O Casebre

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O dia passou devagar, mas pelo menos passou.

Tentava me concentrar ao máximo em meu trabalho, mas não podia deixar de pensar naquele par de olhos castanhos toda vez que ouvia o barulho de uma moto passando do lado de fora da delegacia.

- Por que você é tão idiota Kornkamon? sussurrei a mim mesma enquanto organizava alguns papéis em minha mesa. Tira ela da sua cabeça

Em uma fração de segundo alguma coisa atravessou a minha janela e pousou no canto da minha escrivaninha. Era um papel azul claro dobrado delicadamente. Antes de abrir o papel, corri até a minha janela, atrás do autor. Em vão. A rua estava completamente deserta. Nada de carro, nada de pessoas, e principalmente, nada de moto.

Apertei meus dentes sentindo a fúria me invadir de novo. Seria um delinquente qualquer?

Virei meu rosto tentando conter a minha raiva e pousei meu olhar no papel azul em cima da minha escrivaninha.

Andei lentamente até ela e apanhei o papel. Quando o abri, li as seguintes palavras:

"Rua Green House, 254-20hrs"

Era uma caligrafia linda e o papel continha um perfume do qual eu me lembrava muito bem.

Virei-me e sentei a minha cadeira, ainda segurando o papel em mãos.

Tinha quase absoluta certeza de quem enviara o bilhete.

Sam.

Olhei para o relógio de parede à esquerda do meu escritório. Já marcavam seis horas. Virei meus olhos para o papel novamente e pensei no caso de eu ir vê-la. Talvez fosse apenas uma maneira de me fazer ir até ela, e ela me matar. Talvez ela quisesse se entregar. Ou talvez ela só quisesse passar um tempo comigo...

Besteira, pensei eu. O que ela iria querer contigo Kornkamon? Só deve estar querendo te matar.

Apertei o papel em minhas mãos e levantei, pegando meu casaco e saindo para ir embora até minha casa.

Chegando em casa, procurei me arrumar o mais rápido possível, para que assim, eu não tivesse tempo o suficiente para pensar na idiotice que eu estava prestes a fazer.

Coloquei meu vestido mais provocante vermelho, colado no corpo ,mas ainda com um espaço para, na cinta-liga, eu conseguir colocar uma arma - precaução nunca é demais, afinal.

Coloquei meu vestido mais provocante vermelho, colado no corpo ,mas ainda com um espaço para, na cinta-liga, eu conseguir colocar uma arma - precaução nunca é demais, afinal

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Quando terminei de me arrumar, me olhei no espelho e gostei muito do que vi. Minha maquiagem destacava bem o castanho dos meus olhos, bem do jeito que eu gostava. Olhei para o relógio e já batia sete e meia.

Saí de casa e apanhei meu carro, dirigindo devagar, tentando controlar a minha própria vontade de ver Samanun.

Depois de quinze minutos rondando a cidade, decidi que era hora de ligar o GPS. Liguei-o inconformada com a minha falta de sabedoria correlação às ruas da minha cidade.

Entre o Certo e o Errado (Versão MonSam)Onde histórias criam vida. Descubra agora