Tudo o que Visenya sentiu era confuso, os lábios de Aemond tomaram os seus com fome, sentiu a língua do mesmo se afundar em sua boca, ela nunca beijara ninguém antes, e tudo o que conseguia fazer era se deixar ser guiada pelo príncipe.
Ambos se afastaram quando a necessidade de ar os consumiu, as respirações estavam ofegantes, Aemond sorriu, ele olhava atordoado para Visenya, como se tivesse acabado de fazer algo indescritível.
Já Visenya estava com o semblante confuso, gostara do beijo, gostara tanto que queria que Aemond continuasse, mas uma voz em sua cabeça dizia que era errado. Ela se afastou devagar do tio.
"Visenya...", ele a chamou com o cenho franzido em confusão.
"Nós não deveríamos ter feito isso...". A garota tinha ambas as mãos no rosto.
Aemond foi até ela em passos largos, segurou suas mãos com carinho mas de um jeito que a obrigasse a olhar para ele.
"Por que Visenya? Você não parecia estar desgostando do nosso beijo." O príncipe a olhava esperando uma resposta.
Visenya segurou as mãos de Aemond e o olhou com firmeza.
"Não vou negar nada a você Aemond, sim eu gostei do beijo... mas essa não é a questão, a questão é que eu não deveria gostar de beijar pessoas que repugnam minha família."
Aemond pareceu refletir, não disse nada a Visenya somente um "hum", e lentamente se afastou da moça, olhou para o mar, parecia buscar por palavras.
"E se eu dissesse que a quero Visenya?", olhou para ela sério, seu tom de voz era voraz, ríspido, parecia não ter mais paciência para guardar seus pensamentos.
"Se eu disser que a quero desde que éramos crianças... eu não entendia na época, mas desejava todos dos dias para que nossas mães nos noivasse."
Visenya se assustou, não imagina que Aemond a via desta maneira a tanto tempo, ela sempre pensou que no futuro eles realmente poderiam se casar, mas considerou ser pensamentos de criança.
"Aemond... por mais que me diga essas coisas, não vai mudar o fato de que você só tolera a mim! Acha que eu ficaria feliz com um homem ao meu lado, que vive falando mal de minha família? Incriminando a honra de minha mãe?"
A voz de Visenya se elevou, Aemond a encarou e torceu os lábios em retorno.
"Você sempre foi a única que me entendia Visenya, a única a ser realmente minha amiga... mas eu nunca fui sua prioridade não é?".Podia sentir o ressentimento na voz de Aemond.
"E o que você queria? Que uma criança de onze anos escolhesse um amigo ao invés dos próprios irmãos?"
Aemond voltou a se aproximar de Visenya, encarou profundamente seus olhos. "Me mataria por eles Visenya?...".A mesma se assustou, que tipo de pergunta era essa?
"Se você os colocasse em risco... sim Aemond, sem pensar duas vezes."
Era nítido no olhar do príncipe que aquilo o havia ressentido, ele apenas acenou com a cabeça.
"Nós realmente não devíamos estar aqui sobrinha, devemos voltar." Sua voz saiu seca e ao mesmo tempo calma, se virou em direção a Vhagar.
"Espere!", Visenya disse por impulso, ele parou mas não se virou para ela. "Eu respondi sua pergunta... responda a minha...".
O rapaz se virou encarando Visenya e esperando que a mesma continuasse.
"Você me mataria? Por sua família?"
Aemond fechou o olho, parecia conter a respiração, ao olhar para Visenya novamente ele parecia severamente irritado.
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Feitos de Fogo e Nascidos Para Queimar
FantasyE se a dança dos dragões não tivesse acontecido? E se tudo tivesse sido diferente? É o que vamos ver nessa história em que a personagem Visenya vai ser essencial para a ascensão de Rhaenyra ao trono de ferro. Acompanhe essa versão alternativa, da gu...