Capítulo XLVII - Uma Nova Guerra Dornesa

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Daemon Targaryen chegou logo depois da metade do dia na fortaleza vermelha, haviam vestígios de sangue em seu rosto, mas certamente não o dele.

Ao tentar falar com o rei, foi informado que a princesa Rhaenyra havia sido nomeada encarregada do resgate das crianças. O príncipe não questionou e seguiu rumo ao encontro de sua esposa.

Uma pequena reunião foi feita com apenas os membros do pequeno conselho, segundo as informações extraídas pelo consorte da princesa Rhaenyra, os mercenários levaram as crianças para Myr, onde eram mantidas por cerca de uma semana até que os compradores chegassem para escolher entre eles. Teriam destinos de escravos, serventes em palácios e casas de prazeres, guerreiros e ajudantes.

A princesa herdeira fechou com firmeza os punhos em cima da mesa, seus olhos estavam estreitos de raiva, ela era mãe, apenas o fato de saber que crianças estavam a mercê de tais crueldades a enfurecia.

O povo myriano estava fazendo acordo com pessoas da própria cidade de Porto Real, mais homens foram entregues pelos prisoneiros, e os mantos dourados do príncipe Daemon já haviam os localizado e os levado para as masmorras.

A herdeira do trono decidiria mais tarde se daria a algum deles a chance de tomar o manto negro da muralha ou se deveriam ser executados. Por hora o foco seria trazer as crianças de volta antes que os mercadores chegassem até elas.

Daemon concordou com o plano da filha quando a mesma explicou a ele as idéias que tiveram mais cedo. Mas se mostrou receoso quando lhe disseram que Visenya e Aemond participariam. Sim, ele concordava que Rhaenyra não deveria ir, sim, ele se preocupava em colocar Visenya em perigo, e sim, ele não queria a companhia de Aemond apenas porquê não gosta dele.

Por fim, o plano se resumiu em saírem naquela mesma noite, assim, chegariam antes do sol nascer em Myr. As crianças estavam mantidas em uma taberna de fachada, bem em frente aos portos myrianos, as informações eram de que poderiam avisá-la assim que chegassem as praias do lugar.

Daemon, Visenya e Aemond seriam aqueles que entrariam em ação, por assim dizer. Pois com os maiores dragões, seria mais fácil os intimidar. Porém, mais uma coisa foi adicionada aos planos, algo que Visenya e Daemon pensaram juntos quando Joffrey entrou na sala em que estavam perguntando."Os homens maus vão vender criancinhas?". De forma preocupada e ingênua de uma criança.

Pai e filha se olharam nesse momento, e sabiam que a idéia de ambos era a mesma. Como não haviam pensado nisso antes, se estavam vendendo  escravos, eles os comprariam.

Por motivos de que, Visenya não tinha nem um pouquinho cara de compradora de escravos, de Daemon ser reconhecido nas cidades livres, e de que Aemond era o último que restara, além do fato de que seu tio esperasse que algo acontecesse a ele durante a missão. O príncipe Aemond foi escolhido para ser o agente do plano.

Cinco navios já estavam se preparando para zarpar de Porto Real, Rhaenyra iria em um delas, junto a mão do rei,  Otto Hightower, que insistiu em ir, e lady Rhaena Targaryen, que foi ao lado da princesa para lhe dar apoio.

Os navios estavam equipados com meistres, cozinheiros, guerreiros e serviçais, todos preparados para atender a quaisquer condições que encontrarem as crianças.

Jaecerys, Lucerys e Baela, iriam com Rhaenyra, mas em seus dragões, voando junto ao ritmo dos navios e fazendo guarda.

Visenya estava se preparando junto a sua mãe, que tinha o semblante sério, vê-la assim fazia Visenya entender o porquê as pessoas a chamavam de deleite do reino, até mesmo séria e preocupada, sua mãe transmitia uma beleza invejável.

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