pequena solidão

frustrações

" Eu sinto falta dela, apesar dela realmente não ter ido embora"

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Em um lugar não muito diferente daqui, era inverno  frio, chocolate quente e uma cama bem quentinha formavam a realidade de muitos nessa época do ano. Mas não da nossa pequena Romênia.

Romênia era uma garotinha intrigante. Por obra do destino, precisou amadurecer cedo, sendo frequentemente vista como uma pequena adulta pelas pessoas ao seu redor.

Naquela noite, os vizinhos curiosos foram atraídos para suas janelas ao ouvirem o som das sirenes ecoando pela vizinhança, quebrando o silêncio típico das noites do interior. A polícia estava lá.

Quando souberam da morte da mãe da menina, ninguém estranhou que ela não chorasse.
Romênia, quieta, estava no colo de uma das oficiais, enquanto os moradores permaneciam em suas portas, observando a cena com olhares pesados. A garota sabia que, a partir daquele momento, sua vida mudaria para sempre.

Ela vivia no interior da França com sua mãe, Margaret, e um lobo que muitos acreditavam ser um cachorro selvagem. Chamava-se Fantasma — alto, imponente e extremamente leal. Sempre estava ao lado da menina, protegendo-a.

Naquele clima de solidão e frio, apenas Romênia e Fantasma restavam no mundo. Um mundo que, naquela noite de inverno, parecia mais escuro do que deveria ser.

Dali em diante, meu querido leitor, Romênia descobriria muitas coisas que talvez jamais tivesse imaginado em sua fértil e inocente mente.