Três.

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Regulus acordou na enfermaria, com todos os seus amigos ao seu lado, se sentindo confuso.

—Reg!—Pandora exclama, chamando a atenção de todo o grupo, que conversavam entre si, mas rapidamente retornaram sua atenção ao de cabelos pretos.

Ele olhou em volta, se deparando apenas com olhares apreensivos.

—Você nos assustou, caralho!—Barty diz, parecendo bravo, mas Regulus sabia que ele não estava.

—Você só acordou agora?—Evan pergunta, parecendo aliviado agora que o outro havia se sentado na maca e dado um sorriso para Pandora.

Regulus decidiu não mencionar a conversa que teve com o melhor amigo de seu irmão, Barty iria ter ciúmes, simplesmente por drama. Além disso, Pandora não iria parar de o questionar sobre James, e ele não queria isso.

Ele ainda não tem certeza do porquê ele puxou assunto com Potter, ou porquê ele não resistiu ao seu carisma admirável, talvez ele não quisesse saber o porquê.

Ele só sabe que se sentiu bem conversando com o mais velho, como se eles se conhecessem há mais tempo do que realmente se conhecem.

Ele, no entanto, não achou isso algo bom. Ele não queria criar um tipo de "intimidade" com o outro, não queria ter iniciado uma conversa com ele e muito menos ter gostado dessa conversa.

Tipo, Potter roubou seu irmão dele, sua felicidade, sua companhia e tudo que poderia roubar.

E mesmo assim, ali estava Regulus, de madrugada conversando com o garoto que roubou tudo dele, como se nada tivesse acontecido.

Talvez ele tivesse de ser mais forte e não se deixar levar pelo carisma que aquele filho da puta Grifinório tinha, talvez ignora-lo pelo resto da noite seria a melhor opção, talvez nunca ter sequer nascido seria melhor.

Afastando todos esses pensamentos, Black responde o loiro a sua frente.

—Sim, só acordei agora.

—Isso que dá não comer!—Dorcas exclama, parecendo brava, e Regulus sabia que ela realmente estava irritada. pandora a cutucou com o cotovelo.—O que? Todos nós aqui sabemos que é a verdade!

• • •

Regulus passou os próximos 10 minutos levando sermões de seus amigos por não ter comido, exceto por Pandora, que o advertiu gentilmente e garantiu que estaria lá para todas a vezes que ele comesse ou não, ele a agradeceu pessoalmente, mas agradeceu ainda mais mentalmente.

Depois disso, ele teve ajuda para juntar suas coisas para ir embora, seus amigos haviam levado algumas de suas coisas para ele caso ele acordasse de noite e tivesse insonia, como ele geralmente tem. Eles levaram caça palavras, pois de acordo com eles, Regulus é um idoso na pele de um jovem, também levaram uma bolsa térmica enfeitiçada para sempre estar congelada, uma muda de roupas mais fresca e confortável para ele, além de seu Diário.

Nenhum de seus amigos nunca tiveram a coragem para abrir seu diário, Regulus os ameaçou de uma morte dolorosa e lenta caso algum deles tentasse.
Dentro daquele caderninho enfeitiçado havia todo tipo de coisa. Desenhos, desabafos, coisas que Regulus observava ou achava sobre outros alunos, anotações sobre livros da biblioteca, algumas histórias de vida e as vezes ele gastava um bom número de páginas contando como foi seu dia, sabendo que ninguém iria ler.

Ele protege esse caderno com a sua vida, e não encontrar ele em lugar algum enquanto pegava suas coisas não poderia o deixar menos desesperado.
Ele procura de novo então, não acha, então ele procura novamente. Não acha.

Pandora percebe que ele parece severamente agitado procurando alguma coisa, então ela fica preocupada.

—O que está procurando tanto?

CRISÂNTEMOS VERDES-JegulusOnde histórias criam vida. Descubra agora