Before The Truth || Tom Kaulitz

009

Terça-feira 18 de setembro de 2009
12:00 PM

Alice pov.

Eu estava prestando atenção na aula, mas não conseguia tirar o Lodge da minha cabeça. Estava muito quieto; nada acontecia na cidade.

Confesso que estava com medo do que poderia acontecer. Eu havia dito que não iria entrar para os Serpentes, mas com tudo isso que está acontecendo, é o melhor a se fazer. Vou conversar com o senhor Jones sobre isso.

A aula ainda estava rolando quando o Foca e mais dois Serpentes apareceram na porta da sala. Eles tinham uma expressão de preocupação e estavam ofegantes.

— Alice, você precisa vir agora. Chame os outros . — Ele falou com dificuldade, já que estava com falta de ar.

— O que aconteceu, Foca? Cadê a Daniela? — Perguntei, levantando-me, enquanto todos olhavam sem entender o que estava acontecendo.

— Levaram ela, e o Sweet Pea está todo machucado — Ele falou, e eu não pensei duas vezes.

Peguei meu celular e liguei para os meninos, pedindo para eles me encontrarem no bar dos Serpentes.

Chegando no bar, os meninos colocaram o Sweet Pea no sofá, enquanto eu pegava a caixinha de primeiros socorros. Ele estava muito machucado. Eu limpei todos os machucados dele e fiz um curativo no corte em sua testa e queixo.

Pude ver os meninos entrando no bar. Todos olhavam sem entender, e meu pai descia as escadas com o Jughead vindo em nossa direção.

— Mas o que aconteceu? — Meu pai perguntou, olhando para mim e para o Sweet Pea.

— Estávamos no campo olhando a Daniela. Ela estava correndo, mas a gente viu uma movimentação estranha na escola, e fomos lá para ver — Foca explicava. — E aí deixamos o Sweet Pea olhando a garota. Ela entrou no vestiário, e um cara agarrou o Sweet Pea por trás, e outros dois estavam batendo nele.

— Sweet Pea, você conseguiu ver quem era? — Meu pai perguntou, olhando para ele.

— E-era os Canibais. Eles falaram que o Lodge vai fazer cada um pagar pela morte da Penny — Ele falou com dificuldade, enquanto gemia de dor.

— Serpentes, precisamos descobrir onde eles estão e quantos são — Meu pai falou, e todos os Serpentes pegaram suas armas e saíram do bar, ficando só eu, Jughead, Tom, Bill, Gustav, Georg, Foca, meu pai e Sweet Pea.

— Eu espero que esteja tudo bem. Se acontecer alguma coisa com ela, não vou conseguir me perdoar — Eu falei, com lágrimas nos olhos, e Tom me abraçou.

Meu pai ligou para as gangues rivais que ele tinha amizade, e três gangues toparam ajudar a gente: a gangue dos Yakuza, os Lobos e a gangue da Horda do Inferno. Essas três gangues eram muito perigosas, mas claro que os Serpentes estavam no topo.

Eu e Tom estávamos no bar, enquanto os outros procuravam algumas pistas dos Canibais. Eu precisava ficar de olho no Sweet Pea, caso ele tivesse febre por causa dos ferimentos. Ele dormia no sofá, e eu estava preparando uma bebida para mim. Tom sentou na cadeira em minha frente, e apoiou o braço encima da bancada, ficando me olhando.

— Vai querer o que, senhor? — Falei, olhando para ele, dando um sorriso.

— Um whisky, por favor, senhorita — Ele falou, retribuindo o sorriso.

Eu coloquei o copo na frente dele e enchi com o whisky, colocando umas pedras de gelo. Ele me olhou e deu um gole, fazendo uma careta engraçada. Eu dei risada e virei minha bebida de uma vez. Ele me olhou incrédulo.

— Alicie, por que você matou a Penny? — Ele me perguntou, e eu olhei para ele.

— O Foca não contou para vocês? — Eu perguntei, enquanto lavava os copos.

— Falou, mas eu estava prestando atenção em você, e não entendi o que ele falou — Ele respondeu, e eu respirei fundo, olhando para ele.

— A Penny matou minha mãe e minha irmã mais nova no dia do aniversário do meu pai — Eu falava, e Tom mudou a expressão de sério para triste. — Estávamos aqui no bar porque viemos pegar nossas jaquetas, e eu e Jughead viemos fazer nossa tatuagem. Ouvimos barulhos de tiro e saímos para fora, e lá estavam os Canibais trocando tiros com os Serpentes.

— E quando eu tentei puxar minha arma, eu senti alguém batendo na minha cabeça, e eu desmaiei — Falei, e meus olhos lacrimejaram. — Eu acordei amarrada com o Jughead, e vi meus pais de joelhos, e a Jellybean estava ajoelhada do lado da minha mãe, e lá estava a Penny andando de um lado para o outro.

— O tempo todo eu pedia para Jellybean olhar para mim, e que iria ficar tudo bem - Eu falei, e as lágrimas caiam. — Eu falei para Penny que ia matá-la, e ela falou que eu precisava sair viva para poder fazer isso. Ela andou até meu pai e rasgou a camisa dele, e começou a torturar ele na nossa frente. Minha mãe gritava pedindo para ela parar.

Eu falei, olhando para Tom e secando as lágrimas.

— Os outros Serpentes chegaram, e começou a troca de tiros de novo. O Jughead conseguiu cortar as cordas, e eu corri para soltar minha e a Jellybean. Minha mãe correu para ajudar meu pai, e a Penny atirou nela, e ela caiu morta no chão. Eu tampei os olhos da Jellybean, e ela me chamou. Quando eu olhei para ela, eu vi o sangue. Um dos tiros acertou o estômago dela

Eu falei e não pude conter o choro.

— E-eu não sabia o que fazer. Eu pressionei o ferimento, mas ela, ela não resistiu — Eu falei, chorando, e Tom levantou, dando a volta no balcão e me abraçou, e ali eu desabei.

— Eu sinto muito, meu amor — Ele falou, passando a mão no meu cabelo e depositou um beijo na minha cabeça.

[...]

Depois de um tempo ali abraçados, eu desliguei as luzes do bar, e Tom trancou as portas. Eu chequei a temperatura do Sweet Pea, e ele estava bem. Peguei na mão do Tom, e subimos para o quarto que tem no bar.

Eu fui direto para o banho, tirei a roupa, liguei o chuveiro, e deixei a água cair nas minhas costas. Tom entrou também, e nós tomamos banho juntos.

Nos enrolamos na toalha, e fomos em direção ao quarto. Eu peguei uma calça de moletom e uma cueca do Jughead e entreguei para Tom. Eu fui em direção à roupa dele, peguei sua blusa e vesti, coloquei uma calcinha, e deitei na cama.

Tom fez o mesmo, passando o braço envolta dos meus ombros, me trazendo mais perto dele. Eu deitei a cabeça em seu peito, e ele ficou passando a mão no meu cabelo. Não demorou muito, e logo caí no sono.

CONTINUA

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