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Hoseok chegou em seu apartamento por volta de 18h:35, assim que adentrou, ouviu um barulho que vinha da cozinha e por isso seguiu em direção ao recinto, pensando que sua filha estaria naquele lugar, no entanto encontrou apenas Jieun.

— Boa tarde, Jieun. — A mulher que estava próxima a pia lavando algumas louças sobressaltou-se e olhou para o Jung. — Desculpe pelo susto. — Hoseok pediu timidamente com um pequeno sorriso nos lábios, sempre assustava a mais velha sem querer.

— Boa tarde Hoseok, não se preocupe.

— Sana está no quarto dela?

A mulher assentiu e Hoseok meneou a cabeça e se afastou, assim que passou pela porta branca da cozinha, seus passos o guiaram automaticamente ao quarto do seu pequeno lírio, encontrando-a deitada sobre a cama fofa prestando atenção a um desenho que passava na televisão. Hoseok ficou encostado no batente da porta, observando Sana com os olhos marejados, que entretida, não fazia ideia de que seu pai estava ali. Sentiu seu coração se apertar, no entanto, um aperto de alívio. Amava tanto o seu pequeno lírio, não cansava de dizer que era o seu maior presente.

— Oi, meu lírio. — Preferindo não ficar daquele jeito, disse passando pela porta, abrindo um sorriso quando teve o olhar de Sana sobre si.

— Papai. — A garotinha disse animada, abrindo um sorriso bonito e esticando os bracinhos para que Hoseok a abraçasse.

E assim o Jung fez.

Se aproximou da filha e a pegou em seus braços, em seguida, sentou na cama acomodando a pequena em seu colo e trazendo para mais perto de si em um abraço apertado e aconchegante. Passou suavemente o nariz sobre os cabelos negros de sua filha, deixando um beijo em seguida.

Sana amava quando seu pai lhe abraçava, amava sentir o cheiro que vinha de Hoseok, por isso sorriu alegremente quando o ele lhe apertou forte. Era algo que os dois sempre compartilhavam desde que Sana era bem pequena, amavam ficar grudados e receber os carinhos um do outro. Ah, como Sana amava fazer carinho nos cabelos de seu pai, era macio e cheiroso. No entanto, apesar de pequena, era muito esperta. Sabia quando Hoseok não estava muito bem, quando algo estava lhe incomodando de alguma forma, sentiu uma emoção diferente que não sabia explicar quando ouviu um barulhinho vindo de Hoseok. Empurrou delicadamente os ombros do mais velho, e direcionou suas pequenas mãos ao rosto de seu pai, vendo algumas lágrimas rolarem pelo rosto do mais velho, notando as bochechas salientes tomarem um tom avermelhado.

— Papai, por que tá chorando? — Perguntou ainda mantendo as mãozinhas sobre o rosto de Hoseok, limpando as lágrimas que desciam por seus olhos e consequentemente fazendo um carinho naquela região com os seus dedinhos pequeninos.

— Porque eu te amo muito, meu lírio. — Respondeu com um pequeno sorriso nos lábios e pegou as mãos da pequena, levando à boca onde deixou um beijo casto nos dedinhos.

E mais uma vez, Hoseok puxou Sana para um abraço reconfortante, envolvendo o pequeno corpinho em seus braços, onde apertou forte, deixando um beijo nos cabelos com maria-chiquinha de sua pequena. Se afastou deixando agora um beijo sobre a bochecha rosada da menina e a olhou nos olhos gateados para proferir:

— O gatinho vai vir jantar hoje com a gente, algum problema?

Sana franziu as sobrancelhas e levou o dedinho indicador rumo ao rosto, fazendo uma carinha séria como se estivesse pensando.

— Problema nenhum papai. Eu gosto quando o gatinho tá aqui em casa com a gente, a casa fica cheia, completa.

Hoseok sorriu pequeno, sentindo seu coração se agitar dentro do peito, tirou a franja de cima dos olhos de sua filha, passando delicadamente o polegar sobre as bochechas rosadinhas.

(re)significar | sopeOnde histórias criam vida. Descubra agora