005. the game

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A CORNUCÓPIA ESTAVA DISTANTE, a respiração da garota estava rápida em busca de fôlego

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A CORNUCÓPIA ESTAVA DISTANTE, a respiração da garota estava rápida em busca de fôlego. Os tributos à sua volta olhavam para a mesma como se fosse um pedaço de carne e aquilo a assustava, até demais. O cronômetro chegava ainda mais perto de dar o sinal, 10.. 9.. e aquilo era uma tortura absoluta para todos ali. O sinal foi dado, uma corrida intensa começou e com desobediência, Anastasia correu para a cornucópia. Desviando de alguns carreiristas e assistindo o banho de sangue acontecer, aquilo era traumático.

— Vem aqui, peixinha! — O garoto do distrito 2 vinha até a garota, enquanto a mesma pegava uma adaga nas mãos. — Não vou te machucar! — Ele chegava ainda mais perto, seus olhos emanavam raiva e ódio puro, suas pupilas dilatadas e um sorriso assustador tomavam a face do garoto do 2.

Anastasia lançou a adaga, enfiando a mesma na testa do garoto que caiu como um saco de batatas doce para trás. A respiração de Atwood estava rápida, a garota sacou outra faca e ameaçou as duas outras garotas que estavam ali presente, que logo saíram correndo e pegando mochila com mantimentos no caminho. A arena era coberta de gelo, estava começando uma nevasca muito forte, o que dificultava a garota que nasceu no Distrito 4.

A corrida até a floresta foi difícil, a garota mal conseguia correr com a neve a impedindo de chegar até o local. Carregando facas e um arco consigo, chegou até um lugar relativamente seguro e se escondeu, a tempestade de neve impossibilitava a visão de Anastasia, criando um medo ainda maior de ser esfaqueada pelas costas. Ela com certeza era o alvo maior para todos ali.

A música triunfal começou a ser tocada por toda arena, era alto, era o suficiente para chamar toda a atenção de todos os tributos. No alto do céu falso, era projetado todas as mortes com de todos os tributos de cada distrito. Distrito 11 tinha seus dois tributos mortos, o Distrito 3 tinha apenas um vivo, Distrito 5, 6, 2 e 1 estavam mortos, 7 e 8 ainda estavam vivos, mas com um de cada. 9 e 10 mortos e o 12 tinha apenas um, a garotinha estava passando no telão. terminando a transmissão. Faltavam cinco tributos, contando com Anastasia. Apenas na primeira noite foi um banho de sangue, todas aquelas crianças mortas e o forte frio que estava na arena, era assustador.

Anastasia estava escondida, escutou passos e logo seu coração foi a mil. Sussurros eram ditos ao vento, alguém estava alucinando e era doloroso escutar aquilo. Os passos cessaram, era como se o alguém tivesse parada e mais um sinal foi dado. Restavam quatro. A noite foi tranquila, ambos os tributos restantes estavam separados. Aquela foi a primeira edição que não tinha aliança carreirista. Primeira e única.

Pela manhã, mais um sinal foi dado. Restavam três, a edição do 69° Jogos Vorazes estava para terminar. Anastasia saiu de seu esconderijo, lá estava o garotinho do 8, seu corpo inteiro estava roxo, seu corpo gelado como a neve. A causa da morte com toda certeza era a hipotermia, pela constante neve que caía dos céus. A garota saiu andando, em direção da Cornucópia, estava pronta para ter sua morte decretada e ser mais uma vítima dos jogos maníacos do presidente Snow, até que mais um sinal foi dado. Restavam apenas mais dois, ela e seja lá quem for.

A garota apenas escutava seus passos contra a neve, suas botas afundavam e impossibilitava tanto o seu andar. Gritos foram escutados, era o garoto 3. Ele a chamava, conforme Anastasia andava pela neve, os gritos apenas aumentavam de volume. Ela parou, preparando-se para contra-atacar com qualquer ameaça e lá estava ele.

— Te achei, peixinha.. — Ele gritou, há poucos metros de distância da garota que tinha seu olhar assustado. Ao contrário de Edmund, que seu olhar emanava ódio, suas pupilas dilatadas e sua postura assustada, ao seu redor, alguns tributos que o mesmo tinha matado. Ele tinha se tornado um bestante da Capital, estava possuído por tamanha fúria. — Vem aqui, vamos ter uma luta justa.

Anastasia tinha suas armas nas mãos, sua postura se tornou outra e sabia que não valia a pena deixar ele viver. Seu olhar julgador, um sorriso sarcástico em seus lábios. Ela não era a mesma. A garota foi caminhando até Edmund, em passos lentos e alertas. Ao chegar perto, passos de distância, o garoto correu até ela e ela fez o mesmo.

Uma luta tinha começado. Fora da arena, Finnick estava com seu olhar apreensivo enquanto olhava para o projetor gigante que tinha ali naquela sala. Patrocinadores, celebridades da capital, os antigos idealizadores dos jogos e membros da alta classe de Panem estavam todos reunidos. Julius, o mentor de Anastasia estava ao lado do garoto, com o mesmo olhar e com seu coração apreensivo. Eles estavam apostando na garota.

— Ela precisa ganhar. — Julius deixou escapar, ganhando a atenção de Finnick, dando um sorriso confortador para o mentor. — Ela vai ganhar. — Os dois olharam para a grande tela, a luta ainda continuava.

Anastasia sentiu seu quadril ser perfurado, uma dor enorme a consumiu, mas não caiu. Ela derrubou o oponente, subiu em cima de Edmund e enfiou a adaga em seu coração, repetidamente, por alguns segundos. Ela estava em choque, seu coração estava acelerado e fogos foram soltados dentro da arena. A garota estava coberta de sangue, suas mãos, seus braços e seu rosto tinham sangue de seu oponente, sua ficha caiu.

Era como uma besta sendo enjaulada novamente, um choro involuntário tinha começado e uma crise terrível. Lágrimas tinham se misturado com o líquido vermelho, tornando-se um só. A dor, a agonia tinha tomado conta da garota.

Ela tinha vencido os jogos, tornando-se a vitoriosa que o Presidente queria que a garota fosse. Entendeu o motivo de todas as edições. Era como uma libertação, éramos crianças obrigadas a perder a inocência e nos tornarmos monstros para os Distritos, e um herói para a Capital de Panem. Inocência e vidas perdidas. Monstros criados, traumas nunca esquecidos. Ninguém nunca estaria são e salvo.

THE GREAT WAR - f. odairOnde histórias criam vida. Descubra agora