Prometer

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Onze meses mais tarde...

NO MEIO DO NADA, um caminhão velho estacionou em um estacionamento de cascalho em frente a um pequeno prédio agachado. 

A cidade ao seu redor parecia ter morrido há muito tempo, e tudo o que restava era poeira e ossos.

A porta do caminhão se abriu e um homem alto saiu, botas esmagando o cascalho. 

Ele apertou os olhos contra o sol da tarde. 

Linhas profundas se formaram em torno de seus olhos e boca, e os ossos em suas bochechas eram proeminentes. 

O cabelo dele enrolava na gola do casaco, desgrenhado e despenteado. 

Ele passou a mão sobre uma barba desgrenhada, coçando a mandíbula. 

Seu jeans estava rasgado, o joelho direito cutucando.

Ele passou a mão no rosto enquanto suspirava.

Foi um longo dia.

Uma bandeira esfarrapada tremulou.

Ele não viu mais ninguém na estrada.

Ele caminhou em direção ao prédio.

Um panfleto antigo em uma das janelas, com o papel amarelado pela idade, as bordas desgastadas, anunciava uma surpresa dos quatro anos anteriores.

Ele abriu a porta. 

O ar frio tomou conta dele.

Uma mulher olhou de trás do balcão. 

Seus olhos se arregalaram ao ver o homem, e ela olhou por cima do ombro como se procurasse alguém para salvá-la.

Ele ignorou. 

Ele sabia como estava. 

Ela não podia fazer nada agora. 

Ele não a machucaria. 

Ele só queria o que era dele. 

Pelo que ele veio.

Ele sabia também estava aqui.

Ele agora podia sentir o cheiro.

Fraco, mas ainda está lá.

Ele respirou gananciosamente, sentindo o último cheiro persistente.

A mulher disse: 

— Posso ajudar você?

O homem disse: 

— Eu acho que você tem algo para mim.

— Esta certo? Não sei o que seria isso. Nunca te vi antes na minha vida. Você não é daqui.

O homem riu cansado. 

— Não. De modo algum. Eu nem tenho certeza de onde é aqui.

O olhar dela se estreitou. 

— Bedford Kentucky

— Huh — disse o homem. — Nunca estive em Kentucky antes. Que tal? 

Ele deu um passo em direção ao balcão e ficou surpreso quando descobriu que não podia se mover. 

Ele deveria ter previsto isso. 

Um erro estúpido.

Ele ergueu o olhar.

Acima dele, gravado em uma viga no teto, havia uma inscrição que ele não reconhecia, pulsando em verde.

— Lobo — a mulher sussurrou.

Song of the Pack - Book 3 (Jikook)Onde histórias criam vida. Descubra agora