LION'S HEART, starchaser

O4. THE PAST AND PRESENT COLLIDE

Sempre quis escrever uma história onde eu pudesse abordar o relacionamento do Fleamont com a Euphemia, e de como o Alphard ficou amigos dos dois.
Espero que gostem desse capítulo tanto quanto gostei de escrevê-lo.
Obs: A Euphemia nessa fanfic terá um sobrenome mexicano.

(...)

HOGWARTS, 1935

O que ninguém sabe sobre Fleamont Potter ─── além dele ser apaixonado por Poções e Quadribol ───, é que ele também é um ótimo observador e um talentoso desenhista.

Não era nada novo ver ele ficar para trás quando as aulas chegavam ao fim. Ele gosta de seus momentos sozinho, sem toda aquela agitação dos alunos ao redor dele apenas para ficar observando as pessoas andando pela escola.

Para uma mente agitada igual a de Fleamont, o silêncio e o isolamento eram o melhor remédio.

Ele também gosta de ir até o Lago Negro e se sentar embaixo de uma das árvores apenas para desenhar em seu pergaminho ouvindo os barulhos dos pássaros ou até mesmo ouvir o barulho da água quando a Lula Gigante sobe até a superfície com seus muitos tentáculos e depois desaparece novamente.

Então não foi difícil para ele notar Euphemia Hernandez naquele ano no meio daquele mar de pessoas ridiculamente iguais que iam e vinham em Hogwarts.

Ela tinha deixado o cabelo escuro e encaracolado crescer, havia crescido uns bons centímetros e o corpo de menina se fora para deixar evidente que ela era agora uma mulher.

E Euphemia sempre foi uma garota incrivelmente linda. Uma beleza seráfica fora de qualquer padrão. Pele negra, olhos castanhos esverdeados e um sorriso que poderia arrebatar multidões.

Fleamont jamais confessaria, mas ele era um pouco obcecado por ela naquela época.

Mas o que de fato chamou a atenção de Fleamont neste ano em específico, foi que Euphemia ficava, na maior parte do tempo, sempre sozinha.

Ele a via com os amigos ou até mesmo com a sua irmã Charlotte, mas às vezes ela parecia apreciar um pouco a solidão tanto quanto Potter.

Algo peculiar para alguém como ela, mesmo que fosse legal vê-la indo de um lado para o outro no castelo ou pela sala Comunal da Grifinória.

No final, acabou virando uma rotina ele simplesmente observá-la a uma distância segura e analisá-la mesmo que ele odiasse a beça ver através das pessoas. Ele gostava de analisá-las e enxergar muito além do que elas mostravam para o mundo.

E com isso, Fleamont começou a matar o seu tempo tentando desvendar o porquê a garota era daquele jeito.

Na maioria das vezes ele não encontrava uma resposta concreta para isso: Talvez Euphemia gostasse de ser sozinha e ponto final.

Vez ou outra, esse tipo de pensamento o levava a algum lugar, como por exemplo, enxergar a autodefesa por detrás dos olhares vazios e a solidão por detrás dos poucos sorrisos de Euphemia.

Afinal, os boatos viajam na velocidade da luz por Hogwarts, então quase todos sabiam como era a vida dela antes dos pais se separarem.

E Fleamont foi o único que enxergou além do que Euphemia mostrava para todo mundo. Ninguém é tão auto suficiente assim ao ponto de não precisar do amor das pessoas.