Luke tem um dom especial: ele pode manipular a eletricidade. Mas esse poder também é uma maldição, pois ele não sabe como controlá-lo e acaba causando problemas por onde passa. Ele se sente deslocado na academia para meio- sangues, onde é visto com...
Luke estava caído no chão, ofegante, com o peito subindo e descendo em desespero. Seus olhos arregalados fixavam a criatura grotesca que se erguia diante dele. O monstro era uma aberração: pele escamosa, olhos amarelos sem pupila e garras afiadas como navalhas. Ela rosnava, um som gutural que reverberava pelas árvores retorcidas.
Aiden, estava deitado a alguns metros à frente, inconsciente, com o corpo ensanguentado. A criatura o havia arremessado contra uma rocha com uma força sobrenatural.
Luke tentou se levantar, mas suas pernas tremiam. Ele não era um guerreiro, apenas um estudante universitário. Um semideus, que nem ao menos conseguia controlar seus poderes.
A criatura avançou, babando, com as garras prontas para rasgar sua carne. Mas, antes que pudessem alcançá-lo, uma névoa negra e densa começou a se formar, cobrindo o solo como um manto de escuridão. O monstro parou, desorientado, com seus olhos amarelos girando freneticamente tentando penetrar o véu sombrio.
De repente, a névoa se agitou violentamente e, em um instante, a criatura girou, com suas garras encontrando um novo alvo. Uma garota que havia se fundido com as sombras, agora estava presa em seu punho. Com força, a criatura ergueu a garota no ar, com seu pescoço preso entre os dedos escamosos.
Luke observava, horrorizado, enquanto a outra mão da criatura se fechava sobre o braço da menina. O som de ossos quebrando ecoou pela clareira, seguido pelo grito agudo de dor de Sara.
— PARE! POR FAVOR, PARE! — Luke gritou, com sua voz rasgada pela angústia.
Mas a criatura apenas soltou um grunhido de satisfação, um som que gelou o sangue do jovem. Com um movimento brusco, ela lançou a garota longe, com seu corpo desaparecendo junto com a névoa, antes de cair com um baque.
— Por quê? — sussurrou Luke, olhando para os corpos inconscientes no chão. — Por que nós?
A criatura parecia satisfeita, como se a cena a sua frente fosse um tributo à sua crueldade.
— Você vai pagar por isso, — murmurou ele, com os dentes cerrados. — Eu vou te destruir.
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