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ALICIE POV:

A escuridão envolvia cada canto do galpão, mas eu sentia o peso da liberdade na ponta dos meus dedos. As torturas deixaram marcas profundas, mas a chama da determinação queimava mais forte. Enquanto a demora de Bill se estendia, a necessidade de escapar tornava-se imperativa.

Quando o capanga trouxe minha comida, vi uma oportunidade. A fome misturava-se à raiva, e a decisão de agir sozinha tomou conta de mim. O golpe rápido o derrubou, e o desmaio silenciou o galpão. Amarrei-o à cadeira, tomando posse de sua pistola como símbolo da minha revolta.

Caminhando nas sombras, a adrenalina pulsava em sincronia com a dor em cada passo. O exterior do galpão era meu destino, e Lodge, meu alvo. A noite era cúmplice da minha fuga, mas o desafio de enfrentar Lodge sozinha pairava sobre mim.

A pistola era minha aliada solitária enquanto avançava na escuridão. Cada respiração ecoava a urgência de encerrar meu cativeiro. Enfrentar Lodge era uma aposta arriscada, mas a sede de justiça eclipsava o medo.

A noite tornava-se testemunha silenciosa da minha busca por liberdade. Cada passo era um passo em direção à esperança, à confrontação inevitável com o homem que havia me mantido prisioneira. A pistola na mão, minha aliada na busca pela redenção, sinalizava o início da minha jornada noturna rumo à liberdade.

[...]

Entre cada disparo e golpe, minha voz ecoava pelos corredores, uma mistura de deboche e triunfo.

— Lodge, sua gangue está desmoronando mais rápido do que suas mentiras! — Gritei, minha voz carregada de desafio.

Cada capanga derrotado era uma resposta aos anos de opressão que suportei. O sangue nos meus braços, o ferimento na perna pulsante, eram testemunhas da minha resistência.

— Parece que sua segurança não é tão impenetrável quanto você pensava, não é mesmo? — debochei, enquanto desviava de outro ataque.

A dor só alimentava minha determinação, e cada palavra de deboche era uma afirmação da minha vitória iminente. Lodge, observando sua gangue e tudo o que ele construiu se desfazer, estava cada vez mais cercado pela minha revolta.

— Você achou que poderia me manter presa para sempre, Lodge? Parece que você subestimou a força de quem você tentou quebrar. — sorri, sentindo a doce satisfação da vingança.

A casa, agora mergulhada no caos que instiguei, ecoava com as palavras que marcavam não apenas minha resistência física, mas também a resiliência da minha determinação em vencer. O deboche, entrelaçado com o som dos tiros e a dança da luta, era a trilha sonora da derrota iminente de Lodge.

A medida que eu avançava pelos corredores, o caos à minha volta era uma sinfonia de revolta. Os capangas de Lodge caíam um a um, o sangue escorrendo pelos cantos, marcando meu corpo e meu caminho de vingança. Cada ferida era um tributo à resistência que fluiu através de mim.

— Seu reinado de terror chegou ao fim, Lodge! — gritei, enfrentando os capangas restantes.

Os olhos de Lodge mostravam desespero enquanto observava sua força-tarefa se desintegrar diante dele. Ele tentou fugir, mas eu não permiti. Em um confronto tenso, desferi um golpe que o fez cambalear.

— Você achou que poderia escapar? Não tão rápido, Lodge. — minha voz era uma melodia áspera de triunfo.

Lodge, agora acuado, tentava argumentar, mas suas palavras ecoavam vazias na sala imersa no caos que instigara.

— Você acha que pode vencer? Eu ainda tenho poder! — gritou Lodge.

— Poder? Sua gangue acabou. Você é só mais um homem, Lodge, e eu não tenho medo de homens como você. — respondi, cada palavra carregada de desafio.

Ele tentou mais uma vez escapar, mas minha determinação superou sua tentativa desesperada. Com um golpe certeiro, Lodge caiu, e eu o encarei com um olhar triunfante.

— Te peguei. — sussurrei, meu tom de deboche era a última coisa que Lodge ouviria antes de ser envolvido pela escuridão do desmaio.

[...]

Na sala agora silenciosa, Lodge estava amarrado à cadeira, impotente diante de mim. O whisky na mão, um símbolo de seu poder outrora incontestável, agora estava sob meu controle. Cada gole que eu tomava era uma revanche, uma doce vingança pelos que ele ferira.

— Você achou que nunca iria pagar por tudo o que fez, não é mesmo, Lodge? — debochei, sentindo o amargor do álcool.

A sala, uma testemunha silenciosa do seu reinado tirânico, estava prestes a ser o palco da sua punição. Cada gota de whisky era um lembrete de cada lágrima derramada por aqueles que ele machucou.

— Você arruinou vidas, Lodge. Agora, é hora de encarar as consequências. — declarei, enchendo novamente o copo.

A tortura começou. Cada palavra afiada era um golpe, uma punição pelo sofrimento que ele infligira a Bill, Daniela e Lexi. Suas súplicas por perdão ecoavam pelas paredes, mas eu não estava disposta a ceder.

Cada soco desferido era uma liberação da raiva acumulada, e a dor latejante nas minhas mãos era um preço pequeno a pagar pela justiça que buscava. Lodge, preso e impotente, agora enfrentava a fúria que ele próprio semeou.

— Isso é por ter machucado a Daniela! — gritei, cada soco impulsionado por uma mistura de vingança e proteção.

Cada impacto ecoava na sala, marcando meu próprio ato de redenção. O sangue escorrendo das minhas mãos misturava-se com a dor que Lodge agora conhecia.

— E isso é por ter feito mal à Lexi! — continuei, a intensidade dos golpes não diminuía.

A sala estava impregnada de uma tensão dolorosa, um eco de justiça sendo servida. Cada soco era um lembrete de todas as vidas que ele destruiu.

— E, finalmente, isso é por ter machucado o Bill! — declarei, o último soco era o culminar de todas as suas transgressões.

A sala tornou-se uma arena de justiça, onde eu fazia Lodge encarar as consequências dos seus atos. Cada lágrima que ele derramava era um tributo ao seu próprio karma.

— Você é só mais um homem fraco sem poder, Lodge. — debochei, forçando-o a encarar a verdade.

A tortura continuou, uma dança cruel entre o passado e o presente, entre a dor que ele causou e a justiça que agora o consumia. A sala, antes seu santuário, tornou-se seu cárcere, e eu, o carrasco de uma justiça tão esperada.

Dirigi-me ao galpão, a última etapa do meu ato de justiça. Encontrei a gasolina e comecei a despejá-la meticulosamente, como se cada gota purificasse o ambiente da maldade que ali se instaurara. Os vapores da gasolina impregnavam o ar, a tensão crescia a cada passo

— Este é o seu julgamento, Lodge. — declarei, as palavras cortantes ecoando na penumbra enquanto a gasolina formava um caminho pela casa.

A sala, palco de crueldades inimagináveis, seria a última a arder. Lodge, ainda grogue, tentou articular palavras, mas seus apelos de misericórdia caíam em ouvidos surdos.

— Você semeou dor e colherá o que plantou. — continuei, cada frase ressoando como um veredicto inexorável.

O caminho de gasolina estava traçado, uma serpente ardente prestes a consumir o passado sombrio. Encarei Lodge, aprisionado e indefeso, antes de despejar o líquido na sala, como um cerimonial final.

— E isso, é pela minha mãe e Jellybean. — proclamei, o último vestígio de gasolina formando uma poça aos meus pés.

Deixei a casa enquanto os gritos desesperados de Lodge ecoavam pelo ar noturno. Acendi o fósforo, lançando-o sobre o caminho de gasolina. A chama crepitou, dançando e crescendo como um espectro libertador.

— Queime no inferno, Lodge. — sussurrei, a luz do fogo refletindo em meus olhos determinados. O espetáculo do fogo consumindo o passado sombrio era uma promessa cumprida, uma justiça feita.

CONTINUA

aiii que delícia o verão, a gente mostra o ombrin, a gente brinca no chão 😝

até o próximo cap, não sejam leitoras fantasmas 💕

Before The Truth || Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora