2.7 - Reencontro

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UM ANO JÁ HAVIA FLUÍDO, como água entre os dedos,
moldando a transição da menina, que já havia passado da infância para a adolescência. Desde a chegada de Yi Kyoung, o peso no ambiente se intensificara, tornando tudo mais tenso.

Dessa vez, a cena era angustiante. Yi Kyoung, com a mão sobre o olho, tentava conter o sangue que escorria, fruto de um golpe desferido por sua própria filha, depois de tê-la maltratado e feito um corte em seu braço.

— Por que você fez isso?! — Hyun Soo questionou, tanto ele quanto Sun Hee, chocados com o que presenciaram.

— Eu sou a mãe dela, — respondeu Yi Kyoung, a voz embargada. — não importa o quanto ela cresça ou o que se torne, tenho que reconhecer minha filha, eu nunca vou perder ela.

Sun Hee testemunhou a ferida da menina curar-se rapidamente, deixando uma cicatriz profunda em sua pele.

— E você acha que essa é a melhor maneira de lidar com isso?— expressou Sun Hee com seriedade, enquanto a mulher ainda pressionava o olho. Sua expressão então suavizou. — venha, eu cuido disso.

Com o que tinha à disposição, Sun Hee tratou do ferimento de Yi Kyoung, cobrindo seu olho com um curativo logo depois.

— Sua intenção é realmente protegê-la do mundo ou proteger o mundo dela? — questionou Sun Hee, afastando-se com a bandeja de curativos, deixando Yi Kyoung reflexiva.

O relacionamento entre mãe e filha era marcado por uma tensão constante. Yi Kyoung começou a cobrir as mãos da filha com luvas, mantendo-as constantemente escondidas, proibindo-a de usar suas habilidades para transformar as pessoas. O distanciamento crescente entre elas era preocupante para Hyun Soo e Sun Hee, que nada se agradavam com a maneira áspera com que a relação acontecia. Compreendiam que Yi Kyoung agia assim por medo, mas esperavam que, com o tempo, a situação se resolvesse.

No entanto, eles estavam enganados. A menina parecia se afastar ainda mais, desiludida com qualquer sinal de humanidade nos outros. Como se não confiasse em mais nada e nem ninguém além dos seres de sua própria espécie.

***

Enquanto vagava pelas ruas obscurecidas pelo caos, Lee Eun Yoo avistou uma abertura sinistra no chão destroçado, de onde ecoavam ruídos de uma possível criatura monstruosa. Erguendo uma barra para se defender, ela se aproximou cautelosamente da beirada, preparada para enfrentar qualquer ameaça que surgisse.

Foi então que uma voz rompeu o silêncio, ecoando na escuridão como um sussurro inesperado.

— Ele não vai te atacar — disse a Seo mais nova, com convicção.

Surpreendida, Eun Yoo girou rapidamente, deparando-se com a mesma criança que havia visto sendo arrastada por Yi Kyoung.

— Estou procurando a Yi Kyoung, — revelou Eun Yoo.— você sabe onde ela está, não é? Preciso ver ela.

Maldição e Monstros // Sweet Home Onde histórias criam vida. Descubra agora