2.1 - Perseguição

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OS CORPOS EXAUSTOS E ENSANGUENTADOS de Sun Hee e Hyun Soo jaziam em um estado inconsciente no interior de um veículo reforçado, balançando suavemente ao ritmo da estrada. Uma perseguição impiedosa pairava sobre o veículo, a presença dos militares continuava constante, no encalço deles.

— Se entregue e garantiremos sua segurança — anunciou uma voz militar pelo rádio do carro.

— Quem é que vai garantir a segurança de quem, é brincadeira dizerem isso — zombou Ui Myeong através do Walk talk, seu riso ecoando entre as frequências.

— Quem é você? O que você quer? — indagou o homem pelo rádio, sua voz tensa de autoridade.

— Eu não sou ninguém. E eu não quero nada — respondeu Ui Myeong, com a serenidade que sempre exibia.

— É claro que você tem algum objetivo, seu desgraçado! — esbravejou o militar.

— Eu quero dar a eles uma chance — admitiu Ui Myeong, desligando o rádio sem mais explicações.

— Cha Hyun Soo, Jung Sun Hee — a voz familiar ecoou em seus ouvidos. O par despertou num instante, erguendo os olhos para encontrar a fonte sonora. — quanto tempo.

A visão que se depararam os petrificou. No espelho retrovisor, Sun Hee encarou a figura que a fitava, um sorriso de malícia se desenhando no rosto dele. Ela reconheceria aquele olhar de longe. Era Ui Myeong, mas agora, ele habitava o corpo de Sang Wook, o usando como uma casca. O rosto outrora marcado por queimaduras agora exibia uma pele lisa e sem cicatrizes.

— Jung Ui Myeong — identificou Cha Hyun Soo.

— Reconheceram de primeira? Assim não tem graça — retrucou Ui Myeong, uma expressão de desinteresse adornando seu rosto.

Hyun Soo agiu instintivamente, lançando-se na direção do volante. Com um movimento brusco, girou-o para o lado, fazendo o carro colidir com os veículos que cruzavam o caminho.

Simultaneamente, Jung Sun Hee abandonou seu assento, seu rosto contorcido pela fúria, agarrando o pescoço de Ui Myeong com determinação.

— Me diz por quê você matou os meus amigos?! — ela exigiu, enquanto os outros dois brigavam pelo volante.

Com uma força sobre-humana, Ui Myeong desferiu um golpe poderoso com seu cotovelo, arremessando Hyun Soo para o lado, fazendo-o colidir com a porta do carro. Em um movimento ágil, ele alcançou os cabelos de Sun Hee, puxando-os com brutalidade e lançando-a de volta para a parte traseira do veículo, como se ela fosse apenas um objeto descartável.

— Foi por sua causa. Até nutri simpatia por você no começo, mas logo percebi que você era apenas uma garotinha assustada, incapaz de valorizar o dom que lhe foi dado — respondeu Ui Myeong com um tom cortante.

Hyun Soo se ergueu ainda mais furioso e desencadeou uma série de socos em direção ao rosto de Ui Myeong.

— Morre! Morre! — gritava Hyun Soo, alternando seus socos entre o rosto e o peito do homem.

Ui Myeong revidou empurrando-o contra o painel do carro, o imobilizando e pressionando seu pé contra ele. Aproveitando o breve momento livre, Ui Myeong endireitou o seu nariz, quebrado pelo punho de Hyun Soo.

— Vocês continuam vivos, não continuam? — provocou Ui Myeong, exigindo um agradecimento. — É graças a mim. Vocês deveriam me agradecer. Tão mal educados.

Entretanto, Sun Hee já se erguia de novo. A garota entrelaçou os dedos nos cabelos de Ui Myeong com ferocidade, apertando-os com força e batendo sua cabeça repetidamente no vidro reforçado da janela, fazendo sangue escorrer e quebrando o vidro.

Sang Wook continuava com o pé contra o pescoço de Hyun Soo, dificultando cada vez mais seu fôlego. Em um movimento ágil, Ui Myeong usou a mão para agarrar o pescoço de Sun Hee e a comprimir contra o teto do carro com a sua força descomunal. Enquanto isso, Hyun Soo lutava para alcançar o volante mais uma vez, fazendo o carro se mover em zigue-zague, enquanto mísseis eram lançados pelos militares em direção a eles.

Com um movimento brusco, Ui Myeong jogou Sun Hee novamente pelo interior do veículo, recuperando o domínio do volante disputado com Hyun Soo. Os efeitos dessa batalha pelo controle eram catastróficos, o carro colidindo com a estrutura da ponte, atingindo outros veículos no caminho, criando um cenário caótico. Sun Hee era arremessada de um lado para o outro pelo piso do carro, incapaz de se firmar.

Hyun Soo, exausto da disputa pelo controle do veículo, voltou a desferir golpes contra Ui Myeong, mas este o agarrou pelos cabelos, golpeando sua cabeça repetidamente contra o volante. Cada impacto atordoava Hyun Soo, resultando em um fluxo constante de sangue que escorria pelo seu rosto. Desafiando a tormenta de golpes, Hyun Soo começou a resistir e, com sua força sobrenatural, arrancou o volante de uma só vez, tentando atacar Ui Myeong com ele. Contudo, Ui Myeong desviou e, em um instante metamórfico, transformou seu braço, arremessando Hyun Soo para o fundo do carro, lançando-o sobre Sun Hee e arrancando a porta do veículo no processo. Utilizando um de seus tentáculos, Ui Myeong assumiu o controle do carro.

Sun Hee, repleta de fúria, levantou-se com determinação e avançou novamente em direção ao seu alvo, rosnando com ódio enquanto se preparava para mais uma investida. No entanto, no instante em que seus punhos começaram a golpear o rosto de Ui Myeong, este revidou, atingindo-a com seu espinho afiado e forçando-a contra o teto do veículo mais uma vez.

— Não se segurem, coloquem para fora. Mas não esqueçam, vocês não podem me matar — proferiu Ui Myeong, sua voz ecoando com um tom desafiador.

Percebendo que os esforços para neutralizar o alvo eram ineficazes, os militares decidiram lançar um míssil no meio da ponte, onde o veículo se aproximava rapidamente. A estrutura da ponte cedeu, desfacelando-se em destroços, mas Ui Myeong não hesitou em acelerar o carro, guiando-o habilmente através dos escombros e da névoa de poeira resultante, sem encontrar dificuldades em seu caminho.

Os militares persistiram, desferindo ataques à estrutura já abalada da ponte na tentativa desesperada de deter o veículo. No entanto, logo se viram obrigados a abandonar a perseguição ao perder de vista o automóvel entre os destroços e a confusão, sendo forçados a desistir de sua busca.

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