Aquilo não era uma cela.
Era uma jaula?
Não, aquilo era um instrumento de tortura!
Paredes altas, de puro concreto, tinha um formato redondo; sem cama, sem colchão, sem janelas, sem luz.
Apenas com um buraco no chão e uma torneira, que escorria uma água fraca.
Acima da minha cabeça, tinha uma luz que vinha de um buraco com menos 30 centímetros de diâmetro. Dava para ver o sol.
- ok César! Assim vc vai poder contar os dias.- eu falava comigo mesmo.
Olhando para a porta tinha duas pequenas janelas fechadas.
Uma delas me olhava e outra provavelmente iria passar minha comida.
Diferente de uma cela normal, suas paredes eram muito frias, e o chão era úmido e grudento.
Sentei no chão e tentei organizar meus pensamentos.
De um lado eu estava feliz:
*Encarei Rogério, e venci!
*Estava fora de perigo
*Teria tempo para, pensar nos meus passos
E também estava muito triste:
*Estava sozinho de mais para minha saúde mental ficar de pé
*O olhar do Carlos em saber que transei com várias pessoas
*Rogério ia me matar quando saísse daqui.
*Carlos estava em perigo?
*Não tinha ideia de quanto tempo ia ficar ali.
Conforme o sangue ia esfriando, minha consciência ia voltando. O gosto de sangue se tornava intenso em minha boca.
Fui à bica me lavar, e esfregava com minha unhas o máximo que eu conseguia. (Nojo) era tudo oque eu sentia.
A melhor forma que consegui eu me limpei.Que merda eu fiz. Ao longo dos 3 primeiros dias, minha punição era ficar sem comer, não levaram pra mim nada. A única coisa que eu ingeria era água da torneira e as unhas que eu roía e engolia.
Mas naquele dia eu recebi algo por debaixo da porta.
Em cima de um papelão veio comida. Não era uma quentinha como a gente comia nas celas. Era algo diferente, quando peguei com as mãos. Era uma comida que mais parecia um monte de restos. De várias pessoas.
A fome que eu estava não me permitiu sentir nojo. Mas também não consegui comer até o final. Comi para não desmaiar e morrer.
Eu andava de um lado a outro para passar o tempo. Contava quantos passos eu podia dar de uma lado ao outro ali dentro. Eu tentava fazer exercícios, e conversava muito sozinho.
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RomanceOpa leitores, meu nome é Cesar, e venho contar minha história , espero que gostem! Sentado na varanda de casa, olhando para o jardim e vendo meu filho brincar; minha mente viaja pra anos atrás; anos que eu não sonhava com minha boa casa, com um bom...