Capítulo 10

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Em um quiosque qualquer de Copacabana Antônio chorava as pitangas como se tivesse acabado com um casamento de 30 anos....

— Eu amo aquela mulher! Vocês tem que entender isso, eu sou dela! eu não consigo viver longe dela mais. Entende?

Dizia Antônio para o cunhado e Herson. Embaralhando as palavras pelo efeito do álcool.

— Calma meu amigo! Amanhã você procura ela é se explica com calma, ela vai te perdoar.
Dizia Herson na intenção de acalma - lo.

— Sim, você tem que fazer isso que o Herson falou, não precisa chorar. Calma...

Concordava Alexandre passando a mão pelas costas do cunhado para que ele parasse de chorar.

— Amanhã? Eu vou lá e hoje! Vou hoje, Lá na casa dela, ela vai ter que me escutar. Não pode, não pode ser assim.

— Você tá louco né Antônio? Olha o teu estado, vai perturbar a Irene essa hora da noite, olha, ninguém tem paciência pra bêbado não, no mínimo ela vai chamar um segurança pra te tirar de lá...
Disse Alexandre em um tom sério, que não era comum dele.

— Primeiro, vocês não mandam em mim, segundo, meu carro está lá na casa dela e terceiro... vocês vão me levar lá! - ele numerava as frases nos dedos.

A cena era um tanto engraçada, três empresários bem vertidos. Dois levemente alcoolizados segurando outro que caia pela areia e esperneava e chorava... as pessoas olhavam a cena é riam  tentando entender o que acontecia ali.

Por fim Alexandre e Herson acabaram cedendo e levaram ele.

Herson dirigia por ser o menos embriagado, Alexandre ia no passageiro e Antônio ia no banco de trás, ele tinha a cabeça encostada no vidro do carro e cantava uma música apaixonada com todas as forças que tinha, tirando risadas sinceras dos amigos.

Irene dormia serenamente em sua suíte master, até que escuta vozes longes, uma delas era bastante conhecida... Antônio.

— Irene sai aqui fora, eu sei que você tá em casa. A gente precisa conversar...

Irene levanta da cama e veste seu robe por cima da camisola em que usava. Se aproxima da janela abrindo e dando de cara com Antônio debaixo dela.

Alexandre e Herson estavam encostados no carro.

— Oque você tá fazendo aqui Antônio? Como você entrou nessa merda de condomínio?

— A gente precisa conversar Irene, eu entrei porque você deixou minha passagem livre, esqueceu?

— Merda, é mesmo. - ela coloca a mão na testa — A gente não tem nada pra conversar Antônio, vai pra casa.

— Irene, a gente não tem nada haver com isso viu, ele fez um chilique pra gente trazer ele aqui, você precisava de ver.
Dizia Herson que tinha Alexandre cochilando em pé em seu ombro.

— Eu imagino, mais vocês podem levar ele de volta, deram viagem perdida.

— Eu não vou embora enquanto você não descer pra gente conversar Irene.
Dizia Antônio olhando pra cima.

— Você vai sim.

— Não vou! Não arredo daqui, eu durmo aqui na rua se você não abrir essa porta.

— NÃO VAI NÉ?

— NÃO VOU!

Irene some da janela dando a entender pra Antônio que ela iria abrir a porta da casa pra ele entrar. Irene vai no seu banheiro e enche a bacia de água que usava pra fazer seus cuidados noturnos,  e volta até a janela jogando toda a bacia de agua fria em Antônio. Ela se arrepende do ato logo em seguida ao ver Antônio todo molhado.

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