Capítulo 9

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Pete estava tão dopado de sono que abriu os olhos com dificuldade. A televisão já fora desligada e Vegas estava de pé na sua frente, iluminado apenas pela luz do corredor, sorria para ele.

– Que horas são? – resmungou ele.

– Mais de meia-noite.

– Acho que dormi. – Pete se espreguiçou e bocejou. – Como foi no hospital?

– Nada muito grave. Só uma clavícula e algumas costelas quebradas. Ele ficará de molho por um tempo, mas sua recuperação será total. – Vegas esticou o braço para ele. – Vamos para a cama. – E acrescentou diante do seu olhar curioso. – Para dormir. Acho que estamos cansados demais para brincadeiras agora.

Ele estava certo. O dia fora muito longo para eles dois.

Vegas o segurou pela mão e o levantou do sofá.

– Você vem também?

– Para a sua cama? – ele perguntou. – Você me quer lá?

E ele queria.

– Eu quero que você venha comigo.

– Então eu vou – disse ele com aquele sorriso sedutor.

– Tenho que escovar os dentes, primeiro – ele disse.

– Eu também. Importa-se de dividir a pia comigo ou prefere que eu o espere terminar?

Ele possuía certa experiência nisso.
Muitas vezes usou a pia com três ou quatro irmãos ao mesmo tempo, principalmente no horário da escola, quando corriam para escovar os dentes antes que o ônibus buzinasse em frente de casa. Além do mais, isto era comum entre os casais, certo?

– Não me importo.

Era meio estranho ver Vegas escovar os dentes. Um daqueles hábitos diários sobre os quais ele não dava muita importância, mas fazer isso junto com ele parecia pessoal e íntimo. Era como ouvir um segredo.
Pete preferiu sair do banheiro para Vegas usar o vaso, certos segredos tinham que permanecer em segredo, e subiu para o quarto para vestir o pijama. No quarto ele já encontrou Omen e Nick deitados na sua cama.

Pôs as mãos na cintura e falou duramente com Omen.

– Ah! Seu traidor!

Omen olhou para ele cheio de culpa.

– Desça daí – disse ele, puxando as cobertas. Como dois bons amigos, cão e gato pularam da cama e desceram as escadas.

Parecia que até Omen já se acostumara com eles vivendo aqui.
Deveria significar alguma coisa, não?
Ele se despiu e colocou uma camisa grande e longa com o desenho de um coelho na frente. Já estava sob as cobertas quando Vegas apareceu. Ele ficou encolhido do seu lado enquanto assistia Vegas se sentar na beirada da cama, tirar as botas e depois as meias.

Em seguida, ele desabotoou e tirou a camisa, pendurando ao pé da cama.
Pete suspirou de prazer ao ver sua pele nua e o tórax musculoso. Ele não era muito cabeludo. Apenas uma pequena quantidade de pêlo no peito que depois afinava em uma trilha descendo pelo abdômen e desaparecia sob a cintura da calça jeans.

Bem à vontade no seu quarto de dormir, ele se pôs de pé e abriu o botão da calça jeans. Abaixou a calça e a tirou mostrando suas pernas longas e fortes.
Pete não era ligado em pernas masculinas, mas as de Vegas eram perfeitas. Vestido apenas de cueca, ele se deitou na cama dele. Virou sobre o lado para ficar de frente para ele e deu-lhe um beijo ligeiro mas doce. Seu cheiro era de pasta de dente, sabonete e loção pós-barba.

– Boa noite – ele disse.

– Boa noite – Pete respondeu e esticou-se para apagar a luz atrás dele.

Descobrindo a Paixão - vegaspete ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora