AMOR e ODIO

capítulo 38

Patrick ON

Olho para minha mulher conversando animada com alguma coisa que sua pena diz e tudo o que consigo fazer é sorrir olhado para ela. Hoje mais cedo antes de vir para cá recebi uma visita nada agradável de Beatriz, a maluca teve a cara de pau de ir não meu local de trabalho para me perguntar o que vi em Alicia e teve a ousadia de dizer que é melhor do que minha mulher, coisa que ela não seria nem se nascesse novamente.

Além disso ela me ameaçou dizendo para que eu tomasse cuidado pois minha felicidade está com os dias contados e ameaçou minha mulher e filha dizendo coisas horríveis que não sou nem sequer capaz para repetir. Por isso que assim que ela saiu do meu consultório, liguei para Alicia, afinal a maluca deixou escapar que esteve na faculdade de seu irmão e descreveu exatamente as roupas que Alicia está usando.

Sei que eu e Alicia brigamos muito, que nossa relação é de amor e ódio, mais já deixei claro que nessa história o amor sempre vencerá, por isso temo muito pela segurança da minha mulher e filha, elas são tudo para mim, já perdi minha irmã e sinceramente não aguentaria perder mais ninguém na minha vida, muito menos sendo as duas, acho que eu jamais me perdoaria se Beatriz fizesse algo contra elas, afinal foi eu quem de certa forma trouxe essa infeliz para nossas vidas.

Quando fiquei com Beatriz, deixei bem claro que seria algo apenas casual sem a menor possibilidade de se tornar algo romântico e muito menos amoroso, nosso lance era apenas foder de uma ou duas vezes a cada quinze dias e assim que começei a conversar mais seriamente com Alicia dei um basta no que tive com Beatriz, mais aparentemente a maluca surtou e armou para nos separar, depois disso fui morar fora do país e agora que tudo estava indo bem novamente ela volta para nós infernizar.

Sério o que essa garota deve ter na cabeça, pois não é possível, nunca nem namoramos e também sempre fui sincero para que ela não esperasse mais do que deveria e se iludisse mais aparentemente a peste além de ser maluca é iludida. Se arrependimento matasse eu com certeza estaria morto, pois eu nunca deveria ter ficado com Beatriz, talvez se eu não tivesse feito isso, nunca teria me separado de Alicia e quem sabe já até estaríamos casados.

Alicia: amor! - chama me tirando dos meus pensamentos

Patrick: oi minha vida - falo olhanso para ela

Alicia: está tudo bem? - pergunta me olhando preocupada

Patrick: tudo bem sim, só estava pensando em algumas coisas - falo abrindo um sorriso para ela que concorda

Alicia: vamos pra casa? - pergunta e dessa vez sou eu quem concordo

Patrick: vou pagar a conta e a gente já vai - falo beijando a testa dela

Alicia: enquanto isso eu vou no banheiro - fala já se levantando

Amélia: prima eu vou com você - fala também se levantando

Assim que as duas foram para o banheiro, eu e meu tio chamamos o garçom que veio rapidamente até gente em seguida pagamos a conta, então apenas ficamos esperando Alicia e Amélia que logo retornaram do banheiro, então caminhamos para fora do restaurante e antes de irmos até meu carro nos despedimos de Vítor e Amélia. Assim que entramos no carro começo a dirigir até nosso apartamento que fica a uns quinze minutos do restaurante e assim que já estávamos quase chegando Alicia viu uma sorveteria e me fez parar com a desculpa que queria açaí e se ela não comesse agora nossa filha nasceria com cara de açaí.

Eu como médico sei que isso é apenas um mito contado pelos mais antigos, mais como não sou nem louco de negar alguma coisa para minhas meninas e também tem o fato de que o hoje não quero brigar com Alicia, então vou tentar não discordar dela para ver se pelomenos conseguimos ficar o restante do dia sem brigar ou discutir...vai ser difícil, mais eu realmente vou tentar, afinal não faz bem para nossa filha que fiquemos brigando, então vou tentar ficar sem irritar minha mulher, só espero que ela pense da mesma forma e não me provoque muito.

Alicia: vamos logo amor - fala saindo do carro assim que paro em frente a sorveteria

Patrick: tô indo querida - falo sorrindo e negando com a cabeça

Assim que entramos na sorveteria, Alicia pega o maior copo que encontra e já começa a enche-lo de açaí e como ela é uma verdadeira formiga coloca quase todos os comprementos fazendo o pote até transbordar. Também faço um açaí para mim mais em um copo menor do que o dela, e depois de pagar nos sentamos em uma das mesas para comer, então já aproveito e conto para ela que Beatriz esteve no hospital atrás de mim, mais me arrependo assim que ela fica vermelha de raiva e começar a xingar minha ex ficante de tudo quanto é nome, para vocês terem uma ideia ela xingou garota até mesmo em outras línguas quando os palavrões brasileiros do vocabulário dela acabaram.

Minutos depois quando ela finalmente se acalmou, consegui contar para ela resumidamente o que Beatriz queria, em seguida ela me surpreende quando me diz que também teve uma discussão com a infeliz em frente a universidade e dessa vez quem ficou com raiva foi eu, pois se minha mulher passar mal ou aconteça algo com minha filha por conta daquela maluca, juro que esqueço todos os meus princípios, meus juramentos e mato ela com minhas próprias mãos, pois ela pode me ameaçar o quanto quiser, só não vou admitir até ela vá atrás da minha mulher e filha.