004. fire on fire.

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• 𝑇𝑜𝑟𝑒 𝑦𝑜𝑢𝑟 𝑏𝑎𝑛𝑛𝑒𝑟𝑠 𝑑𝑜𝑤𝑛, 𝑡𝑜𝑜𝑘 𝑡ℎ𝑒 𝑏𝑎𝑡𝑡𝑙𝑒 𝑢𝑛𝑑𝑒𝑟𝑔𝑟𝑜𝑢𝑛𝑑

• 𝑇𝑜𝑟𝑒 𝑦𝑜𝑢𝑟 𝑏𝑎𝑛𝑛𝑒𝑟𝑠 𝑑𝑜𝑤𝑛, 𝑡𝑜𝑜𝑘 𝑡ℎ𝑒 𝑏𝑎𝑡𝑡𝑙𝑒 𝑢𝑛𝑑𝑒𝑟𝑔𝑟𝑜𝑢𝑛𝑑

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O DIA TINHA COMEÇADO cedo no trem à caminho para Capital do país, Anastasia e Finnick foram retirados antes que o Sol nascesse da cama, ambos com reclamações assim que seus estilistas e mentores entrassem em seus quartos

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O DIA TINHA COMEÇADO cedo no trem à caminho para Capital do país, Anastasia e Finnick foram retirados antes que o Sol nascesse da cama, ambos com reclamações assim que seus estilistas e mentores entrassem em seus quartos. Eles já tinham se esquecido de como era caloroso e ansioso os momentos antes dos jogos, os membros da capital estavam eufóricos com o Massacre, já que nunca tinha acontecido tal ato antes.

Anastasia estava ansiosa, tinha começado a se questionar se tudo aquilo iria valer a pena. Se arriscar por Annie Cresta, talvez tenha sido o pior erro de sua vida e em um instante que a mesma estava sentada à mesa, se levantou e correu para o seu quarto. Sua respiração era acelerada, lágrimas involuntárias desciam pelo seu rosto e gritos ecoavam pelo cômodo.

Desde a vitória da mesma nos jogos, aquilo se tornou quase uma rotina. Todas as crises, existenciais, de ansiedade e de pânico faziam parte da garota, carregava aquilo como um fardo. Um fardo pesado, causado por todas as mortes que assistiu na arena.

Braços fortes enrolaram a garota em um abraço, o cheiro era reconhecido pela mesma e logo os choros cessaram. Finnick estava ali, acariciando seus cabelos e sussurrando palavras indistintas para Anastasia naquele momento.

A pequena Atwood se lembrava de tudo o que passou, todos aqueles momentos que viveu na arena, se recordou da sua última morte e chorou baixinho desta vez. Era perturbador, silencioso e caótico. Ambos sentiam a dor, era compartilhada e o causador estava impune, seguindo sua vida como se tudo aquilo fosse um propósito. A paz entre os distritos não valia todas aquelas mortes, todas aquelas crianças inocentes e tudo aquilo causava ainda mais dor.

— Anastasia, vamos, se recupere. — Finnick disse em um tom baixo, apenas para a morena escutar. A mesma levantou sua cabeça, seus olhos vermelhos e o rosto ruborizado cortou o coração do loiro, era doloroso vê-la em tal estado. — Eu sei que dói, mas precisamos ir, peixinha..

— Eles vão nos machucar, Finn? —Anastasia questionou, estava tendo um dos seus delírios. Tudo em sua volta a lembrava, dando gatilhos para todo aqueles caos vir à tona novamente.

— Não vão, eu prometo! — O loiro beijou a bochecha da jovem, a ajudando a levantar logo em seguida. A guiou até a mesa novamente, todos fingiam que nada acontecia assim que voltaram, Anastasia limpou as lágrimas e um sorriso estampou seu rosto, fazendo os outros ao seu redor sorrirem também.

— Vamos deixar você mais linda ainda, peixinha! — Corydon se levantou, o estilista da garota que tinha seu visual divergente, diferente dos demais da Capital. Seu terno era coberto de argolas presas, de várias cores e tamanhos. Seu cabelo era cinza, como a fumaça que existia por todo Distrito 12 e seu rosto tinha uma maquiagem destacando suas linhas d'água, sua pele destacava-o ainda mais. Corydon era o mais lindo entre todos os membros da Capital que a garota conhecia.

Finnick foi guiado pela sua estilista para um lado e Ana para o outro. Corydon mandou a garota se despir na sua frente, a mesma quase desmaiou de vergonha e pôs suas mãos ao rosto quando o mesmo ameaçou chegar perto.

— Minha querida, eu gosto da mesma coisa que você gosta, então pare de drama. Eu nunca faria nada com você, até porque o seu namorado me mataria! — Corydon disse a mesma, com um ênfase na palavra "namorado", fazendo a mesma gargalhar. Anastasia sabia que nunca rolaria nada entre ela e o loiro, eles eram apenas melhores amigos. A garota se despiu, deixando apenas suas roupas íntimas em seu corpo, dando liberdade para Cory a medir e a tocar.

— Ele nunca seria meu namorado! — Anastasia riu alto, Corydon olhou para trás da menina e lá estava ele. Parado com seus olhos marejados após escutar a fala da morena, ele tinha quebrado naquele momento. Ana percebeu para onde Cory olhava e olhou para trás, mas era tarde demais. Finnick já tinha saído da porta e tudo que ela viu foi o vulto do garoto.

— Vou fazer tantos looks para você arrasar, minha peixinha! — O clima pesou, Cory deixou a menina para trás logo após de recolher as medidas do seu corpo e Anastasia percebeu a besteira que tinha feito. A mentira que tinha dito.

A manhã passou rapidamente e logo já estavam na Capital de Panem. O trem chegava na última estação, gritos histéricos e eufóricos eram escutados a quilômetros, pessoas recebiam Ana e Finnick com cartazes, sorrisos e acenos exagerados. Atwood sentia seu estômago revirar. Finnick se levantou e pegou a jovem pela mão, a levando até a janela. Mais gritos. Anastasia sorriu e acenou junto com o garoto. Mais gritos. A garota se distanciou da janela até não ser vista, sua respiração novamente estava acelerada e seus olhos marejados, Finnick foi até a mesma e segurou seu rosto com as duas mãos, a fazendo olhar para ele.

— Eu tô aqui, Ana, fique calma! — Odair selou a testa da mais nova, a abraçou e toda a crise que estava para começar, tinha ido embora. — Eu vou te proteger, mesmo que isso custe a minha vida.

Anastasia estava nos braços de Finnick, com seu choro contido e com a respiração calma novamente. Ele tinha o poder de acalmá-la mesmo quando tudo parecia desabar, e ela tinha o mesmo com ele. Ambos eram a pilastra um do outro, o lugar seguro. Aquilo era precioso.

Corydon assistia aquilo junto de Olivia, a acompanhante cujo o nome era desconhecido até um tempo atrás. O estilista da garota tinha seu coração nas mãos, se antes ele já odiava os jogos, o governo, agora ele odiava ainda mais. Era puro, intenso e novo. Nada mais importava para eles. Só manter o outro vivo, e nada mais.

Era fogo combatido com fogo. Mantê-la viva era prioridade de Finnick.
Mantê-lo vivo era prioridade de Anastasia. A revolução já começava ali.
A esperança se juntou ao amor. Snow nunca poderia resistir a isso.
Coriolanus Snow sabia que o amor poderia matar quem e qualquer tipo de coisa,
ele mesmo já tinha o experimentado.

THE GREAT WAR - f. odairOnde histórias criam vida. Descubra agora