Capítulo 8

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A brisa fresca da noite adentrava as janelas e encontravam a pele sensível de meu rosto, estava eu sentando perto das janelas, olhando o movimento das ruas e o céu que se tornava escuro.

Hadassa havia entrado na suíte que havia em seu quarto, me deixando sozinho. Essa tarde foi desconfortável, ficamos eu e ela a sós no quarto conversando coisas sem sentidos para não ficar um clima pesado.

A cada momento, as palavras de Hadassa fazendo a proposta de somente ficar comigo, ecoavam em minha mente, fazendo-me ficar alegre ou em dúvida se realmente ela iria cumprir com o desafio feito para a mesma. Eu no fundo esperava que suas palavras não tenha sido em vão. Cumpra sua proposta Hadassa.

Meus ouvidos foram atingidos pelo ranger da porta de madeira se abrindo, era ela saindo do banheiro. Não fazia ideia do que fora fazer, Hadassa demorou bastante tempo dentro daquele cômodo, mas eu não iria perguntar o porquê. Quem faria uma coisa dessas?

Me virei para olhá-la saindo do banheiro, meu coração palpitou, me fazendo ficar de boca aberta. Meus olhos analisaram cada lindo traço seu, ela usava um vestido branco justo em sua pele, com uma fenda ao lado direito de sua perna e havia glitter espalhado por todo o tecido fino a deixando radiante como a lua na escuridão. O corpo fazia companhia junto ao vestido brilhante, ela colocou alguns brilhos nela mesma, levantei mais o olhar e seu rosto estava com uma maquiagem leve que realçava a beleza de sua pele sensível, deixando seus olhos também radiantes. Seu cabelo estava amarrado em um rabo de cavalo volumoso com os fios bebês grudados em sua testa e duas mechas que ela enrolou soltas em seu rosto, por um momento meu olhar encontrou o seu, fazendo-me ficar envergonhado. Não tinha mais controle do meu coração que estava afoito dentro de mim, desviei o olhar para o chão, vendo seus pés com um salto prata brilhante. Porra, até os pés dela estavam atraentes.

— Estou bonita, coelhinho? — Perdi o rumo após escutar sua voz.

— Você está maravilhosa Hadassa. — Falei ainda não olhando para ela novamente, mas senti sua felicidade transbordar. — Onde vai arrumada assim?

— Vou para uma festa.

Assim que ela falou, meus olhos voltaram em sua direção e a olhei confuso, franzindo as sobrancelhas.

— Festa? — Me lembrei da proposta dela em minha mente, sentindo meu coração apertar.

— Sim, coelhinho. — Me olhou fixamente. — E você vai comigo.

Dei uma risada sarcástica.

— Não, eu não vou. — Retruquei.

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