GATINHO COMUNISTA

【ⅩI】

Timeline: semanas antes da ilha
Personagens: Ambos

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Roier acorda. O sono foi turbulento e cheio de sonhos sem nexo algum. O mexicano se levanta da cama olhando para os lados a procura do namorado, estranhou a situação. Ou Cell estava dormindo profundamente agarrado a seu corpo, ou ele estava na varanda com uma caneca cheia de café quente. Essa manhã, Roier não acordou com braços o envolvendo, nem sequer o aroma do café invadindo seu olfato, muito menos foi recebido com um "Bom dia, guapito! Dormiu bem?". Aquilo o preocupou. Cellbit não trabalhava por ser procurado pela polícia, então... Onde o brasileiro estava?
O moreno se levanta sonolento, a visão antes turva por conta do sono recente logo foi focando. Roier observou o local enquanto andava lentamente pelo pequeno apartamento.
- Gatinho? Cadê você? Já acordou? - Chamou na esperança de uma resposta, o que não aconteceu.

Roier vai em direção ao banheiro para olhar, nada também. Vai até a cozinha em busca do namorado, nada. A procura não foi extensa, era apenas uma simples kitnet, não era espaçosa o suficiente para ter que gritar para ser ouvido.
- "Será que ele saiu?" - Pensou o mexicano, tentava achar respostas e soluções, mas nada aparentava fazer sentido.

- Mas pra onde esse porra foi? Se ele sai na rua é abordado por 15 policiais diferentes e recebe pena de morte! Cellbit... Cadê você em... - Mesmo com a piada anterior, a frase carregava um tom de desânimo e preocupação. Ele não fazia ideia de onde o namorado havia ido.

Foi até a varanda para tentar esclarecer as ideias. Para onde Cellbit iria? Por que ele não avisará Roier? O que passou na cabeça do loiro para simplesmente deixar Roier sozinho e sem nenhuma explicação? Eram tantas perguntas sem respostas... Perguntas novas vinham surgindo, mas nenhuma era sua verdadeira resposta.

- "Será que ele... Fugiu de mim?" - Um pensamento negativo brotou em sua mente.

Mas... porquê? Não fazia sentido. Roier vai até a cozinha e começa a preparar um jarro de café, talvez bebendo um pouco de cafeína o ajudaria a acordar seu cérebro. Cellbit sempre dizia que tomar café o faz pensar mais rápido e conseguir organizar ideias em sua mente com mais eficiência. Ele já tinha tanta influência em sua vida...
Roier nunca foi extremamente inteligente. Não chegava nem aos pés do pensamento lógico e rápido que Cellbit conseguia ter, ele era um cara mais impulsivo e bruto, mesmo conseguindo ouvir o lado do outro, em momentos de tensão a jnica coisa que passa por sua cabeça é fazer o que da na telha. Ele tem dificuldade de enxergar e analisar as faces do problema. Agora que ele tinha que batalhar conjuntamente te com sua mente, seria um caos, im desafio quase impossível, já estava escrito que teria a ideia mais idiota e impulsiva de primeira e faria sem pensar em outra possibilidade.
Pensando no que podia ser o motivo da "fuga" do namorado, o café fica pronto. Roier nem sequer notou o tempo passar, sua mente estava imersa em pensamentos, ideias. Ele pega uma xícara do armário e se serve com uma quantidade razoável de café. O mexicano se dirige até a varanda da kitnet e começa a tomar a bebida quente. Sua mente trabalhava incansavelmente, tentava puxar memórias para ver se chegava em algum lugar. Não foi tão difícil quanto pensou, rapidamente se lembrou na conversa da carta, dos bilhetes de trem suspeitos e de um Cellbit maluco murmurando algo incompreensível.

" - Roier... - Cellbit se pronuncia, olhando para o namorado. Roier parecia confuso com o silêncio prolongado do loiro. Com sua quebra, sua atenção vai diretamente para os olhos agitados de Cellbit.

- ¿Que passó mi amor? - Roier pega uma das mãos de Cellbit, fazendo um carinho para acalma-lo.

- Eu... Eu lembrei de algo... - Disse sem olhar para os olhos castanhos.