📍Rio de Janeiro, complexo do alemão. 08:07Am
Ceci💐
Sinto todo o meu corpo dolorido. Ouço o som da porta rangendo, provavelmente alguém entrando. Meus neurônios recém despertados entram em confusão. Quem diabos está no meu quarto a essa hora da manhã?
— Bom dia, flor do dia. — Ah meu deus, era tão óbvio.
— Bom dia, Cibele. — Respondo ainda sonolenta, levantando levemente o meu rosto da mesa dura da escrivaninha, sentindo o meu corpo doer pela má posição que dormi.
Levanto com dificuldade tendo o total de zero surpresas ao ver que minhas costas travaram. Tão nova, mas tão velha. Me ajeito com dificuldade na cadeira, encarando a expressão de choque que se formou no rosto da minha amiga.
Firmo meu cotovelo direito no braço da cadeira, apoiando minha cabeça na minha mão. Encaro minha amiga com uma cara amassada de quem acabou de acordar.
— Porra, tu não tem cama
não? — Diz irônica.Eu ri entre os dentes, um pouco nervosa. não é muito comum dormir deitada em uma escrivaninha com uma janela na frente, que por coincidência é de frente para a janela do quarto de um bandido que você é apaixonada.
Ter cama eu até tenho. Mas entre dormir confortavelmente, ou ter uma visão dos deuses todas as noites como aquela que tive na noite anterior, com certeza eu preferiria ter as costas travadas e dor no pescoço ao acordar.
Vejo Cibele abrir a boca para falar alguma coisa, mas não deixo ela nem começar a dizer o que ela pretendia falar.
— Só não me pergunta nada, por
favor. — Sou objetiva. Não perco tempo e me levanto indo em direção ao banheiro, sentindo a presença da morena me seguir.— Escuta, Cibele — Paro no meio do caminho, fazendo ela parar
também. — Não me faça ter que responder uma pergunta que tem uma resposta tão óbvia a essa hora da manhã, por favor! — Ela não diz nada, só sobe os braços em sinal de
rendição. — Ótimo. — Digo simplesmente.Adentro no banheiro, e me assusto ao me olhar no espelho. Minha cara estava muito marcada e amassada. Abro a torneira jogando uma água fria no rosto, me preparando mentalmente para uma sessão de perguntas mais tarde.
[...] [...]
Estávamos sentadas no terraço, aproveitando o breve sol calmo da manhã de um domingo. É tão irônico dizer isso. Porra, é o rio de Janeiro.
Sinto toda a paz e calmaria ir embora, assim que escuto Cibele abrir a boca com uma frase suspeita, que tenho até medo de ouvir.
— Olha, tá ligada que te apoio em todas as tuas loucuras e surtos de obsessão né? Mas eu acho, só acho, que tirar fotos de alguém sem roupa é mó loucura. — Cibele solta essa bomba amarrando o cabelo, me fazendo engasgar com minha própria saliva.
— Com... como voc..? — Ela não me deixa terminar.
— Eu não sou burra né Maria Cecília, pelo amor de deus!! — Ela revira os olhos.
Sinto meu rosto queimar de vergonha, não que Cibele ja não tenha tido acesso a informações piores da minha vida, muito pelo contrário, essa enxerida faz da minha vida um livro aberto, ao qual ela tem acesso quando quer, e na hora que quer.
— Sabe de uma coisa? Você tem que largar de ser enxerida! — Afirmo com ódio nos olhos, encarando o rosto dela.
— E filhona, relaxa ai, dá uma segurada. — Ela diz segurando a risada. Me fazendo querer enfiar meu rosto em um buraco. Pego uma almofada indignada e jogo nela, que murmura algo indecifrável.
Queria poder ter o direito de xingar ela, o direito que perdi depois de tirar foto de uma pessoa nua sem a autorização dela. Aperto os punhos, com o rosto ainda queimando de vergonha, infelizmente, a Cibele tem razão.
— Você tem razão. — Assumo cabisbaixa.
— Eu sempre tenho.
Encaro ela com os olhos semicerrados, louca para xingar aquela galinha convencida. Mas ela é minha amiga, e tem total razão nessa situação.
— Tô com fome.
Falei me levantando, mudando totalmente o rumo do assunto. Saio de lá deixando Cibele plantada, que ótima maneira de começar uma manhã de domingo, não é mesmo?!
Continua...
Apareci✨️
Juro, esqueci totalmente dessa plataforma essa semana. Se bobear, até de viver eu esqueci! Enfim, espero que vocês tenham gostado do capítulo, beijinhos.
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Obsessão - Morro
Romansa📍Rio de Janeiro, complexo do alemão. Duas almas, duas personalidades totalmente distintas. Uma doce garota, com uma grande obsessão. Maria Cecília se vê a mercê de uma paixão incurável pelo bandido mais perigoso do Rio de Janeiro. Obcecada em um oc...