capítulo treze

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ilomilo.

Não era daquela maneira que Harry queria acordar ao lado de Louis

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Não era daquela maneira que Harry queria acordar ao lado de Louis.

Ele sentia medo ao olhar para Louis. Era o medo de perder a única pessoa que dedicou um pouco do seu tempo para ouvir as verdades tão dolorosas. Harry se desabrochou como um flor diante os raios de sol. Podemos dizer que esses raios de sol vieram de Louis, de uma forma metafórica, porém, se fazendo real naquele cenário melancólico.

Harry contou desde sua infância até o grande estopim. Relatou que desde criança, não se sentia acolhido como deveria, e que em determinados momentos, ele perguntava sobre a "babá" ao invés de sua mãe. O pai nunca foi presente, e quando se fazia, era um bate-volta por conta das viagens de trabalho. Como Harry pode colher o que não foi lhe dado?

Ao olhar para o rapaz que dorme de boca aberta, quase babando, pensa em como queria passar o resto de seus dias com ele. Cedo demais pensar desta forma? Talvez. Ou com certeza. Mas, enquanto suas ações ainda são denominadas como "devaneios", não há o que temer.

Harry, por fim, se levanta da cama. Um tanto perdido em relação ao que fazer daqui em diante, claro... Não tem como se ocupar de outra forma. Até pode olhar para trás e observar Louis dormindo, tentando ali encontrar no rosto do rapaz alguma razão para ficar e submeter a medidas tão dolorosas.

Porém, nada era tão doloroso quanto sentir o toque de Louis e seu corpo repulsar.

— Desculpa. Não queria te acordar.

— Não me acordou. Sabia que já estava aí... Feito uma pedra na beira da cama.

Harry sorriu, sem graça.

— Está melhor? — Louis se preocupa verdadeiramente com o garoto. O abraça com os mãos, massageando seus ombros. Louis precisa do toque.

— Melhor não. Acho que tentando ignorar isso tudo — a cada gesto de Louis sobre sua pele, Harry sente a vontade de chorar. Um beijo em sua nuca o faz fechar os olhos com força, torcendo para que estivesse em um sonho. — Louis, eu...

— Sim?

— Eu acho melhor voltar para casa — Harry conseguiu sentir o olhar confuso de Louis, mesmo não tendo olhado em seus olhos até agora. — Eu sei que essa era a minha última ideia, mas pensando bem... Talvez não seja. O máximo que meus pais vão fazer é me mandar para o internato mais rigoroso da Costa e... E você terá seu emprego de volta! — respirou fundo, tomando o fôlego necessário para continuar. — Sabe? Acho que não tem como piorar e nem melhorar, acho que... Acho que devo passar por isso. E tudo vai ficar bem.

love me hard. {shortfic l.s}Onde histórias criam vida. Descubra agora