Mexi meu corpo levemente, novamente pensando se tinha quebrado alguma coisa. Sentia algo em minha perna direita e em minha barriga, mas não ousei passar minhas mãos por ali. Assim que abri meus olhos, pisquei algumas vezes, tentando ajustar a visão.
E lá estava eu de novo. Cama. Lençóis brancos. Cortinas brancas.
Hospital.
Porém, não liguei para aquilo, pois assim que abri os olhos, a primeira coisa que vi foi Sam, sentada em um banco, ao lado de Song. As duas estavam dormindo, Sam tinha a cabeça tombada no ombro de Song e Song, sua cabeça deitada acima da cabeça de Sam.
Olhei para as duas e sorri. Nem parecia que Sam tinha se estranhado tanto com ela alguns dias antes. Levantei um pouco meu pescoço e fitei minha perna. Ela estava enfaixada. Levantei um pouco o roupão e fitei minha barriga. Também estava enfaixada. Ainda doía, mas nenhuma dor era comparada àquela que eu havia sentido quando fora atingida. Comparado àquilo, eu nem sentia nada.
Voltei minha cabeça para o travesseiro e tentei respirar normalmente.
Olhando para o lado novamente, vi que Song havia acordado. Ela sorriu e levantou-se vagarosamente, tentando não acordar Sam. E foi o que aconteceu. Sam não se mexeu sequer um milímetro, permaneceu com os olhos fechados, respirando calmamente.
Song veio até mim e me observou, abaixando para me dar um beijo na testa.
- Você está bem? - ela perguntou.
Respirei fundo.
- Sim, estou - respondi, sorrindo. Virei o olhar para a sala. Não havia mais ninguém ali.
- Estava pensando em chamar Jao pra vir te ver, o que acha?
- Não! - gritei tão alto que fiz Sam dar um pulo de susto. Ela abriu os olhos e me encarou com eles arregalados. - Nunca mais quero ver Jao na minha vida novamente. A não ser que seja dentro de um caixão.
Song arregalou os olhos e levou as mãos até a boca.
- Como assim, Mon? ela perguntou, ainda com os olhos arregalados.
- Ele estava passando informações sobre mim para a máfia. O que acha disso? - falei entre os dentes.
- Ah, Mon, não é possível. Deve ser paranóia sua...
- Paranóia minha? gritei de novo a interrompendo. - Ele estava lá. Me viu levar dois tiros. Sorriu enquanto eu gritava e me agonizava no chão. E você acha que é paranóia minha? Faça-me o favor, Song!
Senti minha barriga doer com o esforço desnecessário e tentei respirar normalmente.
Song engoliu seco e me observou. Eu sentia que ela não tinha ideia do que falar.
De lado, vi Sam levantar-se e caminhar na minha direção, parando ao lado de Song. Ela trouxe sua mão até a minha e a apertou.
- Vá digerir o que você acabou de descobrir. Preciso de um tempo com ela Sam falou para ela, que assentiu e saiu do quarto, boquiaberta.
Sam sorriu para mim e sentou-se ao meu lado na cama.
- Como você está se sentindo? - ela perguntou.
- Estou bem falei, apertando sua mão.
Ela levou minha mão até sua boca e deu um beijo. Depois sua mão pousou em meu rosto e me acariciou.
- Sei que tem perguntas. E vou responder cada uma delas - ela sussurrou, segurando meu queixo e aproximando-se para me dar um selinho.
- Como está Jungkook? - perguntei.
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Entre o Certo e o Errado (Versão MonSam)
RomanceKornkamon, 24 anos, delegada do condado de Cúmbria na Inglaterra, noiva de um advogado cobiçado por várias, vê sua vida virar de cabeça para baixo quando um criminoso internacionalmente conhecido aparece na sua cidade pacífica. Sua vida se transform...