Prólogo

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Mão de Gancho: Vá, e viva seu sonho!
Flynn Rider: Eu irei.
(Enrolados)

10 de dezembro de 2016.


— Nossa... — disse parado em frente a estante. — Qual é o sentido deles se você não tem um favorito? 

— Eu disse que não tenho um favorito, mas sim um monte. — respondo baixando o livro e colocando o aberto em cima do peito.

Estava deitada de cabeça para baixo na cama e com as pernas para cima na parede.

— "A cicatriz não incomodara Harry nos últimos dezenove anos, tudo estava bem." — leu o trecho final do livro que está em suas mãos.

O olhei fechar o livro e guardar. Passou os dedos sobre o cabelo levando os fios para trás e se senta na beirada da cama.

— Waaaar is oveeer! — cantarolei. — Tô muito desanimada pras' férias... você vai viajar, eu vou ficar aqui nesse fim de mundo sozinha. — bufei.

— Para, você não vai ficar sozinha... — desajeitado da uma batidinhas em minhas pernas como um consolo.

— Pelo menos vou poder assistir supernatural sem interrupções. — sorri.

— Você não tá nem louca... a gente tem que ver junto décima segunda temporada inteira. Lançou anteontem o oitavo episódio, né?

— Sim... tá bom, Pedro. Eu sou tão legal que vou te esperar voltar pra assistir.

— Babaquinha! — sorri.

— Me espera tomar banho? — levantei da cama deixando o livro de lado, ele franziu a testa confuso.

— Espero... por quê? — encostou as costas na cama se esticando.

— Vou jantar na sua casa hoje. — abri o guarda roupa olhando as opções.

— Quem te convidou? – olhei para trás fingindo estar brava. Ele joga meu urso de pelúcia para cima e pega de volta.

— Ninguém. Não preciso de convite. — pego o shorts jeans e joguei na cama.

— Verdade. — responde jogando a pelúcia novamente.

— Vai sujar a Aurora que eu te bato!
Ao sair do banho penteio o cabelo após passar perfume nos pulsos. Vesti o chinelo indo para o quarto.

— Vamo' agora? — pergunto. Ele me olha assentindo e curva os lábios um pequeno sorriso.

— Mãe! Eu e o Pedro tá saindo! – gritei passando pela porta da sala. Ouvi ela concordar de longe.

— Foi sua mãe que me chamou. — comentei subindo a rua. Ele me olha piscando confuso.

— Pra ir jantar lá hoje. — respondi.
Ele sorri. — Eu sei, foi eu que pedi pra ela te chamar. — tromba seu ombro no meu brincando.

Nossos destinos foram traçados na maternidade.
(Exagerado, Cazuza)

Como tudo deve ser - Pedro OrochiOnde histórias criam vida. Descubra agora