Capítulo XLVI - Planos e Ambições

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A sala do conselho estava cheia, não somente o rei tomava seu assento na mesa, mas todos do conselho e também aqueles que não faziam parte dele, como os príncipes Velaryon e as gêmeas Targaryen, Aemond também estava presente, mas somente ele dentre seus irmãos, além de Rhaenyra.

Todos estavam em silêncio a espera de alguma resposta de Viserys, Visenya havia contado tudo o que aconteceu desde a senhora que se queixou do sumiço do filho, ao ocorrido aquela manhã.

Aemond se mantinha em pé ao lado dela, pois a mesma ocupava a cadeira ao lado do rei, que pertencia exclusivamente para aquele que ocupasse o cargo de lorde Mão. Mas naquele momento, ninguém, nem mesmo Otto, ousou requerir o assento.
Ele estava do outro lado, em uma cadeira extra trazida pelos empregados.

Logo todos foram acomodados em novas cadeiras, enchendo a grande mesa do conselho.

Aemond rapidamente ocupou o lugar ao lado da noiva, e ao lado dele se seguiu Rhaenyra e Daemon, e os filhos mais velhos do casal em seguida. Joffrey, Aegon e Viserys não os acompanharam desta vez.

Alicent tinha ambas as mãos nas têmporas, fechando os olhos em preocupação, Visenya não conseguia saber se era pelas crianças escravizadas, ou pelo trabalho que a coroa iria ter para resgatá-las.

"A escravidão é proibida em Westeros mesmo antes do conquistador, e não será em meu reinado que isso irá mudar." Viserys finalmente se pronunciou. "Precisamos de informações... Daem...".

Antes mesmo de terminar a frase, o irmão o interrompeu se levantando.

"Pode deixar Vossa Graça, vou extrair qualquer informação que precisarmos daqueles vermes." O príncipe rebelde disse, antes de acenar com a cabeça para Viserys, colocar mão no ombro da esposa como uma despedida e finalmente sair pelas grandes portas.

Rhaenyra parecia preocupada, ela estava com uma longa trança elaborado em seu cabelo, e um vestido vermelho de tecido leve, mas com longas mangas, cheias de bordados pretos em formato de asas de dragões. De forma agitada ela acariciava a barriga, enquanto olhava Daemon sair da sala.

"Minha neta, você disse que os três meninos foram levados para a casa certo?" Viserys questiona Visenya de forma fadigada, era nítido que o rei estava se esforçando para resolver o problema.

"Sim vovô, eu ordenei que três dos guardas os levassem para a casa, eram da patrulha da cidade."

"Certo... Otto, peça que as crianças sejam encontradas... e que sejam recompensados pelo infortúnio que vivenciaram."

"Sim Vossa Graça." O Hightower respondeu sério.

"Mas e quanto as outras Viserys? Quantas mais eles podem ter levado?". A rainha tomou a palavra, fazendo todos se voltarem para ela. "Como vamos trazê-los de volta? Mesmo que saibamos onde estão?"

"Vamos enviar um resgate...". Viserys começou a falar.

"E se ameaçarem matar as crianças caso fizermos isso?" Alicent perguntou um pouco exaltada dessa vez.

"Não vamos dar esse tempo a eles." A voz da princesa Rhaenyra se fez presente. "Dragões são a forma mais eficiente de resolver isso Vossa Graça, se enviarmos navios eles podem nos ameaçar jurando matar as crianças, e ainda teríamos que enfrentá-los em mar ou em terra... dragões fariam isso facilmente, seja queimar seus navios ou seus homens, sem ao menos lhes dar tempo de nos ameaçar."

Um silêncio se fez presente, todos observavam a herdeira do trono, que por sua vez mantinha a cabeça erguida.

Um suspiro impaciente quebrou esse silêncio, a rainha apoiou ambas as mãos na mesa antes de se voltar para Rhaenyra.

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