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Como a luz tem a escuridão, o doce tem o amargo, o lindo tem o feio, assim o bom tem o mal. Esses eram os pensamentos que viajavam na cabeça da pequena Romênia enquanto ela estava no carro da assistente social.
Bem-vindo de volta, querido leitor. Talvez você esteja se perguntando o que aconteceu com a pequena Romênia, para onde ela vai, e com quem irá ficar. Pois bem, suas perguntas são as minhas também, querido leitor, mas irei compartilhar o que soube até aqui.
Romênia tem 6 anos. Seu cabelo é bastante comprido, chegando até seus calcanhares, e é azul-claro, da cor do céu no início do crepúsculo. Seus olhos são violetas e sua pele parece uma pérola.
Logo após que todos souberam da morte de sua mãe, Romênia foi levada até a delegacia por uma gentil policial, Olivia era seu nome. Lá, eles tentaram encontrar algum parente da criança, mas quase todos estavam mortos. Então, localizaram sua tia Elizabeth, que morava na Suíça. A policial a ligou e informou o que tinha acontecido, mas ela disse que não tinha como criar mais uma criança, já que tinha 5 filhos. Sendo assim, desligou. A policial ficou um pouco triste pela garotinha, já que essa era sua única chance de ter um lugar para ficar, mas agora, como mandava o regulamento, ela teria que ir para um orfanato. Como já era noite, a menina teria que dormir na delegacia, pois, devido ao horário, o orfanato estava fechado.
Enquanto a policial mandava uma mensagem para a madre do orfanato perguntando se ainda havia vagas, o policial Stabler, seu parceiro, chegou com uma informação importante. Ele disse que encontrou algo no quarto da mãe de Romênia e então mostrou uma carta onde estava escrito um nome, número de telefone e endereço. A carta dizia que essas informações eram do pai da garotinha e que eles a levassem até ele. No verso da carta, havia um exame de DNA marcado como positivo. Os policiais se entreolharam com estranheza, perguntando-se se essas informações seriam confiáveis, mas não tinham outra alternativa.
Eles seguiram o que a carta indicava e tentaram contatar o número. Quem atendeu foi uma mulher.
— Alô? Quem fala?
— Senhor Edmundo?
— Não, sou esposa dele. Quem fala?
— Somos da polícia da cidade de Annecy. Poderia passar para o seu marido, por favor? É um assunto urgente.
— Alô, aqui é Edmundo. Do que se trata?
— Senhor, desculpe incomodar tão tarde da noite, mas recebemos um documento que diz que o senhor é pai de Romênia Mavedrik. A mãe dela morreu essa noite, e o senhor é seu único parente.
— Pai? Mas eu só tenho 3 filhas e as 3 estão em casa. Isso é algum tipo de trote?
— Não, senhor. Não sei da sua vida pessoal, mas o seu nome é Edmundo John Cherman?
— Sim.
— Temos um documento onde diz nitidamente que ela é sua filha, senhor. Pedimos que o senhor permita que possamos levá-la até o senhor. Caso não queira essa responsabilidade, ela irá para um orfanato.
— Senhor?
— Podem trazê-la.
— Precisamos do seu endereço.
— Dinamarca, rua Amager 365.
— Chegaremos pela manhã.
Terminando a ligação, a agente Olivia ligou para a assistente social, que agora estava responsável por levar Romênia para seu novo lar.
Por conta da popularidade de sua mãe na cidade, todos sabiam de quem se tratava, e logo a morte de Margot Mavedrik tomou conta dos jornais locais. E assim, querido leitor, você se torna ciente de uma parte da vida da pequena Romênia.
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pequena solidão
Literatura FemininaRomênia é uma garotinha doce e bastante esperta, e com a companhia do seu lobo fantasma viverá uma nova vida