deixou irritada por quê? Esperava mais? - ele me faz essa maldita pergunta.
- Tá louco?! Nãan claro que não. O problema foi ele ter mudado da água para o vinho. E ainda ter saído escondido! - falo estressada.
- Entendi, ele fingiu ser quem não era. E você não teve controle sobre isso. Tá frustrada.
- Não tô não, estou super de boa com essa situação! - falo.
- Claro. - João debocha.
Bebo minha caipirinha e apenas concordo com a cabeça. O resto da noite é cheio de olhares feios entre eu e o Pedro Henrique, mas em nenhum momento ele se aproxima.
Se tentasse, juro que acabaria com ele.
Hoje é meu dia de descanso, e ele vem com toda essa perturbação?!
Cansada do barulho e de ficar em pé, chamo João para irmos embora. Pegamos nossas coisas e saímos.
Como estávamos bebendo, não viemos de carro, então ficamos do lado de fora esperando o Uber.
O percurso foi tranquilo; João pediu para fazer a primeira parada no meu apartamento antes de seguir para a casa dele.
- Amiga, se cuida, hein! Qualquer coisa é só ligar. - ele se despede.
- Relaxa, vai curtir seu futuro namorado. - ele ri. - Manda um beijo para o Dalton.
Ele apenas concorda, e eu sigo para o meu apartamento. Só dá tempo de tirar o sapato, cair na cama e dormir.
quebra de tempo/ domingo / 11:45
Acordo com meu celular tocando, resmungo e passo a mão pela cama sem encontrá-lo. Lembro que o deixei na sala, levanto brava e vou até lá. Ao ver o nome da Vitória, solto uma bufada.
- Alô? - pergunto entre um bocejo.
- Não acredito que você ainda tá dormindo!! É domingo, vamos sair? - ela começa a tagarelar no celular, me chamando para sair. Eu nem presto atenção no que ela fala, apenas concordo.
- Haram, sim. - falo quase dormindo.
- Perfeito, te espero às 12:40 na frente do seu prédio. - Quando ela desliga, percebo a burrada que fiz. Concordar em sair e nem sei para onde vou.
Droga, não estava nos meus planos.
Hoje seria dedicado a comer sorvete de chocomenta com cobertura de morango e assistir comédias românticas o dia todo.
Minha amizade com a Vitória começou nos roles que frequentava com meu antigo namorado.
Ela era próxima de uma amiga dele, e acabamos nos aproximando. Quando meu relacionamento terminou, me afastei, me fechei e vesti uma armadura.
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Meu erro
Fiksi PenggemarVocê sempre me questionou sobre o que foi que vi em você quando a gente se conheceu e eu nunca soube muito bem como te responder, porque eu acho que também nunca consegui entender direito o que era aquilo que fez o mundo inteiro parar por alguns seg...