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AUTORA POV:

A ambulância deslizava pela estrada molhada, levando Alicie para longe da cena dolorosa. Tom, com empatia, colocou seu moletom nos ombros trêmulos de Alicie, mas nenhum calor parecia suficiente para acalmar a tempestade dentro dela. Seu olhar permanecia vago, perdido em algum lugar entre a chuva incessante e as lembranças devastadoras.

Sweet Pea, ainda imerso na tristeza, permanecia no local onde encontraram Foca. Algumas lágrimas escapavam de seus olhos, marcando a dor que a morte de seu amigo trouxe. Alicie estava absorta em seu próprio silêncio, enquanto a ambulância avançava pela noite.

Fp, com respeito, carregava o corpo de Foca em seus braços fortes, seguindo em direção ao bar dos Serpentes. A comunidade Serpente, tocada pela tragédia, começava a processar o impacto da perda. A noite caía como um véu sombrio sobre todos, e a chuva persistia, como se o próprio céu compartilhasse do luto que pairava naquelas horas sombrias.

O silêncio na ambulância era quase tangível, cada gota de chuva ecoando a dor que envolvia Alicie. O trajeto parecia uma eternidade, uma jornada de luto e reflexão. O que aguardava no horizonte permanecia incerto, mas a dor compartilhada os unia, deixando um rastro de tristeza que seria difícil de apagar.

[...]

No hospital, Alicie lidava com os ferimentos físicos enquanto a tempestade emocional continuava a rugir dentro dela. Os médicos e enfermeiros, com profissionalismo, cuidavam de suas feridas, mas as cicatrizes emocionais eram mais difíceis de curar.

Após uma noite agitada, Alicie decidiu enfrentar outra questão dolorosa: a conversa com a mãe de Foca. Segurando o celular com a mão ainda trêmula, ela discou o número de Sra. Fogarty.

LIGAÇÃO ON

— Boa noite, senhorita Forgaty, é a Alicie.

disse ela, sua voz carregada de emoção contida.

— Será que a senhora poderia passar no bar hoje às 10:00 horas? Precisamos conversar.

— Claro! — Disse mãe de Foca.

LIGAÇÃO OFF

Alicie sabia que aquela conversa seria difícil, uma troca de dores compartilhadas e lutos entrelaçados. O bar, habitualmente um local de encontros alegres, agora seria palco de uma reunião impregnada de tristeza e solidariedade diante da perda de Foca.

O tempo se arrastava dolorosamente enquanto Alicie esperava a chegada da mãe de Foca no bar. A ferida da perda ainda fresca e, mesmo que fisicamente se recuperasse, a dor emocional continuava a se manifestar.

Às 10:00 horas, a porta do bar rangeu, revelando a presença de Sra. Fogarty. O olhar entre elas carregava a carga compartilhada de tristeza, e Alicie respirou fundo antes de começar a conversa difícil.

— Sente-se, por favor.

convidou Alicie, gestando em direção a uma das mesas. Ambas se acomodaram, olhando para o vazio com pesar.

— Eu não sei por onde começar.

Admitiu Alicie, seus olhos desviando-se para o copo vazio na mesa.

A notícia da morte de Foca atingiu Sra. Forgaty como uma flecha, e suas palavras ecoaram com incredulidade e desespero.

— Espera, o que? Meu filho está morto?! — ela exclamou, sua voz tremendo. — Por favor, Alicie, me diz que é brincadeira.

Alicie não conseguia suportar a dor que a invadia. Seus olhos se encheram de lágrimas, e ela não respondeu, pois as palavras pareciam presas em sua garganta.

Before The Truth || Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora