Regulus acordou cedo.
Sua cama estava tão fria que nem sequer parecia o sol existia, nem mesmo uma brecha de luz entrava por suas cortinas para o acordar desagradavelmente, não, ele acordou com vontade de vomitar.
Correndo para seu banheiro, ele vomitou e vomitou incansavelmente, isso era normal quando ele voltava para casa. Na verdade ele voltou pra casa há uma semana, e não parou de passar mal desde então.
E nessa noite, ocorreria a festa de natal em sua casa, ele finalmente poderia ver seus amigos novamente e sorrir por alguns segundos.
Depois de escovar seus dentes e se arrumar, ele desceu para a biblioteca da casa, que era recheada de livros preconceituosos, Regulus não leria aqueles, leria os livros que seu tio, Alphard, deixou antes de se mudar.
Ele pegou um livro; os contos de Beadle, o Bardo.
Praticamente todas as crianças do mundo bruxo tinham aquele livro decorado em suas cabeças, era uma literatura infantil clássica,
Praticamente uma tradição.Regulus e Sirius não desfrutaram da oportunidade de ter sua querida mãe recitando histórias de dormir para eles, traumatizante.
Ele olhou para o livro, o livro olhou para ele.
Sim, ele leria os contos de Beadle, o Bardo, com quase 16 anos. Algum problema?
Regulus tinha essa coisa de meio que se comunicar com um livro antes de ler, era como se ele pudesse ver sentimentos naquele amontoado de páginas velhas. Barty dizia que ele era esquizofrênico, já Evan dizia que Pandora fazia a mesma coisa. Ele não conseguia se decidir qual das comparações mais o ofendia.
De qualquer maneira ele faz isso desde que aprendeu a ler, as vezes falava com livros também.
Só Sirius sabia disso, pois uma vez o pegou no flagra brigando com uma personagem de um livro de romance pois ela tinha rejeitado seu par.
Ele tem a esperança de que seu irmão não tenha compartilhado isso com seus amigos.
Ele ouviu passos finos e altos, era sua mãe.
Guardando o livro no lugar, ele pegou outro logo ao lado, que falava sobre famílias sangue-puro e toda essa baboseira.
Regulus não sabia como sua mãe não havia achado os livros que Alphard deixou. Sinceramente, ele achava que sua mãe tinha mais maneiras de se entreter do que ler um livro, tal qual um mero mortal.
Pegando uma baboseira preconceituosa e se sentando, ele ouviu a porta abrindo rapidamente e agressivamente. Por que Walburga já estava com raiva? Ela provavelmente acabou de acordar!
-Arcturus.-O chamou, atraindo sua atenção.-Seu pai e eu queremos ter uma conversa com você no escritório dele, se apresse.
Ah, ótimo. Que início de dia esplêndido!
Ela saiu, deixando a porta aberta e o coração de seu filho acelerado. Com as mãos tremendo, ele se levantou, deixou o livro delicadamente na poltrona onde se sentava anteriormente e saiu da biblioteca.
O escritório de seu pai tinha a mesma decoração de quase todos os cômodos da casa; móveis de madeira escura maciça encravados em ouro branco, papel de parede aveludado em um tom de verde e estantes velhas, além de um quadro também em ouro branco com o lema e símbolo da família.
Sinceramente, Regulus já não aguentava olhar para qualquer lado e ver as mesmas coisas. Ele já estava se enjoando da cor verde-mesmo essa sendo uma de suas favoritas-, ele se sentia como se estivesse na porra da floresta amazônica!
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CRISÂNTEMOS VERDES-Jegulus
FanficRegulus Black sempre amou Crisântemos verdes, mas ninguém sabia disso. Bom, ninguém sabia disso até um garoto de óculos e cabelos arrepiados bisbilhotasse seu diário e descobrisse isso.