capítulo nove

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↬ Carousel.


— Eu preciso pegar minhas maquiagens. Só um corretivo não me basta.

— E como você vai entrar no quarto dele?

— O Harry me deu uma chave reserva do quarto dele — ela mostrou tal objeto para Niall. —  Claro, quando ainda éramos amigos.

A porta do quarto se abre e é como se o mundo de Amanda despencasse sobre seus ombros. Há quanto tempo que esteve ali passando noites e noites com Harry, fazendo coisas idiotas e simplesmente rindo atoa.

Além de tudo, a relação entre os dois ainda é uma incógnita.

— Tá, pega logo as suas coisas e vamos embora. Não quero pegar detenção com o internato em regime.

— Relaxa, vou ser rápida — ela vai diretamente para a penteadeira. — Fica cuidado aí na porta.

Amanda passa a mão ligeiramente sobre tudo que está na penteadeira, para de fato de rápida e achar o quer. Não perdeu muito tempo olhando o quarto, ignorou a existência de suas fotos com Harry e passou reto.

Como tirou alguns utensílios do lugar, Amanda os colocou onde estavam. Mas, ela não consegue encontrar seu lip-oil, que é quase indispensável para a garota.

— Anda logo! — Niall apressa.

— Calma — Amanda sussurra, se agachando perto da cama de Harry.

E nada. Nada. Repito, nada, está tão ruim que não possa piorar.

Amanda encontra algo que lhe faz embrulhar o estômago, demorar mais do que devia e ser perguntar tantas vezes que porra é aquela.


Louis William Tomlinson

Estagiário

INTERNATO COSTA

O crachá de trabalho de Louis está em suas mãos. Ela olha vice e versa para se certificar se aquilo é real. Não, não. Não pode ser real.

— Niall...

— O que foi? — ele olha para Amanda sentada no chão, incrédula. — O que é isso?

Niall decide entrar no quarto. Melhor trancar a porta, o corredor está vazio mas qualquer barulho já pode erguer suspeitas.

— É o crachá do Louis.

— Não é possível — ele toma o crachá das mãos de Amanda e vê que sim, é possível. — Puta merda? O que isso faz aqui?

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A montanha está no topo, pronta para despencar e trazer a adrenalina única ao sangue. Harry segura a mão de Louis, apertando tão forte que parece estar prestes a quebrar os dedos do rapaz.

A vista é indispensável. Toda a costa escura, a lua cheia reflete sua luz nas copas. Luzes coloridas, muitas risadas e vozes, principalmente infantis. O cheiro de algodões doces e maçãs do amor,  como isso exala no ar. Harry se sente radiante, e ele consegue mostrar tal animação com seu sorriso, olhar bobo e sonolento. Sabe aquele olhar sonolento cheio de paixão? Exato.

Louis pensou em tantos lugares. Mas, algo no fundo do seu coração lhe disse que um parque de diversão seria a melhor opção. E está sendo a melhor opção!

Eles despencam do alto e Harry não se segura e precisa gritar. Aquela sensação confusa de rir e gritar ao mesmo tempo, Harry entra num conflito interno. Louis grita, nem tanto, ele ainda consegue abrir os olhos e levantar os braços. Os dois aproveitam demais.

O carrinho deles param no começo, e chega ao fim. Harry desce do brinquedo um tanto assustado.

— Eu quero ir de novo... — ele olha para os lados, o sorriso de orelha a orelha.

Louis dá uma risada genuína.

— Vamos no Carrosel agora. Pega o seu sapinho e vamos.

Harry fez todas suas apostas num jogo um tanto tosco para acertar a mira. Louis cedeu aos pedidos do garoto e jogou na sua vez, ganhando duas de três. Harry carrega nos seus braços um pequeno sapo de pelúcia. É uma graça.

O carrossel deste parque tem uma estética bem específica. Ao mesmo tempo que o brinquedo parece ser novo, é notável que alguns anos se passaram por ali. As barras já velhas descascadas em folhas de ouro, os unicórnios com a pintura viva, tons pastéis. Harry demanda um tempo analisando beleza do brinquedo, parece tudo muito melancólico e ele podia jurar que cada unicórnio carrega uma história diferente. É estranho.

Harry se senta em um e Louis no outro, indo pra cima e para baixo com o movimento lento do brinquedo. Por mais que esteja um frio considerável, Harry deixa seu pescoço a mostra e o vento gelado pode lhe causar um arrepio fino. O sorriso solto em seu rosto demonstra para Louis o conforto que ele sente quando está perto do rapaz. Um sorriso anestesiado com o olhar adormecido.

Ele se segura firme na barra e joga seu peso para trás, os fios de cabelo se bagunçando. Quando ele volta, seus olhos pousam sobre a figura de Louis, que o puxa pela gola do moletom para um beijo apertado. Harry poderia dizer tantas coisas a ele, como nesses últimos dias tem se sentido vivo e admirado de verdade por uma segunda pessoa. Ele poderia.

Seria Louis que puxou Harry para essa posição que eles se encontram? A qual ambos sabem que se assumirem suas vidas podem ir de ruim para pior? Bem, desde quando Louis envolveu as bochechas de Harry em suas mãos, naquele dia no lago, e admitiu seus sentimentos sabendo a pessoa por quem desenvolveu tal apego, ele tinha em mente que sim, nunca poderiam ser vistos juntos e muito menos passarem pela cabeça dos outros que estão juntos.

É uma complicação do caralho. Eles se gostam muito. E isso veio muito rápido. E... tudo o que vem muito rápido, acaba na mesma velocidade.

— Para onde vamos depois daqui?

— Onde você quiser, gatinho — Louis diz.

— Para minha casa, então — Harry está certo de si. — Tô sozinho esse final de semana.

Ele apenas sorri para Louis, encostando sua bochecha nas mãos.

— Gostou de hoje?

Harry faz que sim, frenético.

— Tenho tantos lugares que eu quero te levar. Espero poder ir em todos com você.

— Vamos em todos que você quiser, prometo.

love me hard. {shortfic l.s}Onde histórias criam vida. Descubra agora