Em um mundo assombrado por criaturas monstruosas, Jung Sun-Hee, uma garota determinada e reclusa, vê-se enclausurada em seu prédio durante a propagação de uma nova doença, - uma maldição, como ela gosta de chamar - que assola todos ao seu redor. Qua...
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KIM SEOK HYUN FOI COLOCADO junto com os dois na sala isolada. O homem estava estendido no sofá, ainda inconsciente, os algodões tingidos de vermelho tapavam suas narinas. Suas roupas agora manchadas de sangue, testemunhas silenciosas de sua hemorragia recente.
De repente, um estremecer tomou conta do homem, que se ergueu abruptamente, confuso e atordoado.
— O que? — murmurou, tentando entender a situação.
— Você sangrou e desmaiou, — esclareceu Hyun Soo, com um tom impassível. — eu acho que é bem óbvio.
— Bem-vindo ao time, senhor Kim — ironizou Sun Hee, esboçando um sorriso sarcástico.
— Não pode ser, — ele murmurou, tirando os algodões com gestos agitados. — por que agora?
Em meio à confusão, ele se aproximou dos dois, com um misto de desespero e ansiedade evidentes.
— Então, vocês estavam se controlando, como fazem isso? — perguntou, quase implorando por uma resposta.
— Seu descarado — retrucou Hyun Soo, tentando controlar a irritação.
— Eu tenho que viver. Eu quero viver — ele quase suplicou.
— Se controla — foi a vez de Sun Hee falar.
— O que? — indagou o homem, confuso.
— Não temos mais nada para dizer a você — respondeu a jovem.
Depois de se alimentarem da comida trazida por An Seon yeong, a esposa de Seok Hyun, Sun Hee e Hyun Soo deitaram-se para dormir.
***
O despertar de Sun Hee veio acompanhado por uma sensação de descanso, apesar do sono fragmentado. Seus olhos, ainda sonolentos, percorreram a sala em busca de Hyun Soo. O garoto estava adormecido, mas outro alguém capturou a atenção de Sun Hee: um homem desconhecido, agachado, observava Hyun Soo com uma proximidade desconcertante. O estranho tinha um de seus olhos fechados por conta do inchaço; seu rosto estava coberto por sangue seco e machucados que com certeza deixariam cicatrizes.
— Qual é o seu problema? — inquiriu Sun Hee, sua voz cortante, suficiente para despertar Hyun Soo, assustando o rapaz que se sentou rapidamente.
— Muito bom dia — cumprimentou o desconhecido, alternando olhares entre os dois. — devem estar com fome — ele ofereceu algo para Hyun Soo.
— Eu estou bem — recusou Hyun Soo.
— O que? Um monstro não pode comer? — questionou ele. — mas você dormiu bem. Já você... — o estranho voltou-se para Sun Hee.
— Também estava me observando? Seu esquisito — repreendeu Sun Hee.
— Me digam como é. Vocês se sentem fortes, não é? Como eu faço para ficar assim? — ele perguntou com um sorriso disfarçado. — eu consigo fazer bem. O que eu devo fazer?
