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— 24/12/2023 — Gregory

A noite de véspera de Natal chegou, e eu estava a caminho da casa de Selene para a festa que ela havia organizado. O clima estava impregnado de expectativa e alegria, mas, ao mesmo tempo, pairava uma tensão sutil em relação aos eventos recentes. Eu sabia que essa festa não seria apenas uma celebração comum; seria um teste para os laços que uniam nossos círculos sociais. Ao chegar à casa dela, fui recebido por luzes cintilantes e o som suave de risadas e música. Selene apareceu na porta com um sorriso caloroso.

Ao adentrar a casa, percebi a atmosfera acolhedora que Selene havia criado. Decorações natalinas, risadas contagiantes e o aroma irresistível de comida caseira enchiam o ambiente. Selene, vestida com um deslumbrante vestido vermelho que ressaltava sua beleza, parecia irradiar uma sensualidade que me deixava momentaneamente sem palavras.

Seus cabelos caíam em ondas suaves pelos ombros, e seus olhos brilhavam com um brilho cativante. O vestido abraçava suas curvas de maneira elegante, deixando uma impressão duradoura em todos os presentes. Em meio à multidão, Selene destacava-se como a anfitriã deslumbrante da noite.

— Gregory, você está bem? — Ela perguntou, notando minha expressão momentaneamente perdida.

— Você está incrível, Selene. Esse vestido... eu... bem, você está deixando todos loucos. — Murmurei, ainda tentando recuperar minha compostura.

Ela riu suavemente, agradecendo o elogio com um olhar travesso.

— Acho que é o espírito natalino. Ele tem esse poder, não é?

— Que espírito natalino o cacete! Estão loucos porque você é uma gostosa. Vou ter que ficar ligado para manter os homens longe de você. — Falei a agarrando pela cintura e puxando-a para mim.

Selene soltou uma risada, enquanto eu mantinha meu tom descontraído, embora uma pontada de ciúmes estivesse entrelaçada em minhas palavras. A verdade era que, apesar do clima leve, uma sensação de possessividade se insinuava.

— Gregory, ciúmes não combinam com o espírito natalino. — Ela brincou, inclinando-se para um beijo rápido em minha bochecha.

— Só estou sendo realista. Homens à solta podem não entender o significado da palavra "amiga", especialmente quando a amiga está vestindo algo tão... provocante. — Dei um olhar de lado, tentando manter o tom de brincadeira.

Selene riu novamente, mas seus olhos capturaram um vislumbre da minha insegurança. Ela tocou levemente meu rosto.

Decidimos entrar na festa juntos. No meio da animação, avistei minha mãe conversando com alguns convidados. Selene me puxou pelo braço.

— Vamos cumprimentar sua mãe antes de nos perdermos na multidão.

Concordei, seguindo-a em direção à minha mãe, ao meu irmão e Ebony.

— Gregory! Querido, feliz Natal! — Minha mãe exclamou, abraçando-me efusivamente e me enchendo de beijos na bochecha.

— Feliz Natal, mãe! — Eu ri, retribuindo os beijos e abraços.

Minha mãe se voltou para Selene, seus olhos brilhando de apreciação.

— Selene, querida, está tudo tão lindo! Eu estou amando.

Selene sorriu, demonstrando sua graça habitual.

— Fico muito feliz, vamos até minha mãe. Ela e papai estão procurando pela senhora. — Selene diz e leva minha mãe embora.

— Gael! Feliz Natal, mano! — Cumprimentei, dando-lhe um soco leve no ombro.

— Feliz Natal, Gregory! E olha só, se não é a incrível Ebony. — Ele fez uma reverência brincalhona para sua esposa.

Ebony sorriu, abraçando-me.

— Feliz Natal, Gregory. Como estão as coisas?

— Estão indo, você sabe como é. E como estão as coisas por aqui? — Perguntei, olhando ao redor.

Gael respondeu, animado:

— Selene organizou tudo perfeitamente, como sempre. Ela é incrível, não é?

Ebony assentiu, concordando.

— Definitivamente. A festa está ótima.

Nossa conversa continuou descontraída, e, entre risadas e histórias, percebi que a tensão que carregava havia diminuído. A presença de Selene, nossas famílias e amigos proporcionava um refúgio acolhedor naquela noite especial. Todo mundo ri e conversa, os meninos estão se divertindo demais e tem várias outras crianças.

Brindamos à amizade, ao amor e à magia do Natal, deixando os momentos tensos para trás. Selene me puxou suavemente para a pista de dança, onde uma melodia suave preenchia o ambiente. A proximidade dela dissipava qualquer resquício de desconforto, e, naquele momento, éramos apenas dois corações batendo em sintonia.

Dançamos em meio à alegria da festa, nossos olhares comunicando mais do que palavras poderiam expressar. Selene sorria, e eu me perdia naquele sorriso que tinha o poder de acalmar tempestades. Em seus braços, senti-me em casa, protegido pela delicadeza de seus gestos e pela sinceridade de seu olhar.

Enquanto a música fluía e as luzes de Natal cintilavam ao nosso redor, compartilhamos um momento de silêncio reconfortante. O calor humano, a risada contagiante e a serenidade da noite criavam uma atmosfera mágica. Olhamos juntos para as luzes brilhantes, imersos na beleza simples daquelas pequenas lâmpadas que iluminavam a escuridão.

Foi nesse instante que decidi surpreender Selene. Com um sorriso nos lábios, me afastei suavemente e, com a ajuda de alguns amigos, organizei uma pequena apresentação de fogos de artifício. Enquanto as explosões de cores iluminavam o céu noturno, a surpresa se refletiu nos olhos de Selene.

— Gregory, isso é incrível! — Ela exclamou, surpresa e encantada.

— Quis trazer um pouco mais de magia para a noite. Feliz Natal, Selene. — Disse, segurando sua mão e observando juntos o espetáculo pirotécnico.

O brilho nos olhos dela era mais intenso que as luzes no céu. Em meio aos fogos de artifício, senti que, de alguma forma, estávamos construindo memórias que transcenderiam aquele Natal em particular. E, naquele momento, a certeza de que queria continuar a jornada ao lado de Selene era mais forte do que nunca.

A noite seguiu em um ritmo alegre e animado. Dancei com todos, brinquei com os sobrinhos de Selene até ficar tonto, entrei numa luta amigável com Gael, meu irmão, e bebi mais do que planejava com Jollene, a irmã de Selene, e o pai dela. O álcool tinha feito seu trabalho, e eu me encontrava em um estado de alegria um pouco exagerada.

— Ei, Gregory, meu camarada! Mais uma rodada! — O pai de Selene brindou, erguendo a garrafa de champanhe.

— Claro, por que não? — Respondi, já sentindo a cabeça girar.

A festa estava animada, e eu estava determinado a aproveitar cada momento. Jollene, que tinha o mesmo gosto pela diversão que eu, sugeriu uma brincadeira que envolvia dança e risadas. Aceitei de imediato, mesmo sabendo que minha coordenação estava comprometida.

Entre risos descontrolados, movimentos desajeitados e alguns tropeços, a brincadeira se desenrolava. A música alta, as luzes coloridas piscando e a companhia de amigos e familiares tornavam a noite inesquecível, mesmo que a memória do momento se tornasse um tanto borrada.

Não demorou muito para eu me dar conta de que talvez tivesse bebido mais do que deveria. As risadas ficavam mais altas, os movimentos mais descoordenados, e meu olhar encontrava o de Selene de maneira um tanto confusa.

— Gregory, acho que está na hora de você se acalmar um pouco. — Ela ria, tentando me guiar para um lugar mais tranquilo.

— Nada disso, Selene! Estou me divertindo demais! — Declarei, resistindo um pouco.

Ela revirou os olhos, mas sorriu.

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Minha Rainha (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora