Opa leitores, meu nome é Cesar, e venho contar minha história , espero que gostem!
Sentado na varanda de casa, olhando para o jardim e vendo meu filho brincar; minha mente viaja pra anos atrás; anos que eu não sonhava com minha boa casa, com um bom...
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Durante essa noite, os trovões podiam te trazer de volta de qualquer sonho. Era de arrepiar o som, do vento e a força da chuva. Quando começou eu estava super animado; amo chuva, mas não naquela situação.
Na nossa cela começavam a aparecer algumas goteiras, e pra ser bem sincero eu estava muito assustado, pois além de não fazer ideia do prejuízo, estava tudo escuro demais. Estava muito preocupado com minhas coisas.
Aparece uma goteira em cima da minha cama, bem no meio, na hora fico em pé na minha cama, dobro meu colchão e minha roupa de cama. A goteira agora é mais forte e parece uma torneira.
Eu não era o único naquela situação, os meninos que dormiam em redes, começaram a tirar suas redes e pertences. Mas eles não estavam surtados como eu estava.
Até que meu anjo da guarda se aproxima.
- Ou, pega suas coisas mais importantes e trás pra cá!
- obrigado! - Carlos se afasta!
Deixei minhas bolsas penduradas onde estavam, não podia fazer muito.
Peguei meu colchão, e minha roupa de cama.
Coloquei meu colchão por debaixo do de Carlos, em seguida fizemos a cama que ficou muito confortável com 2 colchões.
A maioria das camas de baixo da beliche estava com 2 pessoas ou mais. Algumas pessoas se acomodando perto da chapa e banheiro.
- Obrigado!
- você não tem que me agradecer
- Claro que tenho! Eu sinceramente nem sabia o que fazer.
- Quase todo mundo aqui está acostumado, a estrutura da cela tá bem ruim e as vezes fazendo buracos para as redes só pioram a situação.
- Temos que dar um jeito nisso, não dá pra gente viver assim! Isso não é viver ... É sobreviver!
- queria ter essa cabeça, ver o mundo como um novinho vê.
- vc acha que não dá pra mudar? Se você não acredita, não rola...
Meu relacionamento com Carlos nos últimos meses se estreitou bastante. Quando eu e ele não estávamos trabalhando, estávamos sempre juntos. Conversando, jogando dominó e comendo. Às vezes a gente não falava nada só ficava fumando um cigarrinho em silêncio.
- eu amo chuva!
- ainda gosta!
- É mais fácil gostar, quando se está em um casa bem estruturada, e quententinha. Sentindo o orvalho, e o cheiro de grama molhada.
- aqui a chuva, só tem cheiro de chuva, e o cheiro do outro dia.
Não sabia oque aquilo era e pra falar a verdade, naquela situação eu nem queria saber oque era.
