Before The Truth || Tom Kaulitz

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TOM POV:

O ambiente no bar dos Serpentes era carregado de tensão, como uma tempestade iminente. Enquanto Fp liderava as estratégias com a seriedade de um general, eu me encontrava envolto em pensamentos tumultuados.

Alicie permanecia próxima a mim, mas a distância emocional entre nós parecia intransponível. Tínhamos muito a esclarecer, e a batalha iminente apenas adiava a resolução dessas questões.

Enquanto observava a dinâmica ao meu redor, meus pensamentos eram interrompidos pelo chamado de Fp. Era hora de colocar o plano em ação, e eu me preparava para enfrentar as consequências de minhas ações passadas.

A noite se desenrolava com uma coreografia de estratégias e movimentos calculados. Fp, com sua experiência, delineava as jogadas, e os Serpentes respondiam com uma determinação palpável. No entanto, meu foco estava dividido entre o confronto iminente e a necessidade urgente de resolver as questões pendentes com Alicie.

Conforme a operação se desdobrava, encontrei um breve momento de pausa. Meus olhos buscaram Alicie, e, mesmo envolvido pela intensidade da situação, não pude ignorar a expressão determinada em seu rosto. Era como se ela carregasse não apenas a carga da batalha contra Lodge, mas também a complexidade de nossas relações entrelaçadas.

Decidi abordar a conversa pendente. Aproximei-me de Alicie, consciente das cicatrizes emocionais que se acumulavam entre nós.

— Alicie, precisamos conversar. Não podemos deixar as coisas assim. — Busquei seus olhos, procurando uma conexão que transcendesse as circunstâncias tumultuadas.

Ela assentiu, indicando que entendia a necessidade dessa conversa adiada. Mas, antes que pudéssemos explorar as camadas de emoções contidas, fomos novamente convocados para as próximas etapas da estratégia. A batalha estava prestes a se intensificar, e o desfecho permanecia incerto.

[...]

O eco das motos ressoava no silêncio da noite enquanto nos dirigíamos para o confronto. Em meio à escuridão, as luzes dos faróis cortavam o caminho, criando um cenário sombrio que refletia a tensão que pairava no ar.

Alicie e eu compartilhamos breves olhares, cada troca de olhar trazendo à tona lembranças e perguntas não respondidas. Mas a urgência da situação suprimia a necessidade de explorar nossos sentimentos ali, naquele momento.

Ao chegarmos ao local, a atmosfera era elétrica. Fp liderava a estratégia com maestria, distribuindo ordens enquanto os Serpentes se moviam com agilidade, prontos para confrontar os capangas restantes.

Alicie mergulhou na batalha com uma intensidade que só ela possuía. Seu desejo de justiça e vingança pulsava em cada movimento. Eu, por outro lado, enfrentava meus próprios demônios enquanto me envolvia no conflito.

Confrontamos capangas, trocamos tiros, e cada explosão ressoava como um eco de nossa determinação coletiva. Os adversários, encurralados, lutavam para manter o controle, mas a balança começava a pender em nosso favor.

Em um momento de relativa calma, enquanto o último capanga tentava resistir, voltei a abordar a conversa com Alicie.

— Alicie, precisamos resolver o que está entre nós. Essa batalha pode acabar a qualquer momento, e não podemos adiar isso indefinidamente.

Ela assentiu, compreendendo a gravidade do momento. Antes que pudéssemos explorar mais profundamente, a batalha foi reacendida, e mergulhamos novamente na ação frenética.

Enquanto as cenas se desdobravam diante de nós, eu me perguntava se, ao final desta noite, encontraríamos não apenas a vitória contra os capangas, mas também uma chance de reconstruir o que havia sido perdido entre nós. O destino estava nas mãos dos Serpentes, e nossas escolhas moldariam o amanhã.