Onde America Singer e Maxon Schreave são oferecidos em casamento um para o outro sem nunca terem se conhecido.
A fim de promover uma distração eficaz para a população que manifestava por mudanças significativas na monarquia de Illéa, o rei Clarkson...
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No dia seguinte, America acordou com Lucy, uma de suas três criadas, chamando incansavelmente por seu nome. Abriu os olhos contra sua vontade e fez um esforço considerável para sair da quentura da nova cama. America duvidava de que algum dia teria dormido tão bem e tão tranquilamente como naquela madrugada. Ainda que o início da noite não tenha sido como ela esperava, depois que voltou para o quarto, uma calmaria tomou conta de si, a dominando por completo, provavelmente o cansaço de um longo dia finalmente vindo à tona.
— Senhorita America, perdoe-me, mas tenho que apressá-la… — Lucy falava com um tom de voz baixo e doce. — Se não pode acabar se atrasando para o café da manhã.
Um som alto de grande alerta soou nos ouvidos de America, o café da manhã significava conhecer o príncipe Maxon, ou conhecê-lo oficialmente, sem a escuridão e uma crise de ansiedade para atrapalhar a interação dos dois. America então concordou com a cabeça, sem saber dizer nada que fosse realmente relevante e seguiu Lucy até o banheiro do quarto. Ela recebeu todos os cuidados e em poucos minutos ficou incrivelmente bonita para alguém que tinha acordado há tão pouco tempo. A criada não falava muito, mas foi muito gentil e dedicou todo o talento que tinha na tarefa de realçar a beleza de America. Depois Mary e Anne se juntaram a elas, trazendo um vestido para o dia. Ele ia até a altura dos joelhos e seu tecido fino e esvoaçante davam uma impressão de leveza em contraste com sua cor verde.
— Eu acho que nunca vesti algo tão lindo. — America declarou se colocando em frente ao espelho. Era totalmente verdade, os vestidos que usava em suas apresentações eram bonitos, mas nada nunca tão sofisticado como aquela peça.
— Bem vinda ao palácio, querida. — Mary soltou uma risadinha. — Essa não vai ser a última vez que dirá isso, tenho certeza.
Anne revirou os olhos, a líder entre as três criadas sempre mantinha uma postura altiva, sem tempo para brincadeirinhas, de modo que fez um gesto de dispensa com as mãos, como se pudesse jogar para longe os comentários da colega e indicou a porta de saída do quarto para America. Sem ter outra opção, America começou a andar rumo ao corredor com a respiração falha e um coração acelerado o suficiente para causar náuseas, felizmente logo encontrou Silvia, que repousava em uma poltrona perto da escada.
— Bem na hora. — Silvia começou a se aproximar dela. — Se demorasse mais um pouco eu teria que buscar você pessoalmente.
— Me desculpe.
— Está tudo bem. — Ela deu de ombros enquanto checava o relógio de pulso. — Mas o rei Clarkson não gosta muito de esperar, não se esqueça disso.
America segurou a vontade de dar um suspiro cansado, era óbvio que ninguém gostava de ter que esperar, ela se surpreenderia se o rei gostasse. Com seu interesse de conhecer a família real renovado, America desceu as escadas do imponente palácio de Angeles até chegar ao andar principal, onde se localizava um enorme salão que seria capaz de abrigar a casta Cinco inteira para a hora do café, mas que por mais impressionante que pareça, continha apenas três pessoas com coroas de ouro e muitos guardas espalhados. Eles realmente usavam aquelas coisas na cabeça todos os dias? Tentou buscar na memória, mas realmente não se lembrava se Amberly ou Maxon estavam as usando no dia anterior.
