Entre Poemas e Cupcakes.

Poema.

Mais um dia no clube de literatura. Foi como sempre, todas reunidas no clube, prestes à apresentar seus poemas, quando..

- Oh não ... - Sayori disse, com um tom chateado.

- O que aconteceu, Sayori? - Monika questionou, após ouvir a amiga.

- Deixei meu poema na sala de aula... Fui dar uma revisada nele e acho que esqueci, heh..

Monika deu um suspiro e assentiu, se levantando em seguida.

- Posso te acompanhar até lá para pegar e tentar achar, até porque você não tem muita habilidade em procurar as coisas - Monika respondeu, dando uma risadinha enquanto falava.

Sayori se envergonhou um pouco, mas se levantou também e ambas saíram da sala, deixando Yuri e Natsuki a sós.


𝐘𝐮𝐫𝐢'𝐬 𝐏𝐎𝐕

Não sei exatamente o que fazer enquanto estão fora; não me dou muito bem com a Natsuki. No entanto, tenho a impressão de que preciso dizer algo. Não tenho ideia do porquê, apenas sinto, mas isso não quer dizer necessariamente que vou realmente fazer isso...

Coloco meu poema sobre minhas pernas, lendo-o atentamente, tentando me distrair por um momento, mas não consigo. Então, olho para Natsuki. Parece que ela está fazendo o mesmo, então foco meu olhar em seu rosto; ela é bonitinha... Percebo que passei alguns segundos a mais do que esperava olhando para ela; meu rosto ruboriza. Rapidamente, volto o olhar para o meu poema.


𝐍𝐚𝐭𝐬𝐮𝐤𝐢'𝐬 𝐏𝐎𝐕

Enquanto leio meu poema, percebo que Yuri olhou para o meu rosto por uns 10 segundos. Uau, que estranho... Nunca vi Yuri olhando para mim assim e depois desviando o olhar, ainda ruborizada? Que inesperado! Mas ela era bem bonitinha corada, sinceramente...

Desvio o olhar do meu poema e fito Yuri, quase dando uma risadinha.

- Yuri? Tá tudo bem com você? - Pergunto, notando que ela parece envergonhada.

- A-ah... Sim, sim... Por que a pergunta? - Ela ainda mantém um tom envergonhado, que fofa...

- Nada, é porque você olhou para mim do nada; eu só estranhei.

- Certo, certo...

Ela olha para a porta, parecendo ansiosa para que as garotas voltem.

- Ansiosa para ler seu poema? - Pergunto.

- Um pouco...

- Posso ver? - Preciso admitir que não pensei quando perguntei, então meu rosto ruboriza um pouco após perceber o que eu disse - Só... Só se não for incômodo...

Yuri assente e me entrega seu poema; nossos dedos se tocam acidentalmente, mas puxo o poema e leio-o atentamente.

"As mechas do meu cabelo iluminam-se sob o brilho âmbar, banhando-se. Deve ser esse o último poste de luz restante a ter resistido ao teste do tempo, o último ainda a ser substituído pela tonalidade azul-verde doentia do futuro. Eu me banho. Calma; respirando o ar do presente, mas vivendo no passado. A luz cintila, e eu cintilo de volta."

Yuri escreve bem, chega até a ser atraente, mas vou provocá-la um pouco, heh... Dou um sorriso leve e devolvo o poema para ela.

- É bonito, mas não é extraordinário... - Digo gentilmente.

Vejo que Yuri desvia o olhar. Ela pega o poema e faz um gesto de agradecimento. O silêncio se instala novamente na sala.