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JUGHEAD POV:

Já havia se passado um mês desde que Alicie e eu nos tornamos rei e rainha serpentes. Treinamos Lexi para ser uma serpente; ela era habilidosa na luta e com armas.

Após os acontecimentos, Daniela desenvolveu alguns traumas; ela não tolera toque físico, teme que a pessoa irá machucá-la ao levantar a mão. Ela e Sweet Pea se aproximaram, estão em um relacionamento, e Sweet Pea a está ajudando com esses traumas.

Tanto Lexi quanto Daniela ficaram com muitas marcas e cicatrizes no corpo, e sei que a dor e o sofrimento delas nunca desaparecerão.

- Então, está pronto para essa nova fase na vida? - Alicie perguntou enquanto eu arrumava minhas coisas para começar a faculdade.

Sim, decidi ingressar na faculdade, mas também escolhi isso para ficar de olho nas meninas, já que Hiram está por aí. Claro que não vou sozinho; estou levando Sweet Pea, Foca, Toni e mais alguns serpentes.

- Só aceitei fazer isso para ficar de olho em você, dona Alicie. - Falei, jogando uma blusa em seu rosto.

- Daniela não trocou uma palavra comigo depois do que aconteceu. - Ela disse, sua expressão mudou para tristeza.

- Ela precisa de mais tempo, Alicie. Ela sofreu muito, e você sabe que essa dor nunca passará. - Falei olhando para ela. - Dê mais um tempo para ela, ok?. - Perguntei, e ela assentiu com a cabeça.

Caminhei até ela e a puxei para um abraço; ela retribuiu com um abraço ainda mais forte.

- Eu te amo, Jughead. - Ela disse.

- Eu te amo, pirralha. - Respondi, e ela me deu um tapa na cabeça, e nós dois rimos.

Nos separamos do abraço e terminamos de arrumar minha mala. Descemos até a sala, e nosso velho estava sentado em sua poltrona assistindo ao jornal.

Depois que Alicie e eu nos tornamos líderes, começamos a ter muito trabalho, mas o senhor Jones sempre esteve lá para nos ajudar.

- Estamos prontos, pai. Pode nos levar lá? - Alicie perguntou, dando um beijo no rosto de nosso pai.

- Claro, vou só colocar o sapato. - Ele respondeu, levantando-se e caminhando para cima das escadas.

- Já vou logo avisando, metade da faculdade não gosta dos serpentes, então, por favor, não arrume briga. - Alicie falou, cruzando os braços.

- Não prometo nada, irmãzinha. - Falei, encostando o dedo em seu nariz. Ela bufou, revirando os olhos.

- Vamos, crianças, estou pronto. - Meu pai falou, descendo as escadas e pegando minha mala.

Nós dois assentimos com a cabeça e caminhamos até a porta, saindo para fora e indo até o carro. Abri o porta-malas, Alicie foi na frente, e eu fui atrás. Meu pai entrou no carro, colocou a chave na ignição e deu a partida.

Meu pai se aposentou dos serpentes, conseguiu um emprego no Pop's. Ele disse que não queria ficar parado e precisava de um emprego para pagar as contas.

Nós apoiamos a decisão dele. Alicie ligou o som do carro, estava tocando "One Time" do Justin Bieber. Ela e meu pai adoravam essa música; eu não curtia muito, mas de tanto eles escutarem, decorei a música toda.

Ela começou a cantar, fingindo que estava com um microfone na mão. Ela colocou a mão na frente da boca do nosso pai, e ele começou a cantar. Ela me olhou com um sorriso no rosto, e eu entendi o que ela queria. Ela colocou a mão perto da minha boca, e eu comecei a cantar.

Fazer aquilo trazia uma vibração tão boa; eu me sentia leve fazendo isso com eles. Não queria que aquele momento acabasse nunca; queria que durasse para sempre. Já tivemos momentos juntos que jamais vou esquecer, mas momentos assim são únicos.

Before The Truth || Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora