Extra #1 - 'Cause my love is mine, all mine

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Ainda não estamos prontas para largar esse universo que começamos a construir com esses dois, então aqui vai uma das ideias que tivemos para trazê-los de volta de vez em quando. Não, não será a única!

Aproveitem, deixem muitos comentários (nós amamos!) e nos procurem no Twiiter!
@suhsunakha e @trinnie

Boa leitura! 💜

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— Eu cheguei faz pouco tempo.

É com um wai que Barcode responde a Khun Mae quando ela se aproxima. Ao se acomodar em seu lugar da mesa no restaurante combinado, Pranee diz alguma coisa sobre o filho mais novo ter demorado para se arrumar. Ainda de pé, Jesse parece não se preocupar em se defender das acusações da mãe, apenas sorri para o mais novo e acena brevemente com a cabeça antes de ocupar o próprio lugar. Por mais educado que seja, Barcode se esforça para prestar a atenção no que ela diz e não em um certo olhar que queima seu rosto. Seus olhos só estão livres quando Khun Mae direciona sua atenção a Jesse, e então se vira para encontrar aquele que já enxergava de canto.

— P'Jeff.

Com um sorriso, Jeff se aproxima e o abraça rapidamente, mas o suficiente para que sinta quando ele o segura pela camisa com um pouco de força. Ao se afastarem para ocupar seus lugares, se pergunta o quão evidente fica a falta de vontade de deixá-lo ir de seus braços. Já faz um tempo que aguarda pela sensação de novo.

A conversa flui normalmente entre os quatro. Khun Mae parece bastante interessada em saber como vão seus estudos e desse tópico a conversa logo muda para o trabalho, o que também atrai a atenção de Pranee, mesmo que no final seja apenas para praticamente implorar ajuda em convencer o filho a trabalhar um pouco menos. Qualquer argumento seu cai por terra quando Jeff aponta a quantidade de coisas às quais Barcode vem se dedicando: universidade, aulas de um milhão de coisas, gravações, música...

Entre conversas sobre as opções que o menu oferece, aos poucos Barcode fica à vontade junto à família do mais velho. É como normalmente acontece, se sente um pouco tímido e até meio retraído no começo, mas é sempre tão bem tratado que qualquer desconforto se dissipa em pouco tempo.

É confortável como se sente naturalmente acolhido até mesmo por Jesse que não é de falar muito. De algum modo, é como se não precisasse esconder das pessoas que mais amam Jeff o quanto também o ama, por mais que nada tenha sido explicado. São nesses pequenos detalhes que se sente ainda mais íntimo do mais velho, mais até do que quando estão a sós entre quatro paredes. É impossível não sorrir e não sentir o peito aquecido quando ele simplesmente divide consigo o pão servido como entrada.

É bobo, mas é tão Jeff o quanto essas pequenas demonstrações dizem tanto.

Ao lado dele, Barcode se arrepende um pouco pela escolha dos assentos. Os olhos passeiam sem atenção pelo próprio prato e os outros integrantes da mesa, sempre atraídos para Jeff. Com o movimento de pescoço que precisa fazer para olhá-lo, fica difícil disfarçar o quanto não consegue deixar de fazê-lo.

Por baixo do boné que Jeff usa, os cabelos estão bem maiores do que da última vez em que se viram pessoalmente. Sabe que ele está mantendo os fios longos porque precisará cortar em breve para seu próximo papel, o que inclusive já foi pauta de muito drama da parte do mais velho — e riso da própria. A lembrança lhe traz mais um sorriso discreto imediatamente retribuído por Jeff. Nem mesmo todas as chamadas de vídeo que fizeram nos últimos meses fazem jus à beleza do outro ou ao quanto sente sua falta.

Por baixo da mesa, o roçar de pernas suave é o suficiente para que seu estômago se contorça. É como se voltasse no tempo, para quando estavam naquele momento em que só queria terminar mais um dia de trabalho e voltar para o quarto de hotel. A ansiedade para o que vinha a seguir, o leve desespero, o que agora entende que não passava de uma paixão desenfreada que acabara de acordar.

[PT] All of Barcode (and Jeff's) first times in KoreaOnde histórias criam vida. Descubra agora